8 de out. de 2007

ROTATIVIDADE DE FUNCIONÁRIOS

ABRAHAM SHAPIRO

Quando o assunto é rotatividade de funcionários, a pergunta é: quem são as pessoas que devemos deixar ir embora de nossa empresa?

Resposta: os incompetentes. E também os que não estão afinados com o restante do quadro, os desiludidos, os estagnados e aqueles que não têm capacidade alguma de dar um sorriso. E não se esqueça dos que usam a criatividade só para encontrar o que há de negativo nas situações.

Quem devemos manter? Os comprometidos e os que se empenham em atingir metas com qualidade de atendimento e relacionamento. Talvez estes sejam os milagrosos.

Há empresários achando que a situação ideal de seu quadro de funcionários é não existir rotatividade. Assim como a pobreza, a rotatividade sempre estará entre nós.

Rotatividade zero não é realista nem desejável. Gente nova traz novas idéias, abordagens, capacidades e atitudes novas. Isso impede a organização de parar no tempo.

Mas, este benefício só existe quando os novos talentos encontram condições para mostrar o que têm de bom. De nada adianta inserir gente nova na organização e impor que se submetam a padrões antigos, sem um cenário onde mostrem “o que pensam” e “como pensam”.

O lado ruim da rotatividade acontece quando as pessoas erradas ficam e as certas vão embora.

Quem sabe aí esteja o verdadeiro problema de sua empresa. Um gerente, certa vez, expressou esta situação com muita propriedade: “Alguns funcionários desistem do trabalho e vão embora... Nosso desafio são aqueles que desistem e continuam”.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473