29 de jun. de 2008

OS FUNDAMENTOS DE QUALQUER NEGÓCIO

ABRAHAM SHAPIRO

Uma empresa se fundamenta sobre três pilares: ideia lucrativa, capital financeiro e pessoas. Até a Internet tem idéias viáveis e lucrativas disponíveis para quem sai em busca.

Dinheiro não é problema. Os bancos estão criando crédito crescentes para investimento em negócios promissores.

O terceiro item é o grande pesadelo de qualquer empresário e o obstáculo maior a ser transposto em qualquer negócio: pessoas competentes.

Onde encontrar profissionais? Como conseguir gente talentosa para ser gerente, supervisor? Gente educada, que tenha aptidões, habilidades, competências na medida exigida pelo negócio?

Hoje em dia, o RH das empresas não tem a mesma agilidade para selecionar pessoas que as boas e bem estruturadas agências de emprego.

Estas agências oferecem uma ótima vantagem: banco de dados atualizado com um número enorme de profissionais, todos segmentados por perfil específico.

Fazer uma parceria com uma agência tem, ainda, vantagens importantes: o processo de Recrutamento e Seleção é todo desenvolvido por psicólogos especializados. Eles dedicam sua vida profissional a aperfeiçoar métodos de discernimento do melhor perfil técnico e psicológico. Basta que você determine em conjunto com eles o que você está buscando.

E não há por que temer custo. As melhores agências regionais cobram preços que compensam os benefícios dos serviços e da qualidade que prestam.

Se você quer tranqüilidade, deixe a seleção de pessoas de sua empresa com uma agência. Mas cuidado com a escolha. Procure quem já tem tradição de bom atendimento e índice de acerto. Tome referências. Não vá atrás de promessas. Fique com quem tem prática e objetividade... e, depois, preocupe-se com o bom investimento de seu capital para que sua empresa lucre como você espera e planeja.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

27 de jun. de 2008

CERTAS COISAS NÃO SÃO UM FIM EM SI MESMAS

ABRAHAM SHAPIRO

O discípulo chega a seu mestre e diz:

- O senhor me ensinou que se eu fugir da riqueza, ela, então, me perseguirá. Há anos eu faço isto e ela ainda não está correndo atrás de mim.

- Seu problema está claro - replicou o mestre. Enquanto você foge da riqueza, de vez em quando você dá uma olhadinha por cima do ombro. Então, ela percebe que você está fingindo... e não fugindo.



A riqueza é como a felicidade, só nos é acessível quando, em vez de buscá-la, nos empenhamos na procura do sentido da vida.

Riqueza não pode ser buscada isoladamente. Não pode ser um fim. Só é alcançada como conseqüência da busca de outro objetivo maior. Ela não é a meta fundamental.

Ser feliz ou ser rico é dar valor ao que temos. A cobiça do que ainda não temos nos faz infelizes. Mais, ainda, quando cobiçamos o que pertence aos outros.

Cada um de nós tem um papel único neste mundo. Assumir esta consciência, faz-nos alegres com o que temos e somos, mesmo porque nossas potencialidades representam uma capacidade de realização de uma imensidão de coisas que só nós próprios podemos e temos a missão de realizar - daí a individualidade.

Imagine a diferença entre uma roupa feita sob medida por um alfaiate e outra emprestada de um amigo com manequim maior ou menor. Você pode usar a roupa do amigo, mas não se sentirá à vontade nela. Não terá a mesma sensação agradável de vestir algo feito especialmente para você. Assim é a vida. Cada um tem a sua, e assumi-la com a convição de quem toma posse daquilo que lhe foi dado é o estado mais confortável possível. A vida do outro é dele – jamais poderá lhe pertencer.

Enquanto você não descobrir o que tem de especial como indivíduo, ficará achando que é substituível, que qualquer um ocuparia seu lugar e faria exatamente o que você faz. Mas não é verdade. Você é único, não é inútil, nem descartável. Ninguém, em absoluto, poderá jamais ocupar o seu lugar.

VISÃO PRÁTICA

Livre-se das comparações de seus traços pessoais com os das outras pessoas. Faça o mesmo em relação às posses, ao modo de falar, às virtudes, aos hábitos atraentes e tudo o mais. Passe a admirar o que já existe em você, e caso exista algo que necessite de uma "lapidação" ou "polimento", faça um bom plano e aja para que, ao conseguir estas conquistas pessoais, você se alegre mais consigo mesmo(a).

A auto-estima é resultado de nos sentirmos amados e competentes. Comece, então, aprendendo a amar-se. Depois, trabalhe em seu autodesenvolvimento. Cuidando de si próprio(a) com tamanho esmero, em pouquíssimo tempo você saberá com clareza o que, de fato, significa ser rico e ser feliz.
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25 de jun. de 2008

GELÉIA DE FUNCIONÁRIOS MADUROS

ABRAHAM SHAPIRO

Seus funcionários são como frutas. Quando começam no cargo, são como frutas verdes viçosas – dão esperança de uma boa colheita. Com o tempo, entram na rotina e muitos deles deixam o dia a dia se tornar maçante. É quando seus resultados estabilizam em determinado patamar ou caem. Neste ponto, estão maduros e algo terrível pode acontecer. Assim como na natureza, estas "frutas" tendem a ficar passadas.

Em minha casa, fomos educados a não desperdiçar comida. Viemos de lugares onde os alimentos não eram abundantes e as frutas muito caras. Antes que as frutas passassem, minha mãe fazia geléia ou compota. Ela as descascava, levava a uma panela apropriada, adicionava açúcar, um volume de água, e a mistura ia ao fogo. Durante muitas e muitas horas grande parte da umidade evaporava, a massa ficava livre de microorganismos e então era guardada em potes esterilizados.

Desta maneira, as frutas ganhavam vida nova podendo continuar servindo como alimento por bastante tempo. Ela sempre dizia que sem açúcar e longa exposição ao fogo a geléia não chega ao ponto ideal. Este era um processo que ela conduzia com muito cuidado a fim de não desandar a massa.

O que aprender disso? Se pensarmos em transpor a experiência de minha mãe para o ambiente empresarial, a primeira sugestão a respeito de funcionários maduros e viciados é: dê a eles um tratamento respeitoso e rico em consideração, isto é, uma boa dose de açúcar. Não os deixe baixar a auto-estima. Evite que a motivação desapareça. Faça-os sentirem-se parte de um plano importante, dotado de uma missão clara e envolvente.

Depois, submeta-os ao fogo da avaliação de desempenho, do feedback permanente, dos novos desafios, da reciclagem de conhecimentos e da mudança de comportamento, ou seja, proporcione condições para novas aprendizagens e exija que absorvam bem esta oportunidade. Isto servirá para que vejam suas funções desde outra ótica.

Todo mundo necessita enxergar as situações com que estão envolvidos desde outros pontos de vista para mudar a forma de pensar a respeito. É, na verdade, um mérito de todos. A rotina e o vício de colaboradores bitolados leva-os a perder a consciência do que têm a fazer e de como fazer em conformidade aos padrões esperados. Uma porção de mudança – por menor que seja – dá-lhes uma sacudida mental e, assim, renova as perspectivas.

Sem os devidos e constantes cuidados você perde os seus funcionários – mesmo os melhores. Não os deixe amadurecer demais, pois, segundo minha mãe, frutas passadas dão dor de barriga, daí só servem, mesmo, para adubo e nada mais.

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PODER REAL: ELEVE-SE ACIMA DA SUA NATUREZA!

DAVID LIBERMAN

Há três forças presentes nos seres humanos que freqüentemente estão em divergência umas com as outras: o corpo, o ego e a alma. Em síntese, o corpo quer fazer aquilo que lhe dá prazer; o ego quer fazer o que parece bom e a alma quer fazer o que é bom. Por exemplo: quando o despertador toca de manhã, as três forças entram numa batalha. Se apertarmos o botão para silenciá-lo, adivinhe quem ganhou o primeiro round?

Fazer o que é mais fácil ou confortável é um impulso natural do corpo. Exemplos de excesso de obediência a esta força ocorrem quando a pessoa come demais ou dorme em demasia. Ou seja: faz ou deixa de fazer algo que sabe que não deve ou deve fazer, somente porque lhe garante uma gratificação imediata. Basicamente, o corpo apenas quer escapar dos ditames de nossa consciência.

Já uma iniciativa comandada pelo ego pode nos fazer, por exemplo, comprar um carro esplendoroso que está muito além de nossas posses. Seguindo as orientações do ego, fazemos coisas que acreditamos poder projetar uma imagem correta de nós mesmos. Porém, estas decisões não são baseadas no que é bom, mas naquilo que nos faz parecer bons.

Todavia, na maior parte dos casos, a seguinte ‘mecânica’ ocorre dentro de nós: ao não conseguirmos nos controlar, acabamos sucumbindo aos prazeres imediatos ou nos esforçamos para projetar uma imagem irreal. O resultado é que acabamos bravos conosco mesmos e nos sentimos vazios por dentro. Para compensar estes sentimentos de culpa e incapacidade, o ego se infla e nos tornamos egocêntricos, o que, por sua vez, faz com que nossa perspectiva sobre a vida se estreite e enxerguemos mais sobre nós e menos sobre o mundo. Aí entramos num círculo vicioso, nos tornando progressivamente mais temperamentais e instáveis.

Somente adquiriremos uma boa auto-estima ao sermos capazes de fazer escolhas responsáveis e agir de forma correta, sem levar em consideração se é algo confortável ou não ou o que parecerá aos olhos dos demais. Esta é uma escolha da alma. Procedendo assim, elevaremo-nos para um patamar mais alto e mais saudável, pois a auto-estima e o ego relacionam-se de forma inversamente proporcional. É como uma gangorra: quando um sobe, o outro desce.

Apesar de nosso humor inevitavelmente variar de acordo com as circunstâncias que vivenciamos, ao seguirmos as orientações da alma nosso bem-estar emocional permanecerá largamente imune às condições e experiências de todos os tipos, positivas ou negativas.

Pesquisas indicam que os ganhadores da loteria freqüentemente vivem vidas infelizes depois de sua sorte inesperada. O fato de um número desproporcional de suicídios, assassinatos, prisões por dirigir embriagado e até falências ocorrerem com estes ‘vencedores’ levou a estudos sobre uma possível ‘maldição da loteria’. O público em geral tem dificuldade em compreender porque tal falta de sorte persegue aqueles que repentinamente se tornaram tão afortunados. Entretanto, a razão é absolutamente clara. Uma vez que a auto-estima provém de se fazer boas escolhas, aqueles que se tornam repentinamente famosos ou endinheirados descobrem também ter mais ‘munição’ para um comportamento não construtivo e para entregar-se aos ‘prazeres da vida’.

A lógica diz que, ao estarmos no controle de nós mesmos e agirmos de forma responsável, nunca ficaremos profundamente perturbados por qualquer um ou qualquer coisa. Não seremos vítimas de nada além de nosso próprio comportamento, pois nada nos afetará: somos nós que afetamos o mundo ao nosso redor.
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Do livro, em inglês: REAL POWER, de David Liberman

24 de jun. de 2008

COMPORTAMENTO PROFISSIONAL NO TRABALHO

ABRAHAM SHAPIRO

Um palhaço triste não atrai público. Um juiz piadista deixa dúvidas sobre suas decisões.

O valor de um profissional se comunica pelo seu conhecimento e consistência – também pelo comportamento pessoal em qualquer ocasião, e por seu modo de vestir-se.

Adolescência e juventude são fases que se caracterizam pela alegria e irreverência. Pretender levar estes atributos por toda a vida pode ser negativo especialmente no exercício profissional, vez que toda profissão tem como base de comportamento a seriedade e a capacidade de foco.

Tenho visto profissionais que ocupam cargos importantes em grandes empresas comportar-se como verdadeiras crianças mimadas. Gastam tempo com brincadeiras, enviam e abrem e-mails de piada ou sexo no ambiente de trabalho, desrespeitam a moral e ignoram o código de conduta de suas instituições.

Mais importante do que qualquer manual de procedimentos de empresa é o modo pessoal de agir de cada um – a maneira particular e equilibrada de ser que o indivíduo carrega consigo por onde quer que vá.

Pessoas com desvios psicológicos precisam se auto-afirmar o tempo todo chamando a atenção de colegas e vizinhos. Isto é visível principalmente em ambientes onde os funcionários trabalham em estações abertas.

Uma boa solução para este mal pode ser uma avaliação de desempenho por meio da qual o comportamento seja medido e, depois, compensado ou punido de modo objetivo.

Contudo, o melhor, mesmo, é a substituição rápida e sumária de pessoas que apresentam atitudes desequilibradas. A razão é simples. É que, mesmo não sendo laranjas, elas podem acabar estragando todos os que estão à sua volta.
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PARABÉNS ORIGINALI - HIGIENÓPOLIS



Uma querida empresa, com uma equipe de vendas espetacular - a quem tive o prazer de assessorar em treinamentos durante meses e me vi diante da obrigação de "dar um tempo" por tantos bons resultados que conseguiu absorver - está comemorando 12 anos de loja na Av. Higienópolis 2750, Londrina.

Como é bom ter amigos. Parabéns a todos vocês... e grandes vendas!!!


23 de jun. de 2008

IDADE E RESPEITO

ABRAHAM SHAPIRO

Era outono. Os índios de uma tribo do norte perguntaram ao seu novo chefe se o inverno seria rigoroso ou brando. Sendo novato, ele não dera atenção para os antigos segredos de seu povo, por isso não sabia responder. Mas evitando complicações, preferiu ser cauteloso declarando que o inverno seria gelado e que todos os homens, mulheres e crianças deveriam começar a recolher lenha.

Sendo prático e atido à modernidade, o chefe teve a brilhante ideia de ir até a cabine telefônica mais próxima e ligar para o Serviço de Meteorologia perguntando como seria a próximo inverno. O meteorologista de plantão lhe respondeu:

- “Parece que vai ser muito frio”.

O chefe então dirige-se à tribo e anuncia:

- “Recolham muita lenha, porque, devemos estar preparados!”

Passada uma semana, novamente ele liga para a Meteorologia e pergunta de novo sobre como será o inverno,

- “Sim, será muito frio”, foi a resposta.

O chefe volta à tribo e reforça:

- “Recolham lenha e qualquer pedaço de madeira que encontrarem!”

Duas semanas depois, ele liga pela terceira vez à Meteorologia:

- “Você tem certeza que o inverno será muito frio?”

- “Sim, senhor, será um dos invernos mais frios do século”.

- “Como você pode estar tão seguro?”, perguntou o chefe.

E o homem do tempo respondeu:

- “É que nunca vimos os índios recolhendo tanta madeira na floresta como neste ano. E eles detêm a sabedoria milenar de prever estações!”


Um novato que despreza a experiência dos antigos pode pagar caro por isso. O sucesso está garantido para aquele que aprende com tudo, com todos e respeita os princípios dos mais sábios. Só assim, ele será verdadeiramente honrado, independentemente de sua idade.
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21 de jun. de 2008

UMA HISTORINHA NÃO MUITO RARA

ABRAHAM SHAPIRO

Era uma vez, um comerciante perito em passar pessoas para trás. Horácio era ganacioso, ardiloso, porém, carismático. Não tinha dificuldade alguma em enganar pessoas a seu respeito fazendo-as pensar que era generoso e justo - como ele mesmo as instruía verbalmente em repetidos discursos e comentários de leituras que fazia. Dava livros aos seus funcionários e marcava sessões de leitura conjunta para que pensassem que estava cuidando de seu desenvolvimento pessoal e cultural.

Aos olhos de qualquer indivíduo com um mínimo de visão, não existia dificuldade alguma em perceber que Horácio era um homem malvado por natureza. Prejudicava familiares, criticava seus pais publicamente chamando-os de fracassados, lesava sócios e funcionários em acertos de contas e ainda demonstrava inveja desmedida por quem alcançasse o sucesso. Cobiça por status social era sua maior obsessão.

Os que já o conheciam bem não lhe poupavam maledicências. Sua coleção de inimigos reunia gente de todos os segmentos, não só consangüíneos. Vários dos que estavam à sua volta, porém, o admiravam. Sua magia pessoal - típica de um autêntico indivíduo do mal - enfeitiçava gerentes e colaboradores a ponto de fazê-los depor, com falsos testemunhos, contra funcionários que o acionavam na justiça.

Certo dia, um gerente desta empresa teve problemas de saúde por cumprir, ao longo de anos, pesadíssimas cargas horárias de trabalho. Com o passar do tempo, os danos foram se agravando até proporções preocupantes. Um médico prescreveu-lhe antidepressivos e outros medicamentos psiquiátricos para controle do sono. Sua situação se agravava cada vez mais. Chegou o dia em que, sem outra opção e já em estado de saúde excessivamente descompensado, o fulano foi obrigado a desligar-se da empresa.

Não é preciso dizer quanto foi desmoralizado publicamente diante de seus colegas. O patrão o desclassificou como profissional e até culpou-o pela queda da receita da empresa frente aos concorrentes nos últimos meses de sua gestão.

É fácil imaginar como esta história termina. O gerente que, por tantas vezes fôra uma daquelas tantas falsas testemunhas, era, agora, vítima da mesma armadilha. Seu acerto foi uma verdadeira e miserável traição, um vilipêndio vergonhoso e declarado. No entanto, todos os detalhes documentais foram bem executados. Era difícil, senão impossível, reclamar na justiça contra o imoral acerto que lhe foi imposto.

Uma lição dolorosa, no entanto real. O que fazemos com os outros nunca imaginamos que será feito conosco. Todavia, não esquecer que esta é a lei da vida pode ser bom demais à saúde. Cedo ou tarde, a balança da justiça natural atua sobre bons e maus, e a recompensa ou punição chega.

Se você está junto de uma pessoa que, como procedimento habitual, passa outras para trás, você continuar do lado dela pode ter dois finais diferentes. Primeiro: enquanto ficar onde está, você é um forte candidato à classificação de cúmplice - e a qualquer momento você será eleito como tal. Segundo: ao querer desligar-se dela, você poderá ferir-se com a seta envenenada com que sempre viu outros serem atingidos. Agora você tornou-se o alvo. Eu lhe garanto isso! _________________________________


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LIVROS, LIVROS E MAIS LIVROS

ABRAHAM SHAPIRO

Um dos perigos da leitura excessiva e desorientada é tornar-se teórico demais. É o que aconteceu com a Marta. Ela lia tudo. Comprava os lançamentos, os best sellers e estava por dentro das principais obras publicadas. Mas sua vida era sempre igual, sem mudanças positivas. Havia uma expectativa por parte de todos de que ela mudasse seus modos drásticos, porém, isso nunca acontecia. Tratava seus amigos com indiferença, desconsiderava familiares e era grosseira com funcionários e clientes.

De que adianta o acesso freqüente a grandes e elevadas idéias, se não for desenvolvida simultaneamente a capacidade de transformar em prática? Fazer é melhor do que planejar. Realizar, melhor do que pensar. O que seria da música se Beethoven apenas se inspirasse e jamais pusesse no papel o que sua imaginação criou?

Vejo pessoas se inserindo no mundo saudável da leitura e até as influencio a isso. Lêem, estudam, fazem citações e dividem com outros suas descobertas. Mas suas vidas continuam fracas, medíocres e desprovidas de criatividade e da mudança de comportamento que a aprendizagem verdadeira promove e exige. Isto prova que nada aprenderam, de fato.

A simples leitura é infrutífera. Mas quando encarada como uma forma de auto-análise, pode despertar no leitor o desejo de ajuste, refinamento, novas abordagens e atitudes. Aí é que ocorre a aprendizagem.

Ler por ler, ou ler para mostrar aos outros que se lê é não mais que uma prática que muito se aproxima do vício. Em última instância poderá ser tão útil quanto aguar plantas após uma chuva torrencial.
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20 de jun. de 2008

PROPAGANDA DE CONSULTORIA

ABRAHAM SHAPIRO

A ouvinte Clara Mendonça Miller mandou-me um e-mail no qual diz ter ouvido no rádio uma propaganda de uma consultoria de vendas. Comenta ela que o fulano afirma que vendedores precisam de inspiração para fazer bons negócios.

“Tudo bem” – a Clara completou. “Mas o que é esse negócio de inspiração? Como é que a gente consegue isso? É algum tipo de ginástica? Ou é um curso?”

Bem, Clara, em primeiro lugar: parabéns por ser sincera e declarar que você não sabe uma coisa que muita gente também não sabe, mas finge saber.

Em segundo: propaganda de consultoria em rádio é algo que deixa qualquer um ressabiado, não só você. Será que ele é um consultor mesmo? No Brasil e em muitos outros países, as consultorias sérias e verdadeiras não fazem propaganda em rádio ou televisão.

Em terceiro lugar: seja lá o que se indique a uma pessoa como solução para um determinado tipo de problema ou até mesmo um conselho que se dê, é importantíssimo conceituar, isto é, dar uma definição para que as pessoas interessadas tenham condições de pôr em prática.

A verdade é que os bons profissionais não precisam de propaganda. Seus clientes satisfeitos fazem isto por eles.

Se você tivesse que passar por uma cirurgia cardíaca, você buscaria um médico num catálogo de anúncios ou a indicação de um paciente que conseguiu bons resultados com ele?

Pois então, saiba que consultoria também é assim. Conheça os resultados e não ligue para beleza, voz impostada e outros alardes fáceis de fazer com bá-blá-blá e música bonita de fundo.
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18 de jun. de 2008

O QUE É VALOR?

ABRAHAM SHAPIRO

"Quanto você vale?" – perguntei a um dos vendedores sentados na primeira fila da sala onde eu estava iniciando um treinamento de vendas. E ele me respondeu: "O quanto eu lhe convencer que valho".

É difícil definir e entender a palavra "valor". Mas ela é mais confortável quando aplicada às pessoas. Qual você imagina ser a reação do mesmo vendedor se eu perguntasse: "Qual é o seu preço?" Ele ficaria constrangido.

Todos atribuem a si e aos outros um valor. Não há dificuldades para se fazer isto. Mas ninguém - ou quase ninguém - pensa em pessoas em termos de preço.

Oferecer e adicionar valor são palavras que muitos vendedores e executivos de vendas têm dificuldade de entender. Mais ainda de fornecer.

A maioria das pessoas acha que valor diz respeito a algo que a empresa adiciona como um serviço extra, algo que embeleze o produto ou até alguma coisa "grátis".

Errado. Isto são promoções, não valores.

Valor é uma percepção subjetiva. Por isso, depende muito de uma série de situações que fogem do domínio de quem vende.

Estávamos eu e dois clientes em um restaurante, dia desses, esperando nossos pedidos. A conversa vagava sobre uma estratégia de venda quando, de repente, um delicioso aroma de pão quente encheu a atmosfera. O garçom, de longe, percebeu que eu gostei. Passados cerca de 3 minutos, sem que dissesse nada, ele surgiu com um prato cheio de pãezinhos quentes. Pôs sobre a mesa e disse: "A fornada que acaba de sair é para atender a uma encomenda externa. Mas eu vi que o senhor gostou, por isso, tirei este prato especialmente para vocês experimentarem".

Ao final do almoço, observei que a gentileza não foi incluída na conta. A atitude deixou-nos encantado. Ele levou uma gorda gorjeta e desde então eu e meus amigos temos indicado aquele restaurante para várias pessoas.

Isto sim é agregar valor. Sinceramente??? Valeu!!!
CONSCIÊNCIA, VIDA E SUCESSO ABRAHAM SHAPIRO

Você está em seu carro, dirigindo tranqüilo. Olha para os lados, mantém a velocidade e observa coisas que chamam a atenção. Subitamente, o veículo a sua frente freia. Sem tempo de resposta, seu carro bate na traseira dele. Você e o outro motorista descem e constatam que não houve dano material. Cumprimentam-se com cortesia. Foi só um susto.

No entanto, uma mudança vai acontecer a partir de então. Você vai ficar mais atento e cuidadoso, mais "ligado". Não vai mais prestar atenção ao que, antes concorria com o fluxo do trânsito. Por isso, deste momento em diante, suas chances de provocar um acidente são muito baixas, próximas de zero.

O que aconteceu? Aquele pequeno choque que você causou noutro carro, multiplicou a consciência de seu papel como motorista. Agora, você está concentrado ao ponto que sempre devia estar desde que saiu de sua garagem.

Mas por quanto tempo você permanecerá assim? Até que aquele nível de autoconfiança anterior volte, e você considere os deveres no trânsito algo natural, algo que não merece ter consciência permanente e concentrada.

Por que somos assim?

Por que chegamos à quase total perda de consciência sobre quem somos quando tudo vai bem? Isto se dá na maior parte do tempo.

Por que só assumimos compromisso sério com as causas da vida quando estamos à beira do abismo ou da perda de algo valioso?

Não estará por trás deste comportamento o grande segredo do sucesso? Ter consciência permanente de nossos papéis? - dos resultados que devemos alcançar como indivíduos sociais e inteligentes?

Uma das definições de morte é a "perda de consciência". Se desejarmos a vida e continuarmos vivos, devemos lembrar que, mais do que apenas lutar pelo pão de cada dia, é preciso não esquecer de quem somos e do que, de fato, temos a fazer agora e aqui!
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16 de jun. de 2008

CONSCIÊNCIA, VIDA E SUCESSO

ABRAHAM SHAPIRO

Você está em seu carro, dirigindo tranqüilo. Olha para os lados, mantém a velocidade e observa coisas que chamam a atenção. Subitamente, o veículo a sua frente freia. Sem tempo de resposta, seu carro bate na traseira dele. Você e o outro motorista descem e constatam que não houve dano material. Cumprimentam-se com cortesia. Foi só um susto.

No entanto, uma mudança vai acontecer a partir de então. Você vai ficar mais atento e cuidadoso, mais "ligado". Não vai mais prestar atenção ao que, antes concorria com o fluxo do trânsito. Por isso, deste momento em diante, suas chances de provocar um acidente são muito baixas, próximas de zero.

O que aconteceu? Aquele pequeno choque que você causou noutro carro, multiplicou a consciência de seu papel como motorista. Agora, você está concentrado ao ponto que sempre devia estar desde que saiu de sua garagem.

Mas por quanto tempo você permanecerá assim? Até que aquele nível de autoconfiança anterior volte, e você considere os deveres no trânsito algo natural, algo que não merece ter consciência permanente e concentrada.

Por que somos assim?

Por que chegamos à quase total perda de consciência sobre quem somos quando tudo vai bem? Isto se dá na maior parte do tempo.

Por que só assumimos compromisso sério com as causas da vida quando estamos à beira do abismo ou da perda de algo valioso?

Não estará por trás deste comportamento o grande segredo do sucesso? Ter consciência permanente de nossos papéis? - dos resultados que devemos alcançar como indivíduos sociais e inteligentes?

Uma das definições de morte é a "perda de consciência". Se desejarmos a vida e continuarmos vivos, devemos lembrar que, mais do que apenas lutar pelo pão de cada dia, é preciso não esquecer de quem somos e do que, de fato, temos a fazer agora e aqui!
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15 de jun. de 2008

GESTÃO DO TEMPO

ABRAHAM SHAPIRO

Vi gente demais falando e escrevendo sobre como administrar o tempo. Estas mesmas pessoas têm grandes dificuldades para praticar o que ditam. Eu também. Já sofri demais por causa disso. Por conta do preço que paguei, consegui um pouco de visão a respeito. É o que busco compartilhar neste artigo – realista e não pretensioso.

Uma grande sabedoria é entender que administrar o tempo não é questão de ficar contando os minutos dedicados a cada atividade. Tolice. É, antes, uma questão de saber definir prioridades.

Em tempos malucos como os de hoje, talvez nunca tenhamos tempo para fazer tudo o que precisamos e desejamos. Ter clareza sobre o que é mais prioritário é a chave. Agir para realizar essas prioridades, consciente da premissa de que outras provavelmente nunca serão, é um santo remédio para resolver dissonâncias e culpas do dia-a-dia.

Uma prioridade pode ser importante ou urgente. É óbvio, pois, o que não é importante ou urgente não está na lista de atividades de quase ninguém. No entanto, há prioridades que são ao mesmo tempo importantes e urgentes. Estas devem ser feitas imediatamente, na primeira oportunidade. Não são problemas. As coisas começam a ficar complicadas diante daquelas prioridades que consideramos importantes, mas não são urgentes, e das que são urgentes, porém, não importantes.

Você acha importante ficar mais tempo com sua família. Contudo, você tem que trabalhar x horas para concluir um projeto. Este trabalho é urgente. Você trabalha nela, mesmo que isso prejudique a convivência familiar.

Mas e se o seu trabalho não for mais importante? Neste caso, a família ocupará o lugar de destaque entre os seus valores. Mesmo assim, o trabalho continuará sendo uma prioridade, pois, de outra forma você corre o risco de ser despedido ou perder clientes, e sua família poderá ter problemas de sustento.

Estes conflitos mostram como devemos lidar com o importante e o urgente.

Há ainda um ponto onde a maior parte de nós se perde. Algumas das tarefas que temos a realizar não são selecionadas por nós. São impostas. Refiro-me àquelas em que não somos donos do tempo para executá-las. Se isso lhe incomoda, lembre-se de que quase ninguém em todo o planeta tem autonomia plena em relação ao tempo. Nem a rainha da Inglaterra.

Pense, por exemplo, que quando aceitamos um emprego estamos assumindo o compromisso de ceder a outrem parte considerável do nosso tempo. É claro que junto do tempo também está anexo o nosso esforço, nossas capacidades e habilidades, conhecimentos etc.

O que mais dificulta e confunde é o mau uso do tempo dedicado ao trabalho. Isso acarreta a necessidade de horas extras ou de levar tarefas para casa. Isso acarreta o mau uso, inclusive, do tempo que passamos em casa.

“Usar mal”, aqui, significa que muitas vezes usamos o tempo para fazer o que não é nem importante nem urgente, mas apenas algo que, por força de um hábito ou vício, fazemos sem que produza quaisquer frutos.


HÁBITOS E VÍCIOS

Você tem vícios? E hábitos? Quantas coisas você faz sem qualquer consciência a respeito? Ouvi um professor dizer a um aluno que ele nunca deveria abandonar a leitura de um livro, por pior que fosse. Uma grande bobagem! Se o livro não presta, tome uma decisão: pare de lê-lo. Prosseguir será desperdício de tempo. Pode ser fatal.

Veja o relato do gerente de RH de uma grande empresa: “Disse à minha família que não poderia fazer algo com eles domingo de manhã porque precisava ler os jornais. Eu leio o Estadão e a Folha todos os domingos. Um gerente de RH precisa estar bem informado. E à tarde, leio a Veja”. Eu perguntei a ele: “Você realmente precisa ler isso tudo?” Vi que estava viciado. Era um hábito fortemente enraizado que, apesar da motivaçào, fazia mal aos rumos de sua vida. Afinal, o que poderia acontecer se ele não lesse os jornais? E a Veja? A resposta é: NADA.

Este amigo matava todas as manhãs e tardes de domingo lendo notícias! Ele nunca havia atinado que se houvesse algo importante nos jornais, ele fatalmente ficaria sabendo pela TV ou pela Internet instantaneamente. Estamos cercados por notícias. Elas estão aí, como o ar. Não é preciso gastar tempo para acessá-las. Veja como este raciocínio poderia mudar o modelo mental que ele adotava. Quanto tempo se abriria? Ele poderia “ganhar” as horas gastas com toda este ritual de leitura e ser mais feliz! Incrível, não?

De modo similar, é possível ir ganhando uma horinha aqui outra ali e investi-las em coisas que realmente queremos e devemos fazer – coisas para as quais não achamos tempo agora; coisas que nos farão melhores seres humanos e maiores seres humanos.

Administrar o tempo é ganhar autonomia sobre a vida. É ser livre. Mas é uma batalha a ser lutada todos os dias, e sem nunca perder a consciência.

Se você deseja a autonomia de decidir ficar mais tempo com sua família – ou estudar mais, ou apenas não fazer nada – tem que ganhar esse tempo deixando de fazer outras coisas “menos importantes” para você. Requer raciocínio e decisão. E como será se você chegar à conclusão de que deve buscar outro emprego ou contratar um novo gerente para administrar sua empresa? Pois, então, saiba que uma análise deste tipo poderá abrir caminhos difíceis de serem trilhados. Poderá não ser tão simples quanto deixar de ler uma revista ou ir menos vezes ao happy hour com pessoal de seu departamento. Talvez seja doloroso. Mas trará benefícios para você!

RECURSO

O tempo é o único recurso distribuído entre as pessoas de forma amplamente democrática; muito mais do que outras coisas de que dependemos tanto – como a inteligência, por exemplo. Todos os dias, no planeta Terra, cada um de nós recebe exatamente 24 horas para "gastar", nem mais, nem menos. A exceção existe só para aqueles que vivem seu último dia de vida. Rico não recebe mais do que pobre, empresário não recebe mais do que funcionário, sábio não recebe mais do que ignorante.

Entretanto, a despeito desse igualitarismo, alguns conseguem realizar grande número de coisas no mesmo período. Outros se perdem e ficam com a culpa de que nada produziram. É terrível! Eu já me vi nesta situação inúmeras vezes.

O que faz a diferença? Perceber que o tempo é um recurso altamente perecível. Um dia perdido, hoje, jamais será recuperado. Estará perdido para sempre.

Mas tempo se ganha. Tempo se faz. Como? Deixando de lado coisas que não são nem importantes, nem urgentes e sabendo priorizar aquelas que são importantes e/ou urgentes. Falo de valores. Valores pessoais.

Ter tempo não é um atributo de quem nada tem a fazer. É saber administrar as tarefas de modo a desempenhar tudo o que se quer.

Pela mesma análise, ser produtivo não equivale a estar ou parecer-se ocupado. Muita gente está ocupada o tempo todo exatamente porque são improdutivas! É o que mais acontece! Elas não sabem onde concentrar seus esforços e, por isso, ciscam aqui, ciscam ali, e ficam sempre na mesma.

Ser produtivo é saber dividir o tempo de acordo com as tarefas. E também é “ter sentido”, “conhecer claramente as razões” e “saber aonde se vai”.

Gerir o tempo, em última instância, é planejar a vida de modo estratégico. Como? Planejar de maneira a ter um objetivo e, após isso, determinar os caminhos para alcançar estes objetivos.

O primeiro passo é: saber aonde queremos chegar. Vale perguntar-se: “Onde quero estar?”; “O que quero ser?”.

Segundo. Transforme objetivos meramente verbais em metas reais, que tenham prazos, quantificações e métricas – medidas claras.

O terceiro passo é: decidir, em linhas gerais, como as metas serão alcançadas.

No quarto passo, crie um plano tático. Explore as alternativas disponíveis para se chegar aonde você quer – escolha as fontes de financiamento de suas idéias (um emprego, por exemplo, é uma fonte de financiamento).

Em quinto lugar, aja.

Durante o processo, avalie constantemente os meios que você está usando. Verifique se os meios estão lhe levando mais perto de onde você quere estar ao final da jornada. Se isto não estiver acontecendo, troque o “meio”. Você pode ver que o seu emprego não é um bom “meio” para realizar nossos planos. Se isto for verdade, busque outra colocação.

Aquele velho ditado é a base de tudo isso: “Se você não sabe aonde quer chegar, provavelmente nunca chegará lá”... e eu acrescento: por mais tempo que tenha. Quando o nosso tempo acaba, a vida chegou ao fim. Não temos como obter mais.

Portanto, tempo é vida. Quem administra o tempo ganha vida. Quem perde tempo, está se suicidando.

Prolongar a duração de nossa vida não é algo sobre o que temos controle. Mas quando gerimos bem o tempo ao longo da existência, é como se vivêssemos mais, pois vivemos melhor. Está ao alcance de todos. Só requer esforço.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473



12 de jun. de 2008

VOCÊ É OU PARECE PROFISSIONAL?

ABRAHAM SHAPIRO

Se você fosse a um daqueles grandes espetáculos de luta de box nos Estados Unidos e quisesse apostar em um pugilista, você escolheria o que tem cara de mau ou de bonzinho?

Você é livre e pode escolher quem desejar. Porém, a lógica social manda que se aposte no que tem cara de mau, pois, todos crêem que ele irá converter sua aparência em resultados durante a luta.

Profissionalismo é julgado desta forma pelas pessoas comuns. A sociedade estabeleceu uma correspondência direta entre ser profissional e parecer profissional. Ser e parecer é a mesma coisa?

Quando Albert Einstein foi surpreendido por um fotógrafo que solicitou a ele fazer uma pose, o cientista Judeu mostrou sua língua e desde então a foto tornou-se o estereótipo do gênio. Mas isto é correto?

O lutador bonzinho não pode ganhar a luta?

O que determina o sucesso?

É o próprio Einstein que responde: "Não sei por que todos me adoram se ninguém conhece minhas idéias". Ele quis dizer: “o conteúdo é que vale; as aparências quase sempre enganam”.

Aquele executivo de terno, gravata, sapatos de cromo e relógio de R$ 20 mil pode não realizar metas que se traduzam em boa gestão, mas apenas aproveitar-se de situações desempenhadas por outros e ir vivendo como um parasita. Os que olham suas vestes, jamais saberão quem ele é? Mas até quando ele manterá isto? E qual o valor real de parecer e não ser?

É como disse o Pequeno Príncipe no livro de mesmo título: "O essencial é invisível aos olhos". Essencial é o conteúdo. A roupa e a pose de nada adiantam quando a questão é ser.
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TODO NEGÓCIO PRECISA DE DIFERENCIAIS

ABRAHAM SHAPIRO

Se o único diferencial que a sua empresa tem a oferecer é preço baixo, anote aí: ela está em perigo e vai implodir. A menos que seja tão grande e poderosa quanto o Wal-Mart para vender mais barato que todos os concorrentes até que eles desapareçam e depois recobrar os níveis de lucratividade que a viabilizem.

Nenhuma empresa pode apostar apenas no preço para se diferenciar e garantir sua continuidade. Ninguém, normalmente, tem sustentabilidade para apenas vender preço.

Diferenciar não é fácil nem simples. Mas, quando há um bom diferencial a ser explorado, ele se tornará o motivo principal para o comprador pagar um pouco mais e comprar sempre. Se este diferencial não existir, precisa ser criado.

Vamos a um exemplo. Uma garrafa de água custa, em média, R$ 1,20 num estabelecimento comum. Se ela for servida ao cliente com atenção e esmero: R$ 1,50. Com atenção e esmero, gelo no copo e uma rodela de limão – exatamente como o cliente gosta, sem que ele precise pedir – R$ 1,70. Entretanto, se além de tudo isso o atendente chamar o cliente pelo nome, poderá cobrar até R$ 2,00 pela mesma água. E o comprador irá pagar... deixa uma gorjeta e vai embora satisfeito.

É bom saber: teoricamente, atendimento e qualidade de produto já não são diferenciais de um negócio. São commodities, portanto, itens praticamente obrigatórios. Mas, se os seus colaboradores ainda não atendem bem, faça tudo para treiná-los até que sejam os melhores nisso. Depois, vá pensando com cuidado em novos diferenciais por onde seu negócio poderá ser visto e escolhido pelo cliente entre todos os outros fornecedores dos mesmos serviços ou produtos.

Meu último conselho: não fique de braços cruzados. Problema de diferenciação de negócio ou atendimento a clientes é como sorvete de casquinha. Se não o atacarmos imediatamente, vira uma grande sujeira.
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8 de jun. de 2008

O PRIMEIRO GOL DE VENDAS É O MAIS DIFÍCIL

ABRAHAM SHAPIRO

Em minha atuação com equipes de vendas, sou obrigado a controlar o lado emocional dos vendedores para que busquem os melhores resultados.

Apesar do mercado estar altamente comprador, a competitividade está crescendo dia a dia. Cada nova venda é disputada calorosamente. Cumprir as metas já não é o bastante. É preciso realizar um pouco mais para fazer crescer a fatia de participação da empresa no bolo do mercado.

Ansiedade e falta de autoconfiança são os maiores obstáculos que aparecem nessa hora.
Parecem aquelas partidas de futebol em que um dos times precisa ganhar com diferença de dois gols sobre o adversário.

A única solução psicológica para este impasse é “ter uma atitude positiva”, jogar o jogo da melhor maneira, sem deixar que a pressão da diferença de gols atrapalhe o desempenho dos jogadores.

É claro, que isto exige maior concentração e esforço,mas é aí que os treinamentos fazem a diferença. Uma equipe bem treinada, que compreenda “o quê” fazer e “como” montar suas táticas, terá maior domínio sobre os alvos.

O correto é sair em busca do objetivo mais imediato. Depois, ir-se aproximando da meta definitiva, ou seja: marque o primeiro gol e, assim, o seu adversário é que começará a ficar ansioso e preocupado.

Esta é a grande lição. No início do jogo, nada de pensar nos 2 gols que irão salvar o time do desespero. É hora de pensar apenas no primeiro gol. Depois dele, psicologicamente tudo ficará mais fácil para o seu time. Inclusive para o seu time de vendas.
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5 de jun. de 2008

CRESCER SEMPRE

ABRAHAM SHAPIRO

Uma rápida pergunta: “Você está crescendo?”

Nos negócios e na vida, desenvolver é fundamental. A razão: tudo o que vive, expande – mesmo na velhice e na doença. A expansão só deixa de existir na morte.

Temos que compreender que a educação e o crescimento pessoal não são opcionais, mas uma necessidade. Nossa civilização as privilegiam justamente porque é preciso crescer o tempo todo. O que não cresce, diminui e se definha. No processo da vida ou investimos esforço em crescer, ou entramos em declínio com conseqüências dramáticas.

Não existe meio termo, apesar de ser este o sonho das pessoas acomodadas.

Você sabia que a angústia e a depressão são doenças causadas principalmente pela raiva que as pessoas sentem de seu crescimento não ter sido ousado na medida que elas acreditavam ser capazes de crescer?

Olhar para si mesmo e constatar que existe evolução na vida é tão importante quanto alimentar-se corretamente ou fazer exercícios.

Quem precisa de uma dieta e diz que irá começar na próxima segunda-feira está com essa atitude, permitindo-se estagnar no presente. O resultado será o sofrimento e a baixa auto-estima. Todos nós, sem exceção, seremos amanhã uma projeção do que somos hoje. Quem deseja ser sábio, que comece a buscar a sabedoria hoje. Quem deseja ser rico, que inicie trabalho duro desde já e a busca pelo bom senso.

Há muitos séculos os sábios disseram que aquele que diz “amanhã começarei a estudar”, não começará nunca. Eles tinham razão. Amanhã é um tempo que, para muitos, não existirá jamais.
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4 de jun. de 2008

O QUE É A INSPIRAÇÃO NOS NEGÓCIOS?

ABRAHAM SHAPIRO

Um amigo – dono de uma loja em um shopping – veio desabafar comigo: “Estou muito desanimado com meu negócio. Os clientes não entram na minha loja. Saio de casa todas as manhãs sabendo que vou sofrer o dia inteiro. Então, quando o dia termina, eu me arrasto para casa e apenas tento esquecer tudo o que passei”.

A pior falha que existe em quem tem um negócio é deixar apagar a chama interior, não estar mais disposto a experimentar uma nova estratégia.

Você pode dar a ele todas as melhores estratégias do mundo, mas se a disposição não está lá, não vai importar.

A falta do QUERER é como a falta de oxigênio! Eu e você temos de conseguir oxigênio para nos mantermos vivos.

Você já deve ter ouvido que os negócios precisam de inspiração diariamente. Não é coincidência que a palavra inspiração literalmente significa “inalação”, injetar ar novo dentro dos pulmões.

Eu quero dar a você uma forte chamada de despertar e de querer neste momento. Cuidado com a negatividade. Ela destrói seu negócio, sua carreira, sua vida. Do que vale passar dia após dia apenas trabalhando, aguardando ansioso a chegada do fim de semana? “Já é quarta-feira, que bom. É o meio da semana. Sexta já é depois de amanhã!”

Dizem que se você der o mapa de um tesouro a uma pessoa negativa, é bem capaz que ela o dobre e o utilize para calçar uma mesa manca. Que isso nunca aconteça com você. Lembre-se: nada grandioso jamais foi inventado sem entusiasmo.
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2 de jun. de 2008

ONDE ESTÁ A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO?

ABRAHAM SHAPIRO

Há muitos anos, um velho e pobre sábio vivia numa pequena cidade. Certa noite, ele sonhou que embaixo da ponte do castelo do Príncipe havia um maravilhoso tesouro enterrado.

Na manhã seguinte, saiu em busca da fortuna. Mas o lugar era fortemente guardado.

Ele sentou-se numa sombra e lá permaneceu à espera de um momento para escavar sem que ninguém suspeitasse.

O chefe da guarda chegou-se a ele e perguntou:

- O senhor está aqui desde cedo. Posso ajudá-lo?

O pobre sábio não omitiu:

- Senhor soldado. Tive um sonho que neste lugar há um tesouro enterrado.

O oficial caiu na gargalhada e respondeu ao velho:

- Meu senhor, não creia em tolices. Eu sonhei três noites seguidas que na casa de um velho parecido com o senhor, bem embaixo da cama, há uma caixa de pedras preciosas enterrada.

O velho entendeu tudo claramente. Agradeceu e retornou para casa. Lá chegando, afastou a cama do lugar e escavou. A caixa de pedras preciosas ali estava.

Quantas vezes achamos que nossa realização pessoal ou nossa motivação está escondida em um lugar distante ou sob o poder de alguém.

Depois de muitas dificuldades e tempo perdido, descobrimos que o que estivemos buscando em locais quase impossíveis, esteve a vida toda muito próximo.

Ninguém tem o poder de motivar ninguém. A verdadeira motivação está logo aí, acessível e próxima. Está, na verdade, dentro de você.
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1 de jun. de 2008

O ENGODO DAS PALESTRAS DE MOTIVAÇÃO

ABRAHAM SHAPIRO

Imagine que alguém se aproximasse de você e dissesse com muita convicção:

“Você tem uma forte necessidade de ser amado e admirado pelos outros. Tem tendência a ser crítico consigo mesmo. Por momentos, chega a duvidar de si mesmo. Sabe que tem grandes capacidades que não está explorando como devia...”

O que você pensaria de quem lhe disse isso?

Provavelmente que ela acertou em cheio.

A maioria das pessoas a quem se apresenta uma descrição repleta de lugares comuns como nestas palavras, tende a pensar que ela é sua exata fotografia.

Uma experiência feita por um grande jornal francês mostrou que, depois de se enviar um “balanço astral” desse tipo a 150 pessoas que o haviam solicitado em resposta a um anúncio, 130 declararam-se satisfeitas e se reconheceram no retrato que era evidentemente o mesmo para todas.

É isso o que faz a grande maioria dos livros de auto ajuda e os charlatões que andam por aí fazendo dinheiro com palestras de motivação.

É um absurdo que as pessoas sejam ingênuas, a ponto de achar que alguém que conte histórias engraçadas irá despertar a motivação de que elas precisam para o trabalho ou para realizarem vendas.

Motivação não funciona assim. A melhor maneira de uma pessoa sentir motivação em relação a qualquer coisa da vida é enxergando naquilo uma razão, um motivo.

Sem um sentido claro, a vida é vazia e a tendência será depositar esperança em coisas vãs e sem valor – como por exemplo: uma palestra de motivação vendida por um tolo qualquer.
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