30 de jun. de 2014

VALORIZE-SE PARA QUE VOCÊ TENHA VALOR

ABRAHAM SHAPIRO


FOLHA DE LONDRINA, 30 DE JUNHO DE 2014 - Onde você trabalha? Num escritório? Numa fábrica? Supermercado?
Perceba uma coisa: se o seu patrão pudesse fazer a empresa andar sem funcionários, ele faria. Mas ele não pode. Ele precisa das pessoas.
Gente é que faz tudo o que é útil para a empresa atingir seus objetivos. Mas há os que fazem coisas inúteis e jogam seu tempo no lixo.
É um tanto complicado pensar em si mesmo como a engrenagem de uma máquina. Mas esta é a melhor imagem das pessoas trabalhando juntas em qualquer organização. E quando uma engrenagem estraga ou se desgasta, ela deve ser trocada. Caso permaneça ali, compromete o processo inteiro e as demais engrenagens.
Agora me responda: Quanto você vale? Quem é que determina o seu valor de mercado?
A resposta é só uma: você mesmo!!!
Da próxima vez que você quiser pedir aumento de salário, pergunte-se, antes, o que você tem feito para valer mais, ou como as suas ações justificam o aumento desejado.
A responsabilidade é sua. Você deve construir o preço que você vale.
Esta realidade se amplifica muito com os colaboradores que ocupam cargos de liderança. Certamente você conheça algum bom gerente –  que conduz sua equipe de modo respeitável e eficiente, atingindo metas e superando crises. Pois então veja tudo o que este gerente tem de bom e o imite. E se houver outros pontos a serem observados, como sua postura, modo de vestir-se e de se apresentar, idem.
Revise-se sempre. Acrescente valor à sua imagem. Porém, não deixe de lado ou para trás o seu conteúdo. É um constante e ininterrupto investimento... e, na verdade, o mais lucrativo de todos os que você pode fazer.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

27 de jun. de 2014

COMO HOMENS DE NEGÓCIO CONSEGUEM PAZ

ABRAHAM SHAPIRO

Chegando de volta ao Brasil - O Carlinhos era um hipocondríaco crônico. Nada o convencia de que não estava à beira da morte.
Seu médico sugeriu que fosse consultar um especialista para tranquilizar-se.
Dias mais tarde, após exaustiva consulta e exames, o doutor lhe diz:
- Carlinhos, estou surpreso com a sua saúde. Não há nada de errado com você. Sua doença não passa de imaginação. Você vai viver para enterrar seus pais, sua esposa e olhe lá se não os seus filhos.
Inconformado, Carlinhos, responde:
- Que nada, doutor. Pensa que eu não sei que o senhor está dizendo isso só para eu me sentir bem?
Carlinhos é um teimoso. E quando um teimoso acha que vai mal, ninguém o dissuade disso.
Em assuntos de negócios há somente um meio seguro de se conhecer a saúde da empresa. Através de uma boa assessoria contábil.
Se você não pode ter um contador dentro da empresa, obtenha referência sobre os serviços de um bom escritório de Contabilidade e faça com ele um contrato de serviços.
Ele irá realizar não só o correto levantamento de impostos, mas também a análise das despesas, receitas, lucro e outros indicadores que demonstram como, de fato, sua empresa está. Qualquer estratégia depende destes conhecimentos.
Há um antigo e sábio ditado nacional, que diz: “Quem deseja sucesso, precisa ter por perto um bom padre (vale também um bom rabino, para os Judeus), um ótimo advogado e um excelente contador”. Padre ou rabino e advogado não são difíceis de se achar. Um contador excelente? Procure bem. E você terá encontrado aquele que pode lhe proporcionar paz no presente e tranquilidade no futuro.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

26 de jun. de 2014

PARA MUITO ALÉM DE PARETO

ABRAHAM SHAPIRO

De volta ao Brasil - Vilfrido Pareto, sociólogo italiano que morreu em 1923, fez uma importante observação prática sobre negócios, aplicável também a outras áreas, incluindo aos seus negócios.
Ele disse que 20% dos produtos que você vende geram 80% dos seus resultados e 20% de seus resultados irão consumir 80% dos seus esforços.
Na grande maioria dos casos, o que ele disse faz enorme sentido. Mas é preciso cuidado com a aplicação indiscriminada dessa teoria.
Vamos pensar.
Se 20% dos produtos são responsáveis por 80% da receita, algum desavisado poderá supor que o restante dos produtos deva ser eliminado da empresa, pois contribui pouco no montante.
Nada está mais errado. Não é isso e não é assim!
Imagine uma padaria. Se o pão francês representa 80% da receita total, ainda assim o cliente irá precisa de geleia, requeijão ou mel. Estes produtos talvez não tenham a mesma escala de venda do pãozinho. Mas é cômodo para o consumidor encontrá-los ali. Juntos do pão estes produtos compõem o mix de produtos oferecidos nesta padaria. E o mix de produtos é a cara da empresa. Um cliente potencial atrai-se, primeiramente, pelo “todo” oferecido pela empresa – incluindo serviços. Só depois ele foca sobre “a parte” que lhe interessa a fim de fazer negócio.
O mix, portanto, é importante e corresponsável pelo posicionamento da empresa na mente do cliente, ou seja, pelo modo como o cliente verá o negócio em comparação aos demais concorrentes. O mix é um diferencial genuíno.  
Pensar somente em receita financeira não é tudo. Aliás, pode ser suicídio.
Os dois maiores pecados que um empresário deve evitar são: acomodar-se ou ficar à espera de que alguém venha comprar.
A virtude dos negócios encontra-se sempre à frente. Por isso, questionar o tempo todo é vital. Não se convença de que você já sabe lá o que for. Decerto o que lhe falta aprender faz de você um tonto. Em sabedoria, devemos sempre mirar aquilo que falta, e não se conformar com o quanto já se conseguiu.
Mais do que produtos ou serviços, você precisa entender algo a que ninguém está muito afim de se dedicar: como pensa e como age o cliente. O presente e o futuro dos seus negócios consistem exatamente nisto!
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

25 de jun. de 2014

A PEDRA NO CAMINHO

ABRAHAM SHAPIRO

De Jerusalém, Israel - A história se passa há muitos anos.
Um rei bem-humorado e sábio colocou uma pedra enorme no meio de uma estrada, e ficou escondido enquanto observava como as pessoas reagiriam a isso.
Por ali passaram mercadores, cavaleiros e nobres em suas carruagens. Eles, simplesmente, rodeavam a pedra enquanto praguejavam o rei, acusando-o de má administração das estradas do reino.
Depois de um tempo, chega um camponês com sua carga de verduras e cereais. Ao se aproximar da rocha, põe de lado seu carregamento, e com muito esforço e suor, consegue mover a pedra, afastando-a até a beira do caminho.
Então, ele volta, pega sua carga, e nota que, embaixo de onde a pedra estava, há uma bolsa. Nela há muitas moedas de ouro e uma carta assinada pelo rei, dizendo: “Este dinheiro é uma recompensa para a pessoa que se esforçar em remover o obstáculo que foi propositalmente posto sobre esta estrada. Faça bom proveito dele!”
Moral da história: Existe uma recompensa reservada para cada esforço que se faz com dedicação e boa vontade. Como aconteceu ao verdureiro que teve atitude de remover a pedra e, sem que esperasse, encontrou a bolsa que premiou sua iniciativa desinteressada, assim também acontece com todos os que assim agem frente às circunstâncias da vida.
Todos os demais passantes por aquele local tiveram a mesma chance, porém, optaram pela comodidade de dar a volta e reclamar ou maldizer o rei. Enfrentar o problema de frente? Só o verdadeiro o fez.
Finalmente, qualquer obstáculo esconde uma oportunidade. Descobri-la depende de investir esforço, concentração e insistência. Quem assim age, não voltará de mãos vazias.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

24 de jun. de 2014

COMO MUDAR OS OUTROS

ABRAHAM SHAPIRO

De Jerusalém, Israel - O diretor de produção de uma grande indústria enfrentava problema num dos setores da produção. A solução que ele indicava era tecnicamente fantástica e funcional. Mas ninguém a colocava em prática. Os funcionários esperavam pelos gerentes, e os gerentes suspeitavam que a metodologia do chefe não passava de mais uma medida com objetivo só de diminuir o quadro de pessoal. Olhavam as opiniões do diretor com grande desconfiança.
Consequentemente, os resultados positivos nunca apareceriam enquanto as pessoas não mudassem esse comportamento.
Durante toda sua carreira, o diretor havia perseguido a máxima disciplina técnica. Suas promoções, aliás, tinham acontecido sempre como mérito de desempenho excelente em suas funções.
Hoje em dia, o que ocorre é que a ascensão dentro de qualquer empresa requer muito mais conhecimentos de gestão de pessoas do que técnicos.  Esta é a razão do desconforto daquele diretor. Ele nunca havia se aplicado a entender como dirigir pessoas, especialmente as que sabiam mais do que ele.
Ele sempre acreditara que um chefe tem que saber mais que todos em qualquer equipe. Isto é um erro. Hoje é frequente que até a mais novata secretária conheça aplicativos de computador melhor do que seu chefe, por exemplo.
Ele teve que redefinir seu papel.
Um gestor deve saber que seu poder de impulsionar ou alavancar depende mais de sua humildade em aprender a dar apoio aos colaboradores do que de sua perícia técnica. Por isso, saber delegar e empoderar as pessoas é condição tão relevante quanto agir em conformidade aos valores da empresa.
Tão logo ele abandonou suas ideias preconcebidas e passou à reciprocidade – isto é,  compartilhar ideias e aprender com os demais –, sua aceitação aconteceu naturalmente e a equipe passou a ver nele o dirigente de que precisavam, sem os antigos preconceitos.
As mudanças que buscamos nos outros, muitas vezes começam em nós.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

20 de jun. de 2014

GERENTE OU CAPATAZ? AS DIFERENÇAS

ABRAHAM SHAPIRO


O que é um capataz? É um funcionário contratado para administrar ou organizar uma fazenda. É o chefe de um grupo de encarregados de trabalhos braçais na qualidade de administrador de uma propriedade rural ou alguém que ganha a confiança do chefe para atuar como subchefe naquela área.
O capataz não é propriamente um gerente. Ele pode até desempenhar algumas funções gerenciais de modo parcial, porém, não plenamente, pois, o gerenciamento em si compete na capacitação e prática de quatro diferentes prerrogativas, que são:
- Planejar,
- Organizar,
- Dirigir – ou liderar – e
- Controlar.
Um indivíduo – mesmo capacitado – que se restringe a desempenhar apenas uma destas prerrogativas, não é um gerente. Talvez fosse um capataz.
Ele poderá ter uma equipe sob seu cuidado, ou um cliente especial para acompanhamento, ou uma área de atuação de vendedores para controle, ou algumas operações logísticas a checar etc. Porém, a menos que exerça aqueles quatro papéis de modo coordenado e devidamente integrado às necessidades da organização ele poderá até ter um contrato assinado como gerente, mas não o é de fato.
Estou sendo enfático por razão de que já vi inúmeros bons profissionais tornarem-se desprezíveis ao serem promovidos a gerentes. Nem todo bom operacional será gestor.  O gerenciamento não é um carro que se engate a marcha e o conduz pisando nos pedais certos. Talvez seja um veículo sem marchas, sem direção, nem rodas ou pneus, e sem motor... que é preciso fazer rodar sobre longas, íngremes e pedregosas estradas.
Tive a curiosidade de entrevistar um empresário que, apesar de nenhuma formação acadêmica, é um homem de esplêndido sucesso. Perguntei-lhe como ele distingue, na prática, o capataz de sua fazenda dos gerentes das empresas que ele comanda. Ele respondeu da seguinte forma:
“Meu capataz toma conta, inspeciona e tem olhos para tudo na minha propriedade. Ele se levanta todos os dias para proteger o patrimônio que confiei a ele. Os meus gerentes não fazem isso. Eles fazem planos, se organizam e buscam oportunidades. Eles procuram melhorar os negócios e superar a estabilidade que já atingiram ontem ou anteontem. Quando eles as encontram, então vêm a mim e propõem um modo de ‘abocanhá-las’.  Se eles não forem arrojados em ajudar a empresa crescer e desenvolver, para mim não servem nem para capataz”.
Acho que não é preciso dizer nada mais. Mesmo porque não se deve falar após uma pessoa mais sábia que você.​
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

19 de jun. de 2014

TRAGA UM POUCO DE OPOSIÇÃO PARA DENTRO DOS SEUS PROJETOS

ABRAHAM SHAPIRO


De Jerusalém, Israel, no dia do casamento de minha filha Esther com o meu futuro genro Samuel - Que  seu lar  frutifique em virtude e boas ações como as sementes da romã! 

Antigamente, durante o processo de canonização pela Igreja Católica, havia um Promotor da Fé, designado pela própria Igreja, cuja função era encarar com ceticismo o candidato a santo, procurando, por exemplo, falhas no processo, inconsistência nas provas dos supostos milagres etc.
Este personagem era popularmente conhecido como "Advogado do Diabo".
O ofício de Advogado do Diabo foi estabelecido no século XVI e só abolido pelo Papa João Paulo II, em 1983. A eliminação deste papel do processo causou uma subida dramática no número de santos: cerca de 500 canonizados e mais de 1300 beatificados de 1983 até agora, enquanto houvera apenas 98 canonizações no período de 1900 a 1983.
Isto sugere que os Advogados do Diabo, de fato, reduziam o número de canonizações.
Hoje em dia, o termo tem sido usado para designar uma pessoa que discute a favor de um ponto de vista no qual não acredita, mas que o faz simplesmente para apresentar um argumento. Isto pode ser utilizado para testar a qualidade do argumento e identificar erros em sua estrutura. Também designa aquele que defende pontos de vista que aparentemente são indefensáveis.
Olhando para empresas e negócios, o Advogado do Diabo pode ser um papel importante nos processos decisórios da organização, sendo o indivíduo que discute a favor de um argumento contrário à tendência com vistas a trazer luz ao juízo.
Em análises estratégicas faz-se importante a presença de alguém assim para que se alcançasse equilíbrio, com a ressalva única de que ele saiba bem do que irá tratar e conheça o assunto em discussão.
Na vida tudo tem dois lados. Pesar vantagens e desvantagens reais é, sem dúvida, o melhor dos caminhos para se chegar à escolha justa e ponderada.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

18 de jun. de 2014

TODOS PRECISAM DE TODOS

ABRAHAM SHAPIRO


De Jerusalém, Israel - Um homem estava acampado com amigos em uma floresta e, de longe, usando um par de binóculos, avistou um pássaro exótico no topo de uma árvore.
Caminhou até a árvore e, por mais que tentasse, não tinha como escalar seu tronco. Escada não havia nas redondezas.
O que fez então? Chamou seus amigos e, juntos, fizeram uma escada humana – um sobre o ombro do outro –, o que permitiu que ele subisse. Chegando lá em cima, ele apanhou o pássaro, que era muito dócil.
Há algumas facetas interessantes nesta operação em equipe.
Embora o tivessem ajudado a apanhar a ave, os homens abaixo dele não sabiam que ela era bela. Alguns nem faziam ideia de o que ele havia pego. Porém, sem eles, o nosso amigo não teria conseguido chegar a seu objetivo.
Agora pense: se um dos homens que estava embaixo mudasse de ideia e tirasse o corpo fora, todos os demais teriam caído, e o sujeito que queria a ave não só falharia em sua aspiração, como podia quebrar o pescoço na queda.
Observe quanto esta descrição é fiel ao real significado do trabalho coordenado em equipe. Uma empresa organizada funciona exatamente assim. 
Qualquer um de nós dependeu, depende – e sempre dependerá – de outras pessoas. Elas nos ajudam a alcançar os nossos intentos. Muitas delas nem sabem o que buscamos, mas nos ajudam. Esta é a razão porque precisamos ter e nutrir consideração uns pelos outros:  o chefe pelo subordinado, o funcionário pelo patrão, o colaborador por seu líder, e vice-versa. Todos por todos... em busca do mesmo objetivo. Cada um nos dá suporte e apoio nas piores, e também nas melhores horas.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

17 de jun. de 2014

COMO GERIR O TEMPO DE MODO MAIS EFICIENTE... E SEM TRAUMAS!

ABRAHAM SHAPIRO, de Tel Aviv


NO PRINCÍPIO...
Há cerca de três anos, eu decidi fazer ginástica. Descobri que a vida sedentária que eu levava aumentaria o meu risco de ataque cardíaco em mais de 50%. Meu médico mostrou que quanto mais movimento eu fizesse, maior chance de longevidade eu teria. E ter uma vida longa é vital para mim, pois tenho planos pessoais importantes.
O problema é que, fazer ginástica não era fácil pra mim.
Fiz planos. Eu pretendia fazer uma hora de exercício três vezes por semana. E o que eu consegui? Nada.
Por que foi tão difícil? Eu confundia o que é importante com o que é urgente, e assim, meu tempo nunca estava bem gerenciado!
Se há alguma área na sua vida na qual você sente estar nas mesmas condições que eu estive,  suponho que você provavelmente esteja cometendo o mesmo erro.
Vou dividir com você algumas situações que me ajudaram a resolver isto.

ESTAR OCUPADO
"Não é suficiente ser ocupado. Assim são as formigas. A questão é: com que estamos ocupados" (Henry D. Thoreau)
Inúmeras coisas exigem a sua atenção. O telefone que toca – e você tem de atender. Checar os e-mails. Verificar o seu perfil e mensagens no Facebook. Um trabalho com prazo para entregar na empresa. Tarefas de casa – preparar comida, levar o carro ao mecânico, pagar contas no banco...
Tudo tem de ser feito.
Uma pergunta. Quais são as suas e as minhas tarefas urgentes? Resposta: são aquelas para as quais você e eu temos de dedicar a maior parte do nosso tempo, em frequência diária. São as que devem ser feitas impreterivelmente, ou nos dão a impressão de que não podem ser adiadas. Por causa delas, nós jogamos fora ou adiamos as tarefas importantes a fim de liberar tempo para o cumprimento das urgentes.
Isso não é uma atitude consciente. É só porque... acontece.
Você deixa as coisas urgentes tomarem o controle do seu tempo e da sua vida. E aí? Você engorda, a sua esposa se queixa de que você não tem uma vida no lar, você vê os seus filhos crescendo sem você etc.
Quando isso acontece, algo está errado. Mas é possível que, assim como eu há três anos, você não sabe bem o que é, afinal, você trabalha duro! E enquanto trabalha, assiste as tarefas urgentes se multiplicarem como coelhos, ou como micro-organismos unicelulares. Começam com uma, e daqui a pouco são duas, quatro, dezesseis... Uau!!!
O que fazer?
- “Pare imediatamente, seo Shapiro!”
Foi o que eu disse para  mim mesmo depois de um ano inconformado com o fato de não conseguir fazer a ginástica de que eu precisava tanto, e o meu médico recomendava.
- “Não tem de ser assim. Não deve ser assim. Eu posso construir a minha vida de outro modo. Basta assumir o controle e eliminar o medo, pois, como disse Jó (3:24) ‘Aquilo que temo me sobrevém, e o que receio me acontece’.
Fiz uma limpeza em algumas das tarefas urgentes, criei espaço para as coisas importantes e isso tem me permitido viver uma vida mais próxima dos meus conceitos. Está bem melhor do que antes.
Empreguei um processo simples que eu mesmo criei. Não resolveu tudo da primeira vez. Tive de utilizá-lo repetidamente. Em todas elas, foi muito bom. Liberar tempo, limpar a agenda, selecionar “obrigações” é algo que só se compara ao ar da primavera.
É bom demais.
A seguir,  sintetizei o meu processo.

ETAPA 1. PARE
Pegue um caderno. Pense na sua vida. Pergunte-se o que é realmente importante para você? Anote isso.
Como você gostaria de viver a sua vida? Deseja ser saudável? Quer ter mais diversão, estudo, convivência, dar mais amor às pessoas a quem você ama? Anote.
Lembre-se de cada coisa que é verdadeiramente importante – aquelas que, em dez ou quinze anos lhe farão sentir-se orgulhoso de si mesmo.
Atenção: esta etapa não é o momento de se preocupar com coisas viáveis ou não de serem feitas. Simplesmente anote o que você acha importante.
Tenha em mente que, se você escrever dez coisas ou mais, é provável que esteja misturando o urgente com o importante. Dificilmente tarefas importantes são mais que 4, 5 ou 6.

ETAPA 2. GRIFE
Pense naquelas coisas que você faz todos os dias. Por exemplo, acordar, tomar café da manhã, ir ao trabalho... Anote-as.
Destaque as tarefas diárias que estão “alinhadas” ou “afinadas” às suas prioridades pessoais. Por exemplo, se você tem de caminhar até o ponto de ônibus ou fazer um percurso de bicicleta até o trabalho, isso contribui para a sua boa saúde – que foi mencionado na primeira etapa. Grife isso.
Destaque o que é importante e tem de ser feito todos os dias.
O resto é urgente.

ETAPA 3. REDUZA
Agora reduza as tarefas urgentes, isto é, limpe a bagunça, organize a desordem.
Algumas atividades urgentes só precisam acontecer. Talvez você possa esperar até mais tarde para verificar o seu perfil no Facebook. E-mails podem ter meia hora específica para isso.
Outras atividades "urgentes" poderão ser delegadas a outros. Se você tem um assistente, delegue a ele. Contas bancárias podem ser pagas via débito automático (auto-pay) no seu banco. O sistema fará isso por você.
Outras coisas podem ser melhor organizadas. Que tal fazer um lote de refeições todos os domingos e quartas-feiras e congelá-los? Quem sabe uma compra semanal em vez de várias! Desta forma, você só tem que passar por este processo duas vezes, em vez de cinco vezes por semana.
Viu como pode aparecer mais espaço liberado na sua vida?

ETAPA 4. TESTAR
Agora que a sua agenda está mais aberta, chegou a hora de provar um pouco do sabor da liberdade. Prove esta “nova vida” por uma semana. Observe com zoom “o que” e “como” tudo irá funcionar.
Você poderá perceber, por exemplo, que não devia ter delegado certas tarefas, e sim outras, ou tê-las excluído da sua vida.
Uma semana lhe permitirá ter uma visão do que é que funciona ou não. Depois deste período, promova as mudanças que forem necessárias.
Em quinze dias ou um mês, no máximo, a sua vida estará passada a limpo. Veja as atividades que devem ir embora,  permanecer, ser delegadas, ou simplesmente melhor organizadas.
Vale a pena!

ETAPA 5. MAIS DO QUE É IMPORTANTE
Traga para o interior da sua vida mais tarefas importantes. Agora que você está mais firme quanto ao que vai e ao que fica, é hora de começar a colocar as coisas importantes em seu devido lugar.
Retorne à Etapa 1. Pergunte-se novamente o que é que você quer. Saúde? Amor? Estudos?
Inclua entre as atividades a serem desempenhadas somente as que tiverem maior prioridade neste momento. Por exemplo, se você sentir que ainda não tem tempo suficiente para ir à academia e fazer ginástica por uma hora, então não coloque isso na sua programação.  Inclua exclusivamente o que você entende ser absolutamente viável, sem importar-se com quão pequena ou imperfeita lhe pareça a atividade.
O fato de achar que devia fazer ginástica cinco vezes por semana não significa que você tenha que começar a fazê-lo imediatamente. Um modo mais viável e sustentável será alcançado pela prática da seguinte regra:
“Faça o que estiver a seu alcance, porém na direção de onde você quer chegar”.
Por exemplo, se 40 ou 50 minutos de exercícios diários é o seu plano para melhorar a saúde, mas você não está atualmente em condições de cumpri-lo, comece, digamos, com quinze minutos. Pense que “quinze minutos está a meu alcance,  e na direção de meu sonho – 50 ou 60 minutos por dia”.
Não queira chegar imediatamente ao seu objetivo. Cedo ou tarde você descobrirá que está mordendo mais do que pode mastigar. E se isto não causar uma indigestão, poderá fazê-lo engasgar-se, ou seja, no caso da ginástica, você acabará largando, vai deixar de agir sobre o que é importante e ficará desanimado. E isso o que você busca?  Não, absolutamente.

FINALMENTE
Toda mudança deve ser por meio de um processo, e gradual. Aliás, tem que ser.  
Exercício físico é algo que você poderá fazer o resto da vida. Se chegar ao seu sonho de 60 minutos por dia, hoje, ou amanhã, ou daqui a um ano, não fará diferença alguma quando você tiver 85 e ainda puder se exercitar.
Seja paciente. “Aproveite a viagem de ida da vida, pois esta não tem volta”.
Alegre-se que você está se movendo cada vez para mais perto dos seus sonhos. Alinhar as suas ações diárias ao que é verdadeiramente importante significa que você está se tornando fiel a si mesmo e explorando mais o seu potencial.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

EM DIREÇÃO AO MAR

ABRAHAM SHAPIRO


De Jerusalém, Israel - Água represada tem poder mais que suficiente para romper, derrubar e carregar o que estiver em seu caminho. Enchentes e tsunamis provam isso.
No entanto, uma das sabedorias mais profundas sobre a água o que diz? “Todos os rios fluem para o mar”. 
Parece uma contradição. Embora tenha poder medonho, a água não põe sua força à prova. Não se veem rios subindo montanhas por aí. Fluir em direção ao mar é o caminho natural das águas. É sua opção.
O que isso significa para a gestão de carreira?
A natureza deu talentos a cada um. Eu quero crer que você esteja explorando os seus por meio de estudos, desenvolvendo recursos e modos para contribuir com o mundo à sua volta e, desta forma, capitalizar o seu trabalho, transformando-o em sustento. De fato, esta é a sua riqueza, o seu poder pessoal.
Todos nós usamos os nossos talentos individuais para conseguir realizações. Assim, é certo que nos dediquemos a superar obstáculos com o esforço de cada dia. Só não fazendo uso do orgulho.
Com a soberba e a vaidade, satisfação pessoal alguma pode ser chamada de realização. Ela é a contradição da conquista genuína do sucesso.
Aplicar o seu talento de forma útil, com um sentido de superação e conquista, isto sim é desempenhar o seu papel tal como as águas “fluem em direção ao mar”.
Pisar sobre outros, trair e, por estas escolhas, alcançar resultados, não é digno.  Lembre-se disso para a vida e o trabalho.
Assim como sem água não há vida, uma carreira de sucesso verdadeiro só se constrói e se alcança quando o lugar em que você está – e as pessoas que nele vivem – precisam de você, isto é, não o dispensam e nem o substituem por outro.
Torne-se, portanto, indispensável e insubstituível pelo seu valor e pelo bem que você desempenha em tudo o que faz.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

16 de jun. de 2014

AUTOCONFIANÇA E AS COMPETÊNCIAS DE LIDERANÇA

ABRAHAM SHAPIRO

De Jerusalém, Israel - São muitas as pessoas que não acreditam em si mesmas. Elas podiam fazer coisas valiosas e lucrativas. Mas sua baixa autoconfiança as leva ao ciúme, à desconfiança dos outros, à inveja e, assim, sua inteligência e potencial são investidos em ideias negativas de si mesmas e dos demais.
É importante confiar no “próprio taco”,  ver-se capaz de realizar coisas e vencer desafios.  
Uma pessoa com baixa autoconfiança que trabalhe para elevá-la pode desempenhar papéis importantes. Mas ela estará muito abaixo desta capacidade porque deixa-se dominar pela suposição de que os outros são melhores ou superiores a ela.
Por isso, ela poderá não agir nos momentos em que mais é necessário. Ela também poderá revelar-se manipuladora e usar quem estiver à mão como peças de um jogo imaginário de ameaça ou perigo.
Eu vi uma jovem engenheira chegar ao posto de diretora ajudada por um parente que era o presidente da companhia. Ela tinha baixa autoconfiança.  Isto a impedia de atuar com independência e liberdade. Ela se via como um ser cheio de defeitos, o que a mantinha presa a sentimentos de ameaça. Grande parte de seu tempo era aplicada a arquitetar planos contra aqueles que ela julgava estar barrando seus planos pessoais. Pura imaginação. Mesmo com a aparência modesta e dócil, seu estado interior era sempre nervoso e tenso.  Em pouco tempo ela estressou-se e externou problemas psicológicos sérios.
Só competências técnicas não habilitam ser humano algum a ocupar um posto de tomada de decisões dentro de uma organização ou a liderança de uma equipe. Elas devem ser complementadas com competências de comportamento e relacionamento humano adequadas.
Autoconfiança baixa tem cura. Caso você detecte sintomas em si, procure um profissional competente como ajuda. Posso lhe garantir que, tão logo amplie a sua autoconfiança, você saberá, enfim, como é bom viver e quanto será diferente de tudo o que você sempre imaginou.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

OBSOLESCÊNCIA

ABRAHAM SHAPIRO

A "obsolescência programada" é um recurso estratégico adotado pela indústria atual que consiste em produzir bens com prazo de validade. Assim, vende-se mais substituindo-os por modelos mais novos.

Exemplos:

Um carro modelo 2014 já foi mostrado em 2013, e em 2015 seu proprietário começará a sentir necessidade de substituí-lo por um atual.

Um iPhone novo é lançado a cada ano, causando, a quem tem  um modelo anterior, a sensação de que está ultrapassado.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

VOCÊ SE ACHA PREVENTIVO?

ABRAHAM SHAPIRO


FOLHA DE LONDRINA, 16 de Junho de 2014  

Com percepção não se brinca.
Há uma história sensacional que pode nos ajudar a rever nossos métodos de análise e até de ser estrategicamente preventivos.  Ela se passa durante a Segunda Guerra Mundial.
Um mecânico dedicava-se a estudar a blindagem de aviões de combate em suas áreas mais frágeis. Seu objetivo era reduzir as muitas baixas de soldados e aeronaves norte-americanas.
Ao examinar os aviões que retornavam às bases, este mecânico, cujo nome era Abraham Wald, detectou um padrão de áreas atingidas na fuselagem das aeronaves. Com poucas exceções, o sinistro se localizava sempre numa área que pouco variava de um avião para outro.
Abraham Wald
Assim que determinou este padrão, Wald partiu para a formulação de um novo modelo de blindagem, que em primeira análise, sugeriria a aplicação de mais proteção nas áreas constantemente atingidas pelos ataques inimigos.
Mas para surpresa geral, quando ele fez a apresentação dos resultados de seu estudo, Wald mudou completamente a tendência do pensamento predominante. Ele teve um insight fantástico. Sugeriu um modelo de reforço e blindagem que protegiam diversas áreas das aeronaves, exceto todas aquelas que eram mais frequentemente atingidas. E, de sobra, justificou sua conclusão pela falsa percepção que sempre nos empurra a enxergar o que devemos fazer pelo viés do sucesso, sem considerar que o fracasso adota o mesmíssimo padrão, e pode, por isso, vir no mesmo pacote.
Deixe-me explicar melhor.
Se os aviões eram atingidos quase sempre no mesmo lugar e ainda assim voltavam para as bases, estava claro que as avarias naqueles pontos não eram fatais. Muito provavelmente, os aviões abatidos, e que não podiam ser avaliados por Wald, apresentariam buracos de bala em áreas distintas daquelas estatisticamente mais afetadas.
A lição é maravilhosa. Muitas vezes – ou sempre – devemos olhar mais para os fracassos e aprender com eles, para, assim, atingirmos o sucesso com que sonhamos.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

13 de jun. de 2014

O ESTRANHO REMÉDIO PARA A CURA DO REI

ABRAHAM SHAPIRO


Da Universidade de Tel Aviv, Centro de Negócios Leon Recanati, Universidade Hebraica de Tel Aviv, Israel - Havia um rei que ficou muito doente. Seus médicos analisaram seu mal e, depois de muita discussão, concluíram que só existia um tratamento para sua doença. O monarca devia vestir o casaco de uma pessoa que nunca tivesse tido problemas na vida.
Os soldados do palácio espalharam-se imediatamente por todo o território e domínios do reino em busca de uma pessoa sem problemas. Sua missão consistia em confiscar seu casaco e trazê-lo para a recuperação do rei.
Em uma cidadezinha longe da capital encontraram um homem que se enquadrava na busca. Ele não tinha problema algum e, por isso, atendia satisfatoriamente às exigências terapêuticas que os médicos haviam determinado.
– “Eu realmente não tenho problema” – disse ele aos soldados da guarda. “Mas infelizmente não poderei ajudar o nosso amado rei”.
– “Por que não? Qual é o impedimento?” – perguntou o chefe da guarda.
– “É que eu não tenho um casaco” – respondeu o homem.
E completou:
– “Acredito que se eu tivesse um, isso já seria um problema para mim”.
Se olharmos muito de perto o final surpreendente dessa história, veremos que os nossos problemas resumem-se ao verbo “ter”, e não a “ser”!  
“Ter” talvez seja o maior de todos os problemas com que  nos defrontamos todos os dias. Talvez por isso, ele seja a maior fonte de sabedoria disponível.
No momento em que conseguirmos nos alegrar com o que temos – não importa o que e nem quanto seja –, nossa vida será um paraíso verdadeiro onde quer que estejamos e em qualquer tempo em que vivamos. E eu tenho certeza de que nada nos faltará, pois, então, e só então, seremos ricos de verdade.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

12 de jun. de 2014

PARADA IMPORTANTE

ABRAHAM SHAPIRO

No aeroporto de Roma, Itália, a caminho de Israel - Gosto de uma história que também é uma inspiração poderosa sobre como alcançar resultados no trabalho e na vida. Conta sobre um lenhador que, em um só dia, conseguiu derrubar 70 árvores. Em sua região viviam muitos outros lenhadores profissionais cujo recorde de derrubada era de 72 árvores num mesmo dia.
O rapaz sonhava com a fama. Assim, estabeleceu para si a meta de superar o recorde.
Certo dia, acordou mais cedo e, determinado como jamais se sentiu antes, dedicou-se a trabalhar duro. Ao final do dia, ele conseguiu apenas 68 árvores.
Calculou melhor, planejou e organizou o dia seguinte.
Acordou ainda mais cedo e, motivado, redobrou seu esforço. Almoçou correndo, tratou de não perder tempo com conversas e não desviou o foco. E então? Surpresa! Seu rendimento caiu mais. Ele só conseguiu 65 árvores.
Frustrado e pensando ser incompetente, chegou a cogitar em que seu trabalho de nada valia. Sentou-se desanimado à beira do caminho de casa.
Um velho e experiente lenhador, observando a tristeza do moço, sentiu pena dele. Aproximou-se com paciência e brandura, e puxou conversa a fim de confortá-lo. Ouviu a narrativa detalhada de seu insucesso, pensou, e então fez-lhe uma pergunta:
– Meu rapaz, ao longo da sua jornada de trabalho, quanto tempo você separou para afiar o seu machado?

Há áreas da vida nas quais fazemos repetidas vezes a mesma coisa esperando um resultado diferente. Talvez exatamente por isso nunca tenhamos o sucesso que desejamos ou merecemos!
Experimente parar para analisar o desempenho, adotar medidas corretivas sobre erros, falhas ou fraquezas e aprender com eles. Isso talvez seja mais importante do que o próprio desempenho do processo pelo qual você busque resultados.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

11 de jun. de 2014

POR QUE É IMPORTANTE AO VENDEDOR CONHECER SEUS CLIENTES

ABRAHAM SHAPIRO

O gerente de vendas espera que o vendedor profissional de sua equipe conheça seus clientes. Espera e exige isso!
Um gerente preparou um questionário com mais de cem questões chaves acreditando que desta forma os vendedores teriam as informações com que saber mais e melhor como persuadir aqueles com quem devem fechar negócios.
Tudo bem. Nada errado. Exceto por um singelo detalhe.
Este gerente também precisa persuadir. Quem? Seu pessoal.   
Por isso, quanto mais ele souber sobre cada um dos vendedores de sua equipe, tanto mais seus esforços de sinergia com eles terão êxito.
Tenho visto repetidamente que os gerentes não identificam os objetivos pessoais de longo prazo e as metas de curto prazo dos membros de sua equipe.
Gerentes não sabem quase nada sobre seus colaboradores.
Olhando de perto, ocorre que talvez não tenhamos em negrito e letras maiúsculas os nossos objetivos pessoais a ponto de falarmos deles a qualquer hora. Talvez tivéssemos alguma dificuldade de externá-los verbalmente ou com fluência a quem os solicitar. Mas em nível subconsciente, cada um de nós tem uma ideia geral, ainda que vaga, do que queremos da vida. E por mais nebulosos que estes pensamentos sejam na nossa mente, o fato é que não há nada vago nas ameaças que vemos contra atingirmos estes fins. Resistiremos violentamente a qualquer pessoa ou situação que os ameaçar.
Entende agora que nada adiantará àquele gerente de vendas exigir que sua equipe conheça clientes quando ele mesmo nada sabe sobre seu time? Se ele tivesse esta percepção, teria maior poder de orientação a seus vendedores. A dinâmica entre sua estratégia e a realização de vendas de cada um seria maior e mais intensa.
É óbvio que, quando o gerente sabe quais são as metas e objetivos de cada um de seus homens, ele saberá eleger o melhor método de ação a seguir ou a evitar. Ele também entenderá que tipos de apelo serão mais eficazes para obter a rápida e completa concordância de seus vendedores. As crises e conflitos tendem a ser infinitamente menores.
Mas sabe por que os gerentes não conseguem isso? É que, infelizmente, este insight está reservado apenas aos sábios, e não aos espertos, orgulhosos ou “falsos eficazes”.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

10 de jun. de 2014

VISÃO DE ATACADO OU DE VAREJO?

ABRAHAM SHAPIRO

Nem todas as personalidades se atêm a detalhes. As introvertidas e as analíticas são as que mais os veem.
Socialmente, não ligar-se a detalhes pode não ser prejuízo algum. Mas um gerente que detesta pormenores e tem visão exclusivamente ampla ou em nível de atacado, este, sim pode representar desvantagens graves para a organização. Por quê? Ele não tem capacidade desenvolvida para detectar problemas quando ainda no início. O que quero dizer é que ele só se dará conta de que há algo errado em curso quando já é tarde demais. Ai, ele não tem como adotar sequer ações corretivas. Que dirá preventivas!
Não estou elogiando e nem favorecendo os que andam com uma lupa à mão e se preocupam até com a pequena lâmpada queimada do luminoso da fachada da empresa. Esses aí são tão obsessivos por detalhes que não lhes sobra tempo algum para desenvolver visão estratégica, para administrar ou até mesmo para se informar. Eles acabam restritos demais e se desgastam pela necessidade de trabalhar muitas horas além do necessário.

É desnecessário dizer que o caminho de ouro é o equilíbrio.
Mas como se consegue isso?  
Há técnicas que podem ser exercitadas para cada caso. Qualquer pessoa poderá esforçar-se, treinar a competência de que carece para, aos poucos, adicioná-la a seu acervo pessoal.
Existem livros excelentes.  
Mas eu preciso dizer que todo e qualquer gerente deve estabelecer certos controles que indiquem como anda o desempenho de sua equipe. Quando estiver havendo desvios do plano, um alerta lhe indicará que é hora de investigar as causas e corrigi-las.
Esta ferramenta de indicação compara-se à política de “estoque mínimo” seguida pelos bons varejistas. Vou explicar. Numa loja de varejo, o gerente não tem condições de fazer um levantamento diário pormenorizado do estoque. Por isso, ele fixa um estoque mínimo dos produtos mais vendidos, e quando o mínimo é atingido, ele emite um pedido, evitando assim a perda de negócios por falta de produtos nas prateleiras.
Eficiência e eficácia podem não ter igual significado, mas carecem do mesmo atributo para que existam: inteligência!
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9 de jun. de 2014

EDUCAÇÃO E PROFISSIONALISMO

ABRAHAM SHAPIRO


Não sei se o problema é comigo, mas tenho presenciado cada vez mais atitudes mal-educadas no trânsito, em ambientes sociais e em empresas. E com a proliferação de celulares com câmeras, os noticiários de tevê trazem crescentes relatos de desvios de conduta das pessoas como causa de brigas, crimes e outras situações desagradáveis.
Parece que as pessoas acham desnecessário ser bem-educadas. 
É um erro! Por isso, permita-me dizer: boa educação, fineza e bondade são atributos importantes e imprescindíveis para o caráter de todos, mas em especial como parte do perfil profissional. Sim, pois, existem aí benefícios de grande proporção. Sempre.
Conta-se a história de um sargento durão a quem foi ordenado por seu tenente informar o soldado Tony que sua mãe falecera. Este sargento, que não era o melhor exemplo de fino trato, convocou seus homens a se apresentar imediatamente próximo ao alojamento e, estando todos em forma, anunciou:
- “Soldado Tony, a sua mãe morreu. Pelotão... dispersar!”
Quando o tenente ouviu o relato do que acontecera, ficou horrorizado, e mandou o sargento participar de um treinamento intensivo numa escola de boas maneiras.
Seis semanas após, o sargento voltou à ativa e, por ironia do destino, coube a ele novamente a triste missão de informar ao mesmo soldado Tony que agora seu pai falecera.
Ele convocou o pelotão e mudou sua tática, dizendo:
- “Todos aqueles cujos pais estão vivos, deem um passo para trás... exceto o soldado Tony!”
Basicamente, sempre há duas maneiras de se fazer qualquer coisa. Uma, em concordância com as regras da boa educação. Outra: de qualquer jeito. Meu conselho é: escolha a primeira.
E se você nunca teve a oportunidade de conhecer boas maneiras, faça uma pesquise e aprenda. Comece pelo Google. Ao digitar “regras de boa educação no trabalho”, por exemplo, o retorno é de 639 milhões de verbetes. É um bom suprimento para o início, não acha?
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6 de jun. de 2014

QUANDO NÃO SEGUIR A REGRA DE OURO

ABRAHAM SHAPIRO

Todos conhecem a regra de ouro: “Faça aos outros o que você gostaria que fizessem a você”. Isso pode ser muito bom e correto em quase todas as circunstâncias da vida. Mas numa situação em especial pode não funcionar.  Sabe em que? No gerenciamento de pessoas.
Talvez você ache estranho, mas muitos gerentes falham quando desejam ser “boa gente” com seus subordinados e optam por seguir a regra de ouro.
Ocorre que ninguém neste planeta quer “ser levado a fazer” o que outros querem fazer.
Assim, aquela boa intenção do gerente pode causar o diabo se refletir o interesse dele mesmo, e não o interesse dos subordinados.
Vi isto com meus próprios olhos acontecer muitas vezes.
Uma empresa gastou uma fortuna ao comprar caminhonetes para seu pessoal de vendas. A opção do tipo de veículo foi feita pelo gerente da área que achava ser o carro ideal para o transporte das amostras, equipamentos, malas e outros itens que cada vendedor carregava. Quando as caminhonetes foram entregues, os profissionais ficaram furiosos. Nenhum achava a escolha correta para o trabalho que eles desempenhavam.  
O que fazer quando ocorre esse tipo de falha da gerência? A resposta é: reveja a regra de ouro. Um bom arranjo daquela regra seria: “Faça aos outros o que eles querem que você faça por eles”. Ou, melhor ainda: “Faça a este indivíduo singular o que ele gostaria que você fizesse a ele”.
É um erro projetar os nossos pontos de vista ou gostos no quadro de referência do pessoal. Isto pode e deve ser evitado. Basta parar de supor que nós sabemos o que é melhor para eles ou de achar que conhecemos seus desejos e vontades. É só perguntar... e o problema estará quase 100% resolvido.
Imagine-se comprando aos seus filhos os brinquedos que você gostaria de ter ganho se fosse eles ou quando você era criança. É mais ou menos isso o que acontece no âmbito profissional.
Não cometa mais esta falha!
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5 de jun. de 2014

DINHEIRO E CONFIABILIDADE

ABRAHAM SHAPIRO


Não há retrato da personalidade e da postura de uma pessoa mais nítido e verdadeiro do que seu comportamento frente ao dinheiro. Isto vale para qualquer ser humano.
É espantoso perceber que a proporção de gente com mau comportamento financeiro é infinitamente superior à dos que passam nas provas.
Pior é notar que muitos homens de negócios são ineptos para as finanças.  E ainda desrespeitam as regras mais básicas e simples do comércio e do relacionamento negocial. Empreendedores eles são, sim. Mas não se importam com a bagagem que falta para dar continuidade e longevidade a seus negócios. Isto é negligência. E torna-se a causa mais frequente de crises e falências.
O custo disso? Estresse e frustrações, principalmente.
Confiabilidade é valor fundamental.
Você é confiável nos seus negócios?
Se não lhe disseram, que seja esta a primeira vez: a sua palavra deve valer mais do que qualquer papel assinado. Esta é uma das mais importantes regras dos negócios. E da vida!
Mesmo que você não tenha assinado nada, cumpra o que tiver prometido. Não importa o que seja. Se falou, vá até o fim. Ou não tivesse falado.
Credibilidade não se compra e não se consegue de um dia para outro. Trabalhe duro, então, para construir uma história sólida de contas pagas e promessas cumpridas.
A sabedoria dos mercadores orientais diz:
"Antes de fazer qualquer transação, trate com a luz dos Céus a forma de pagamento
e os juros. E quando chegar o dia do vencimento, pague, e não se queixe dos juros".
Todo negócio é uma rua de duas mãos. Nunca, em hipótese alguma, bloqueie uma destas vias. Porque se hoje você vai por ela, chegará a hora em que você terá de voltar.  
Mantenha a sua palavra, e mereça uma segunda chance. Este será o seu passe-livre sempre que você tiver que utilizar a rua para voltar.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

4 de jun. de 2014

DIFERENCIAR PARA SOBREVIVER

ABRAHAM SHAPIRO

E-mail que recebi do Genésio, um advogado.
“Senhor Shapiro.
Eu tenho 40 anos, faculdade e pós-graduação. Mergulhei de cabeça nos principais aspectos da minha profissão. Mas, tenho tido dificuldade no mercado em que atuo. Não encontro meios para vender bem as minhas ideias. Os clientes potenciais não sabem o que querem e nem o que precisam. Exigem muito e pagam quase nada. Segue anexo o meu currículo. Gostaria de conhecer a sua visão sobre isso e, se possível, o que posso fazer”.
Caro Genésio,
Seu currículo é bom. E percebo que os seus objetivos são sérios em relação ao conhecimento que conseguiu juntar. Suponho que a sua prática também o seja.
Vender conhecimento não é fácil. A nossa tendência natural em tudo é a de trilhar os caminhos já abertos por outros, e desejar alcançar maiores lucros do que eles conseguiram. Mas aí nos deparamos com uma pergunta: “Quanto as pessoas estão dispostas a nos pagar por algo que parece igual a tudo o que elas já viram outros fazerem antes de nós?”
Aí, não conseguimos resultados! Então questionamos o nosso conhecimento e potencial. Como isso dói, passamos depois a achar que o mercado é que tem problemas, igual àquele rapaz que, por não saber dançar, dizia que o chão do salão é que estava torto.
O que posso lhe dizer com certeza de que dará certo é: faça uma pausa para “afiar o seu machado”. Invista em dois livros. E estude-os com afinco nos próximos meses.
O primeiro é:
POSICIONAMENTO: A BATALHA POR SUA MENTE, de Al Ries e Jack Trout;
e o segundo: 
A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL, de W. Chan Kim e Renée Mauborgne.
Eles abrirão o seu pensamento para uma palavra chave na solução do que você propõe: “diferenciação”.  Eles contêm inspirações poderosas sobre como usar o conhecimento e a prática que você hoje detém, de modo a despertar nos seus potenciais clientes interesse de "comprá-los" sob contextos diferentes daqueles que você propôs até hoje.
Enquanto os lê, veja-se aplicando as lições às áreas em que você se encontra. Esta ponte o levará até novos modos de exercer a sua profissão e obter os ganhos que hoje lhe frustram.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

3 de jun. de 2014

INTENÇÕES

ABRAHAM SHAPIRO

Boas intenções. Muitos dizem que delas o inferno está cheio.
Oscar Wilde disse: “As boas intenções têm sido a ruína do mundo. As únicas pessoas que realizaram qualquer coisa foram as que não tiveram intenção alguma”.
Já o filósofo e economista Karl Marx foi mais radical, ao dizer que: “O caminho do inferno está pavimentado de boas intenções”
A Dama de Ferro e primeira-ministra da Inglaterra, Margaret Thatcher, usou de ironia inteligente quando disse: “Ninguém se lembraria do Bom Samaritano se ele só tivesse boas intenções. Ele possuía também dinheiro.”
Boa intenção. Você já notou quanto se tenta explicar com boa intenção. Mas isso nunca explica nada. É só mais uma desculpa para não se assumir a falta de organização ou a ação desajustada à realidade ou aos recursos disponíveis.
É óbvio que a intenção boa é um pré-requisito para a ação. Mas o que é preciso entender definitivamente é que, mais do que boa intenção, é necessário capacitação, planejamento, organização e controle para que qualquer ação produza resultado.  Isso, apenas confirmando,  é o que coloca a atitude perfeitamente alinhada àquilo que deve ser feito, à hora em que é preciso realizar.
Uma pessoa que atua só com boa intenção estará pondo em risco pessoas e recursos incalculáveis.
Não quero parecer negativo ou estraga-prazeres de ninguém. Mas, na verdade nua e crua, analisando a História de perto, vê-se que a tal da boa intenção sozinha já cometeu mais e maiores erros do que a somatória de toda estupidez da humanidade.
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2 de jun. de 2014

A SAUDÁVEL SOLIDÃO DA GERÊNCIA

ABRAHAM SHAPIRO


FOLHA DE LONDRINA, 02 de Junho de 2014 - Toda gerência envolve um certo grau de solidão dentro da organização. Eu escrevi "solidão", sim! Você não esperava? Pois saiba que esta é só uma parcela de todo o preço que se paga por um cargo de liderança.
A ideia apavora não só os novatos, como também alguns veteranos que se deixam confundir com falsas ideias da administração romântica e politizada de pessoas – coisas de RH´s mal formados em estratégia e negócios e que precisam desesperadamente de uma teoria qualquer no que se apegar para se manterem no cargo.  E para vencer este receio, aqueles gerentes medrosos passam a agir igual a seus subordinados.
Só que ao procederem deste modo, eles perdem o maior atributo da gerência: o respeito dos subalternos.
O Rei Salomão aconselhou: “Arreda logo o pé da casa do teu amigo”. Isto nos ensina que a familiaridade é mãe do desprezo, o que, infelizmente, é a mais pura verdade.
Os subordinados desejam sentir respeito pelo chefe. Eles querem também perceber que ele é bem informado. Quando o gerente está excessivamente próximo de seu pessoal, ele se sente tentado a expressar sua opinião sobre muitos assuntos fora do propósito de seu cargo.
Se os subordinados não concordarem com suas opiniões, seu desprezo pelo julgamento do chefe nessas áreas controversas tende a se estender até suas atitudes para com as opiniões em temas relacionados ao serviço, onde é essencial que a opinião do superior prevaleça.
Resumindo: o desejo do gerente ser apreciado em vez de respeitado é a raiz dos males que irão comprometer frontalmente sua liderança amanhã e depois de amanhã.
Pesquisa feita na década de 1980 e repetida em 2012 nos Estados Unidos e Canadá com mais de 3.500 gerentes bem sucedidos indicou que, ao analisarem o começo de suas carreiras – antes de chegarem ao posto de gerentes – consideravam como mais eficientes os gestores que podiam ser descritos como: “Justo, mas firme”!
Ao gerente que me lê, vai a minha advertência. Saiba e mantenha a consciência de que você terá de amargar momentos de afastamento da sua equipe e conter-se quanto a falar de tudo, a toda hora. Cale-se! Espere o momento propício tanto para abrir a sua boca quanto principalmente para estar próximo.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473