31 de out. de 2013

O TRABALHO INÚTIL DOS DOIS CAIPIRAS

ABRAHAM SHAPIRO

Um homem caminhava pelo campo quando avistou dois camponeses que davam duro debaixo do um sol escaldante de verão. Ao aproximar-se, observou que eles faziam algo um tanto esquisito. O primeiro abria um buraco na terra e imediatamente o outro o tapava. Então, ambos davam juntos um passo calculado, e repetiam a tarefa.
Não entendendo qual seria o propósito daquele exaustivo procedimento, o homem perguntou-lhes no que consistia seu trabalho. O que empunhava a enxada respondeu:
- “Sabe o que é, sinhô? Eu sou o Jão e esse aqui é o Tonho. Nóis trabalhamo em trêis, todo dia. Mas hoje o Zé ficou doente, e não veio. É ele quem joga a semente dentro de cada cova que eu abro na terra. Como a gente não queria ficar parado, tamo fazendo a nossa parte”.
Todo trabalho sem objetivo é vão.
Qualquer tarefa precisa ser clara e ter uma finalidade. Não sendo e não tendo, as pessoas não enxergarão razão em seu desempenho. E será inútil.
Do que depende qualquer realização profissional? Não da atividade em si, mas de “como” ela é feita e da parcela de esforço dedicado.
Um empresário de sucesso que empregava um grande número de pessoas disse-me, certa vez: “Se eu tivesse de selecionar um indivíduo tomando por base uma característica pessoal, eu me orientaria por seu amor ao trabalho e pela disposição em aceitar tarefas de modo a executá-las até sua conclusão, sem se importar se isso exigisse que fosse além das horas regulares da jornada. E acrescentou: “Cheguei à conclusão de que os indivíduos que fazem isso são aqueles que entendem completamente o que fazem”.
A prática revela que o valor do trabalho está na intensidade de seu desempenho e no alvo a ser atingido. O status da função ou a posição hierárquica pouco ou nada tem de dignidade ou grandeza. Mas é importante que se saiba que tudo se inicia no treinamento e no estabelecimento dos objetivos. É esta a dívida de todo empregador para com seu empregado!
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

30 de out. de 2013

O QUE RESTA DEPOIS DE CHUTES

ABRAHAM SHAPIRO


Dale Carneghie em seu famoso livro “Como fazer amigos e influenciar pessoas” disse: “Se você quer mel, não chute a colmeia”.
Ele não apenas tinha razão. Dale Carneghie sintetizou nesta simples frase um princípio tão profundo quanto o oceano e tão fantástico quanto o universo infinito no que tange às relações humanas. Quaisquer relações.
“Se você quer mel, não chute a colmeia” não é um pensamento proverbial. É uma regra prática. Uma atitude cujo poder transforma pessoas, lugares e mundos inteiros.
Ao longo da minha vida de trabalho conheci empresários, chefes, encarregados, pais, maridos, esposas e profissionais de todas as áreas que não conseguiam controlar suas emoções e afloravam desequilíbrios mentais como o suor de seus corpos.
Desfaziam-se de pessoas que se esforçavam por bom desempenho. Desprezavam atitudes leais e fiéis de membros de suas equipes ou familiares. Rebaixavam a inteligência de colegas e subordinados e, como desculpa pela expressão pública de suas mazelas, fixavam-se em números aos quais davam o nome de “metas” ou “objetivos”.
A qualquer um que os questionasse, havia uma só resposta: “Estou em busca de resultados, e esse pessoal todo é incompetente”.
É triste presenciar as cenas que eu vi de perto e constatar a nítida humilhação estampada na face daquelas vítimas.
A pergunta revoltante que fica no ar é: “Como estes filhos, funcionários ou parceiros suportam tal nível de desumanidade e desfaçatez?”
Não há resposta plausível. Porém, sabe o que muitos dizem? “Tenho esperança de que ele mude, um dia”; “Ele é meu pai”; “Ela é a mãe dos meus filhos”; “Eu preciso do emprego, tenho família para alimentar”...
A verdade exata e justa a ser dita a qualquer um desses déspotas é uma só: “Se você quer mel, não chute a colmeia”, pois cedo ou tarde, a situação favorável sobre a qual você se arroga irá converter-se em crise. E então, em lugar da doçura de todos com quem você sempre recusou-se a contar, restará apenas a amargura e a dor do veneno das picadas daqueles a quem você chutou.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

29 de out. de 2013

VOCÊ É IMPORTANTE

ABRAHAM SHAPIRO

“Este é um remédio fácil para a autoestima: tornar-se parte de algo importante. Esteja apto a dizer “Nós das Nações Unidas...” ou “Nós físicos...” Quando você pode dizer “Nós, psicólogos, provamos que...” você participa da glória, do prazer e do orgulho de todos psicólogos. Todos nascemos com determinadas necessidades inatas para vivenciar valores mais altos; da mesma forma que nascemos psicologicamente com a necessidade de zinco e magnésio em nossa dieta. Todos os seres humanos têm a necessidade instintiva de altos valores de beleza, verdade e justiça, e assim por diante.
Estas  são palavras do grande psicólogo norte-americano Abraham Maslow.
A tarefa de cada indivíduo é melhorar a si próprio. Todos os esforços ao longo da vida devem servir para isso -  da descoberta do mundo ao autoconhecimento. 
O desempenho de qualquer atividade deve resultar em condições propícias para que o homem se aperfeiçoe e se transforme. É natural no ser humano a necessidade de desenvolvimento e crescimento. E quando, de fato, ele se eleva, o mundo todo se eleva junto dele.
O processo de refinamento interior e melhoria contínua do homem é um componente de importância vital para ele próprio e para a humanidade como um todo, pois, não só garante a continuidade da espécie – sob a ótica da virtude – como também a qualidade da vida futura.
Como acontece este processo?
É sabido que se você toma para si algo importante do mundo, então você se torna tão importante quanto o que introjetou e assimilou. De imediato importa se você pode morrer ou se está doente ou se não pode trabalhar. Surge a responsabilidade de ter de se cuidar, de se respeitar, de descansar na medida certa, de não fumar e não beber muito, de cuidar da família, etc. Você deixa de pensar em coisas sem sentido ou que lhe prejudiquem. O suicídio é algo distante de você – isto seria egoísmo, seria uma perda para o mundo. Você é necessário, útil.
Quando nos vemos construindo uma grande pessoa em nós mesmos, cada detalhe se reveste de significado e importância. Tudo é uma parcela imprescindível desta construção.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

28 de out. de 2013

INTELIGÊNCIA x TOLICE

Artigo publicado no jornal FOLHA DE LONDRINA, em 28 de Outubro de 2013, na coluna ABRAHAM SHAPIRO, em Empregos e Concursos.


ABRAHAM SHAPIRO


Quantas empresas riquíssimas quebraram por conta de vícios. Quantas por tolices. O Matarazzo é um exemplo de potência familiar que acabou.
Mas e as que se sustentam com inteligência? O Grupo Votorantin segue firme e forte.
Diferenças importantes entre elas: o grupo Matarazzo teve um sucessor imposto. No Votorantin há  um sucessor negociado, estudado, preparado com experiência e provado.
Moral da história: "A decisão da primeira geração reflete frontalmente nas gerações futuras".
De uma vez por todas é preciso entender que o problema da sucessão é essencialmente psicológico, e não jurídico ou tributário. E a solução deste problema começa em discutir com a família e sócios quem poderá assumir o comando da empresa quando o atual dirigente não estiver mais presente.
Pode parecer tétrico, mas morrer é uma arte! Qualquer empresário precisa saber planejar - até sua morte. Planejar a sucessão não significa aposentar a geração que trabalha, mas organizar mecanismos de convivência.
Existem empresas familiares com três gerações atuando: avô, filhos e netos. Os pais mandam os filhos para estudar no exterior. Com isso, eles mesmos  viram um “sanduíche”.  Como? O avô não larga o controle da empresa. O neto já tem 30, 35 anos. Quando o avô morre, é o neto quem assume,  e não seu pai, que já terá por volta de 60 anos. Este é o sanduíche: pai amassado pelo por seu pai e seu filho.
Um empreendedor verdadeiro tem de entender o projeto dos filhos já que ninguém resolve a sucessão da empresa aos 60 ou 70 anos de idade. E os filhos só podem assumir se tiverem vocação.
Ele deve entender que há filhos que querem, mas não podem. E filhos que podem, mas não querem –  gostariam de ser médicos ou músicos, por exemplo. Se o pai é um empreendedor, ele deve preparar o filho, mesmo que ele esteja fora do negócio da família. E se esta possibilidade não existir, o papel do pai será dar ao menos uma canoa para o filho enfrentar o dilúvio.
A experiência mostra que não adianta insistir em casos de contrariedade ou adversidades.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

25 de out. de 2013

PARE DE DESEJAR LÍDERES NA SUA EMPRESA

ABRAHAM SHAPIRO


Gente! Parem de desejar líderes na sua empresa. Vocês precisam de gestores. Gestores eficazes.
Você tem algum aí? Gerentes eficazes são raros. Líderes eficazes, então... nem pense. O que você encontrará com facilidade são “pretensos líderes” – pessoas orgulhosas de suas posições extremistas, como: “Eu cuido da minha equipe”, ou “Se o pessoal não produz resultado, eu os faço produzir ou estão na rua”.
Para começar: o que um gerente autêntico e eficaz mais tem é “tempo”. Ele sabe administrar sua agenda de tal modo a ter sempre boas oportunidades para atividades como planejar, refletir, traçar estratégias e apoiar sua equipe.
Acima de tudo, a maior fração do tempo com que um gestor conta advém do fato da ótimo preparo de sua equipe. Ele mantém seu time bem treinado e pronto. Cada membro sabe resolver seus próprios problemas e, assim, ele não gasta seu próprio tempo com problemas que são dos outros. Aliás, uma das coisas que mais roubam tempo de um gerente é assumir responsabilidades de seus subordinados. Mas isto acontece especialmente porque ele não treina seu pessoal.
Funcionários sem habilidades desenvolvidas não dão conta de suas atribuições e não superam seus desafios. Criam dependência de quem lhes dê a mão sempre que precisam. E se acomodam com o “pronto socorro”. Quando lhes vem alguma dificuldade, apenas pedem ajuda. Pra quem? Para o gerente. E aí vem ele. Quando este gerente acorda para a bobagem que está fazendo, seu tempo está todo comprometido, sua equipe está derrotada, e logicamente, resultados a zero. Mas veja o que está acontecendo: os papéis estão todos trocados e confusos. Recuperar isto custa caro.
Muitas empresas já estão contratando um orientador individual para auxiliar seus gerentes em situações difíceis. A cura tem sido excelente.
A única coisa proibida é continuar achando que tudo vai se resolver sozinho com o passar dos dias. Não, não vai. Problemas de gestão são como peixe fora da geladeira. Ou você cozinha logo, ou ele apodrece.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

24 de out. de 2013

DESPERTE OS VENDEDORES QUE ESTÃO MORRENDO

ABRAHAM SHAPIRO

O que fazer com uma equipe de vendas “viciada” e que, por este motivo, não atinge – por nada neste mundo – o desempenho esperado?
Esta é uma pergunta complexa e ampla. Mas carece de atenção, já que trocar todo o quadro de profissionais não é fácil hoje.
É claro que treinar e impor uma boa reciclagem sobre as técnicas de vendas e conhecimento dos produtos é salutar.  Atributos, vantagens e benefícios sempre melhoram a visão de valor de cada item do mix de produtos.
O gerente dessa equipe poderá também promover uma análise das forças e fraquezas de clientes efetivos e potenciais.  Isto é claro e óbvio, bem ao estilo de “canja de galinha e prudência só fazem bem”.
Mas as chances deste treinamento ser mais um daqueles que só queimam dinheiro, enquanto a “aca” das vendas medíocres prossegue.
Se a equipe já atua há algum tempo com baixa performance, o problema não é falta de conhecimento. O obstáculo está, sim, no negativismo, na miopia, nos vícios de pensamento e nos julgamentos pressupostos que povoam a mente de cada um. Estas são as “amarras” que eles impuseram sobre si. E são elas as causas da derrota destes homens e mulheres. Metaforicamente, há um “vírus” que se instalou em seu modelo mental que os infectou com desculpas porque o cliente não compra, os “nãos” que receberam – e com os quais não sabem lidar –, a falta de capacidade analítica de novas possibilidades e de novas abordagens etc.
O que fazer então?
Trabalhe para mudar a cabeça deles. Se hoje eles estão estagnados e monótonos, aborde o que eles já não conseguem ver:  julgamentos positivos, inspirações que produzem atitudes mais ousadas e desejo de viver uma “aventura” com coragem. Tem de ser algo poderoso. Se não, o efeito pode ser nulo. Mostre que a laranja ainda não foi espremida e tem muito caldo a dar. 
Este terá de ser um treinamento capaz de mudar pontos de vista. E lembre-se: só otimismo não faz isto. Uma análise real de tudo o que eles ainda não veem, sim!  Faça por eles tudo o que tiver o potencial de fazê-los agir diferente do modo como agem hoje. Esta é a salvação.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

23 de out. de 2013

QUANDO GRITAR POR SOCORRO PODE NÃO AJUDAR MAIS

ABRAHAM SHAPIRO

Há um mito que você deve conhecer. Se alguém jogar um sapo dentro de uma panela de água fervente, ele irá pular fora e se salvar. Mas, se colocá-lo na água fria e aquecê-la aos poucos, ele não perceberá a mudança de temperatura, e morrerá cozido.
Os anfíbios sobrevivem em diferentes ambientes sem precisar se proteger. A natureza do sapo ajusta a temperatura de seu corpo tomando por base o ambiente. Dentro da panela com água fria, ele se adapta até que, aquecendo aos poucos, chegue ao limite da sua capacidade. Aí seus órgãos já cozeram e, sem poder reagir, ele morre.
A temperatura do corpo humano é de mais ou menos 37ºC. Ela permanece constante em qualquer ambiente. Por isso, no frio precisamos de uma blusa, e no calor, de uma piscina para nos refrescar.
A história do sapo cozido é um exemplo incrível de comodismo.
As pessoas se acomodam às mais diversas situações. Porque é fácil. Elas não observam as condições, não questionam as perspectivas, não suspeitam de suas falsas esperanças... e assim se adaptam ao meio à sua volta com a máxima permissividade, deixando de enxergar detalhes nocivos. Então, quando se dão conta, já estão completamente absorvidas pelo meio. E, enfim, sem poder reagir, morrem.
Quer um caso prático? Responda rápido: “Você é capaz de perceber que isso esteja ocorrendo com você ou com a sua empresa?” Se sim, pule fora agora! Se esta pergunta lhe parecer absurda, cuidado! Uma das possibilidades é de que a coisa pode realmente estar feia para o seu lado. Quando você se der conta, talvez já não lhe reste tempo nem de gritar por socorro.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

VOCÊ SABE O QUE É "RESULTADO"?

ABRAHAM SHAPIRO


Remuneração por resultados – realidade em muitas empresas. Gestão por resultados – idem.  Mas uma pergunta simples é: será que as pessoas envolvidas nesses processos sabem definir resultado?
Muitos só fingem saber.  E vão “tocando” assim. Quase ninguém se sente confortável em confessar ignorância. É engraçado, porque pessoas sábias e humildes não se constrangem em confessar: “Desculpe, eu não sei isto. Pode me explicar?”.
Ok. Mas o que é resultado? Dinheiro? Não. Presença? Volume de venda? Lucro? Nada disso. E pode ser tudo isso.
O modo mais correto de definir resultado é: “a habilidade de dar uma resposta a um desafio”.
Explico melhor. Pense num desafio sobre uma pessoa imposto, por exemplo, pelo ambiente. A atitude que ela tomar em responder a este desafio irá produzir um resultado – satisfatório ou não.
Digamos que você tenha um compromisso às 9hs da manhã e deseje chegar a tempo. Se você estiver em S. Paulo, seu grande desafio é o trânsito caótico por volta das oito e meia, certo? Para alcançar o resultado de chegar na hora marcada, você deve responder à altura deste desafio. Como? Uma das formas – se você não tiver um helicóptero – é sair bem mais cedo de casa. Quanto tempo? O suficiente para suplantar o desafio do trânsito às oito e meia no trajeto a ser percorrido.
Se o desafio for muito maior do que a sua habilidade de dar uma resposta, o resultado não será satisfatório.
Esta é a razão porque se submetem funcionários a treinamentos objetivos. Uma vez capacitados e qualificados, sua capacidade de emitir uma resposta aos desafios profissionais que lhe sobrevirão será ampliada. Assim, ele terá sucesso produzindo resultados crescentes de qualidade. Por outro lado, sem capacitação a resposta que ele está habilitado a dar será menor que o desafio. Aí, ele ficará a dever. Seu resultado final será negativo.
Uma observação importante é que todo mundo deseja produzir resultados positivos. Para isso, ou se reduz o desafio ou se aumenta a habilidade de resposta.
Faça a sua escolha e passe, enfim, a vencer! Ou continue amargando derrota atrás de derrota frente às situações da sua vida, tendo que encontrar culpados que nada têm a ver. É isso o que você quer?
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

21 de out. de 2013

AJA HOJE!

ABRAHAM SHAPIRO

Você pode criar uma empresa e dizer que tem cargo para todo mundo nela. Mas não é nada interessante que todos os membros da sua família olhem para a empresa como única opção de trabalho na vida.
Na medida em que um indivíduo abre mão de seu sonho e vai trabalhar na empresa do pai por falta de opção, a probabilidade maior é de que ele seja frustrado no futuro. Mais ainda. É provável que ele entre num processo de disputa de poder com os irmãos e outros herdeiros porque não é possível coexistir quatro presidentes e nem dá para todo mundo ser diretor por decreto.
O processo sucessório numa empresa familiar deve ser planejado levando em consideração as particularidades de cada grupo familiar e empresarial. De preferência, o processo deve ser iniciado com a presença do fundador da empresa e com a participação ou o aval de todos  envolvidos. É preciso que haja durante todo o processo um clima de diálogo para tratar dos conflitos já existentes e dos que poderão surgir.
Acima de tudo, os herdeiros devem ser conscientizados de que não vão herdar uma empresa ou uma máquina de realizar prazeres pessoais, mas uma sociedade composta por pessoas que não se escolheram. Assim, separar claramente os conceitos de família, propriedade e empresa é uma lição não apenas básica, mas imprescindível.
Durante este processo, o clima de diálogo é o segredo para um futuro pacífico.
Benefícios fortes como paz,  entendimento e harmonia não se conquistam apenas rezando ou fazendo votos. Dependem de preparo, de educação e de disciplina em doses leoninas para que aconteçam pelo justo bem de todos.
Você vê deste  modo? Se ainda não, que tal começar a preocupar-se em saber o que acontece nas principais organizações familiares e como alcançaram bons frutos na sucessão? É a sua chance de ver hoje o que talvez o futuro não lhe permitirá ver ou mesmo planejar.      
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

COMO SUPERAR A SUCESSÃO COM GRANDEZA

Artigo publicado no jornal FOLHA DE LONDRINA, em 21 de Outubro de 2013, na coluna ABRAHAM SHAPIRO, em Empregos e Concursos.


ABRAHAM SHAPIRO

Foi da boca de um filho cujo pai queria fazer dele seu sucessor na empresa da família que eu ouvi isto: “Sr Shapiro, eu me sinto incapaz de prosseguir o que meu pai começou”.
Este sentimento surgiu à medida que ele percebeu a natureza do problema que a empresa significa perante toda a família e o mercado. Ele se sentiu incapaz de contribuir efetivamente, pois começou a imaginar que teria de superar o pai ou, no mínimo, ser igual a ele.
Eu lhe mostrei que esta ideia de “ser igual” é impossível pois todos seres humanos são diferentes entre si. Cada um tem seu próprio estilo – até de administrar.
Aquele rapaz via o pai como um indivíduo forte, dinâmico,  criativo e conhecedor das "manhas" do negócio. Mas o pai nunca lhe deu oportunidade de decidir absolutamente nada na empresa. Perdeu chances incríveis de treinar o filho.
Nessas condições, que chances o filho tem? Agora, ele só poderá tornar-se um sucessor de sucesso se:
·   Primeiramente, o pai entender os componentes psicológicos dessa trama. Caso não tenha como entende-los por si mesmo, ele precisa contratar uma consultoria confiável e especializada que o auxilie
·        Segundo, entender que o filho precisa de orientação. Aliás, não só o que ele pensa ser seu sucessor, mas igualmente os outros filhos herdeiros.
Tudo carece de lucidez. Sem luz, as pessoas permanecem nas trevas da ignorância sonhando com situações que jamais acontecerão.
Você tem uma empresa? Então comece a incentivar os seus filhos a frequentá-la. Não só. Motive-os a participar de encontros de sucessores e herdeiros para a troca de experiências. Há muitas oportunidades em várias cidades do país.
Mas acima de tudo, abra a sua cabeça para a modernidade e assuma que, sem instrução, seu sucessor ficará perdido, e seus herdeiros tenderão a queimar tudo o que você juntou à custa da sua própria vida.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

20 de out. de 2013

SE A SUA EMPRESA É FAMILIAR DEDIQUE 2 MINUTOS A ISTO

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A sucessão de empresas familiares tem sido uma preocupação geral. Advogados e consultores propõem táticas que vão de Acordos Societários ao Planejamento Tributário.
Mas esta não é uma situação apenas jurídica. Há muito a resolver antes e depois da lei!
Normalmente os filhos não sabem como se engajar nos negócios da família, muito menos como assumi-los, um dia.
A nossa experiência nesta área levou-nos a propor um evento para orientar herdeiros e sucessores a terem um plano pessoal a fim de alcançar esta meta. Veja a seguir:


WORKSHOP HERDEIROS E SUCESSORES
Escolhas que garantem o futuro dos negócios familiares

Será um dia inteiro de palestras com especialistas e testemunhos de jovens sucessores e herdeiros que já estão superando dificuldades por seus esforços. Eles contarão suas experiências de capacitação para vencer seus próprios desafios, inspirando os participantes a buscar o mesmo.


QUAL É O OBJETIVO?
Orientar herdeiros sobre “o que” e “como fazer” para capacitarem-se a administrar os bens que receberão no futuro, e os sucessores a ter autoconfiança no esforço pessoal
para conquistar com mérito a direção dos negócios da família.

QUEM PROMOVE?
Abraham Shapiro Consultoria – uma das mais bem conceituadas consultorias do sul do país
na condução e solução de problemas empresariais familiares

QUANDO SERÁ?
Dia 29 de novembro próximo, sexta-feira, das 8h às 19hs

ONDE?
Na cidade de Londrina, Paraná, no Hotel Blue Tree Premium

QUANTO IRÁ CUSTAR E COMO FAZER A INSCRIÇÃO?
Há duas maneiras muito fáceis de saber:
1.       Acesse o site: circuitofamiliaempresaria.com.br

2.       Pelo fone: (43) 3324 9996 – horário comercial 

17 de out. de 2013

DEFINA "BOM DESEMPENHO"

ABRAHAM SHAPIRO

O que é um bom desempenho? Se você não definir com clareza e objetividade o padrão do resultado esperado de cada ação que pratica, você estará perdendo uma ótima oportunidade de ser melhor em tudo o que faz. Repito: em tudo o que faz. Absolutamente.
Quando você tem objetivos claros para si, a sua visão e a sua força têm onde se concentrar. O problema é que o contrário também é verdadeiro. Lembra do que disse o gato de Alice no País das Maravilhas: “Se você não sabe aonde quer chegar, qualquer caminho serve”.
Um objetivo bem definido é aquele que descreve o que se deseja atingir, qual resultado obter, como atingi-lo etc. Tudo do modo mais sucinto possível. Caso ele seja extenso, faça a divisão em vários objetivos menores. Se você for experiente, tudo será mais fácil. Se não, busque capacitar-se. Leve em conta os possíveis erros que poderão ocorrer no percurso.
Aprenda com as falhas e não fique desapontado.  Olhe para os erros com positivismo. Descobrir as consequências dos erros ao mesmo tempo em que se testam os limites pessoais é o que os atletas fazem para se tornar campeões. Isto será também o seu trabalho em relação aos seus objetivos pessoais.
Por isso, esforce-se para não errar. Compare cada resultado atual obtido ao longo do processo com o resultado anterior. Liste os erros mais frequentes, analise-os.
Mais que tudo, busque melhorar sempre. E isto só é possível com esforço, fé e autoconfiança, isto é, visão própria de que você é capaz.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

16 de out. de 2013

FALE, EXIJA E COMANDE... MAS FAÇA UM PLANO

ABRAHAM SHAPIRO

Eu assisti a uma cena medonha esta semana. O que você acha? Ei-la:
Um alto gerente reuniu os colaboradores de sua empresa para anunciar uma grande mudança de rumo. Disse que passarão a perseguir metas mais arrojadas. A reunião durou cerca de noventa minutos.
- “Vamos reduzir o uso de bancos em 40% no ano que vem” 
- “Vamos aumentar a nossa produtividade” 
Estas são apenas duas das muitas afirmativas aplaudidas por todos. Exceto eu. Por quê? Ele não disse nada sobre um plano. Nem tampouco nomeou responsáveis por quaisquer dos objetivos instituídos.
Definir expectativas que levem a um desempenho máximo é coisa que executivos sabem fazer bem. Exigem, estabelecem e até orientam suas equipes mostrando para que lado fica o Norte. Mas isso qualquer bússola faz. E como disse Abraham Lincoln, saber onde está o Norte não basta para se chegar lá. O mais importante é saber quais precipícios, montanhas e vales estão no caminho para serem superados.
De nada adianta você repreender os responsáveis da qualidade pelas reclamações que chegam de clientes. Não haverá melhoria alguma. Defina junto deles um plano para que o problema seja superado. E em seguida: nomeie responsáveis por este plano.
Dizer o que deve ser feito e insinuar que “é possível” será tão inútil quanto água com açúcar para curar um ataque nervoso.
Vá por mim! Defina o que precisa ser feito.  Saiba aonde se deseja chegar. E depois, sem ansiedade, conduza a elaboração de um plano factível e viável para que a meta seja alcançada. Tudo de que as pessoas menos precisam é que você chegue dizendo: “Precisamos acelerar o processo. Mexam-se!”.
Se faltar capacitação, capacite. Se os players não estiverem alinhados, alinhe-os.  Apenas não agrave mais a situação com pressões e datas impossíveis pois, com isso, o máximo que você conseguirá é decepção e frustrações.
É isso o que você quer?
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

15 de out. de 2013

O POSICIONAMENTO DE UMA MARCA

ABRAHAM SHAPIRO

Sabe qual é a coisa mais fácil de conseguir no mundo dos negócios?  É todo mundo sair em busca da mesma fonte. E daí? A fonte responde o mesmo para todos, o mercado começa a desacelerar por causa da semelhança entre as ofertas e tudo acaba mal para todos. Sim, pois, fazem tudo muito  igual, movidos por aquela famosa desculpa: “foi o cliente que pediu”.
Esta é uma dinâmica perversa que pode, inclusive, confundir falta de criatividade e incompetência com crise econômica ou queda de demanda.
Sabe qual é o atributo mais positivo entre as marcas poderosas? É a visão crítica e questionadora sobre o mercado. Só isto tem o poder de reverter a lógica perniciosa do “tudo igual” e a convicção tola de que para saber as necessidades do cliente basta perguntar a ele.
É preciso questionar e, se preciso for, contrariar o que o mercado diz.
Quando a sua marca conhece seu mercado e atua nele com um propósito objetivo, então haverá condições concretas de criar e propor “o novo” e “surpreendente”. Não é isso o que os clientes esperam?
Houve um tempo em que se pensava em cosméticos como algo que devia fazer falsas promessas.  A Natura questionou isso e criou uma inovação: “Verdade em cosmética”.
Não se tratava de um mero posicionamento.  Era uma convicção com que a empresa inteira se envolveu.  Com o lançamento de seu creme Chronos, a empresa contratou modelos reais para a campanha:  mulheres mostrando suas idades e falando de benefícios verdadeiros de um creme antissinais, não “anti-idade”.
Anos mais tarde, quando a marca concorrente Dove iniciou uma campanha parecida, pela “Real beleza”, já não se tratava mais de uma inovação.
Marketing é coisa séria. Requer profissionais que vivem e conhecem a marca – não só o mercado.
Posicionamento é, na verdade, a profissão de fé de valores incontestáveis de uma marca. Para os que veem apenas um slogan, a pena será a eterna insignificância e a perda de mercado para os que mantêm a autocrítica e o questionamento das regras gerais.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

14 de out. de 2013

O PUXA-SACO

Artigo publicado no jornal FOLHA DE LONDRINA, em 14 de Outubro de 2013, na coluna ABRAHAM SHAPIRO, em Empregos e Concursos.


ABRAHAM SHAPIRO


Cada personalidade saudável é única no mundo. Entender esse atributo é fundamental e decisivo para a gestão de pessoas e para a liderança.
No entanto, em meio a tantos modos diferentes de ser, um tipo especial se destaca e, infelizmente, faz-se presente em todos segmentos da sociedade, especialmente nas empresas – não importa o tamanho. É o famoso e odiável puxa-saco.
Parei para pesquisar a origem do termo. Descobri que vem da Marinha. Todo marinheiro tem um saco onde são guardados seus pertences e roupas. Quando se muda de um navio para outro, aquele que deseja ajudar os colegas transporta sua própria bagagem e puxa, literalmente, o saco de roupas dos demais. Daí a expressão passou a ser empregada com referência a quem se coloca na condição de bajulador.
Puxa-saco, no ambiente corporativo, é o cara que faz tudo para parecer bonzinho a seu patrão ou chefe.  Ele é um adulador servil.  Em sua meta pessoal de ganhar confiança, crescer na empresa ou obter aumento salarial, ele age do modo mais reprovável nos manuais de comportamento corporativo.
Você o verá concordar com tudo que o chefe diz, trocando o sim pelo não à velocidade da luz. Ele será o primeiro a rir da piada imbecil do patrão.
Nas mídias sociais ele curte e comenta com louvores qualquer besteira postada pelo chefe.  Não há limites.  
Ele será capaz de ouvir atrás das portas em busca de fofocas. Se você se distrair no cafezinho, ele se sentará à frente do seu computador e, como quem não quer nada, irá vasculha os seus e-mails. Ele “joga verde” só para conhecer os seus pensamentos. E vive à custa de quem o escuta.
Agora que você já reconhece um puxa-saco, faltam apenas três características indispensáveis para que ele fique corretamente descrito. Todo puxa-saco é vaidoso, burro metido a sabido e, como é fácil entender, profissionalmente incompetente.
Cuidado com esse personagem. Ele já é um derrotado, pois, quem quer vencer, de fato, vence por seus méritos próprios.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

11 de out. de 2013

UM PLANO PARA RESOLVER CONFLITOS É IMPRESCINDÍVEL

ABRAHAM SHAPIRO

Os maiores especialistas em gestão afirmam que criar estratégias para preservar os negócios no futuro é um dos principais desafios para as empresas familiares. 
Quantas companhias familiares, das que você conhece, têm um plano de resolução de conflitos na família ou um planejamento de longo prazo? Você talvez dirá: nenhuma. Não está errado. Eu conheço apenas duas aqui onde vivo. Todas as demais apenas rezam para que tudo vá bem amanhã. Será que resolve?
Outros problemas muito comuns a empresários que trabalham ou não com parentes são:
  • o recrutamento de funcionários especializados,
  • o controle do fluxo de caixa e
  • a organização de processos de fabricação e atendimento.
É importante criar acordos prévios entre os acionistas e montar um conselho de família para garantir a resolução de possíveis embates. Para isso, a contratação de um gestor profissional, sem o sobrenome dos líderes, ajuda a resolver sérias pendências.
O ponto a que eu desejo chegar é a advertência de que a competitividade só se manterá se as famílias entenderem a importância da capacitação de seus membros, especialmente os que atuarão como gestores qualificados e/ou acionistas comprometidos com o negócio. O segredo é manter um modelo de gestão apropriado a cada geração com um plano de sucessão para os próximos líderes.
As empresas que contrataram gestores profissionais para dirigir o negócio se saíram muito bem, ainda que  não existam evidências práticas que garantam que esses executivos sejam mais eficientes do que os líderes familiares. Mesmo assim, a organização e a família precisam estar "maduras" para operar com o modelo de administração compartilhada. De nada adianta contratar o melhor executivo se os parentes continuam à frente das decisões, interferindo em questões operacionais.
Na verdade, na maioria dos casos que vivi ou acompanhei, não foi o líder externo que falhou, mas o grupo familiar que não estava preparado para deixá-lo trabalhar.
Enquanto os familiares confundirem controle com fiscalização à base de desconfiança, ninguém poderá fazer nada de eficiente na gestão da empresa. Para ser franco, nem milagres resolvem.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

10 de out. de 2013

NÃO SE CONFORME APENAS COM A COMUNICAÇÃO PUBLICITÁRIA

ABRAHAM SHAPIRO

Pense bem para responder: “A sua proposta ao público-alvo dos seus negócios é uma ‘experiência real’ em qualquer ponto de contato? Ou tudo o que você faz é apenas comunicação publicitária?”
Esclarecendo. A sua empresa, os seus produtos, a sua marca não são coisas que existem apenas na sua mente ou na dos seus gestores. Essas coisas não existem só para a sua realização pessoal. São ferramentas reais que precisam ir para o mundo a fim de mudar hábitos e comportamentos de clientes,  funcionários, investidores,  imprensa, entre outros.
Com o uso intensivo da comunicação, algumas marcas ou empresas ficam apenas no discurso ou na promessa.
Mas o que é, de verdade, o mundo real? É onde acontece a entrega concreta dessa promessa, isto é,  onde o cliente vivencia uma experiência que confirme, na prática,  tudo o que o seu discurso diz.
Um exemplo.
Uma escola local criou uma campanha publicitária fabulosa com que conquistou a simpatia de seu público divulgando seus valores educacionais. Com o tempo, começou aparecer um grande volume de reclamações do atendimento dos recepcionistas e áreas internas. Isto soou péssimo, pois conflitava com a comunicação dos valores. O cliente dizia: “O que ensinarão se o próprio atendimento carece de boas maneiras?”
Faça agora uma análise da sua empresa à luz da experiência que ela proporciona ao seu público – não só da comunicação. Olhe para todos os “pontos de contato” com clientes.  Encare a realidade de que as suas intenções e estratégias devem ser integralmente transmitidas a todos os funcionários. Isto é o mínimo para que eles se inspirem e se movam na mesma direção que você. 
Vá além da comunicação publicitária. Então você entenderá a importância da experiência do cliente. Não existe, aliás, outro caminho por onde você transforma a sua empresa num estilo de vida, num jeito próprio de ver o mundo e de estabelecer relacionamentos verdadeiros e perenes.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

9 de out. de 2013

A PERGUNTA DEFINITIVA DA SUCESSÃO NA EMPRESA FAMILIAR

ABRAHAM SHAPIRO


Uma das questões mais importantes, porém pouco discutidas, hoje, na sucessão de empresas familiares é: “Que tipo de ser humano você quer entregar para a sociedade daqui a 20 anos?”.
Estranho? Nada estranho.
Alguns dirão ser esta uma pergunta “humanista” demais. Outros, que o foco devia estar sobre a gestão ou o planejamento sob argumento de que isto é o que gera resultados. Há o terceiro grupo daqueles que pensam ser formação e experiência suficientes para garantir o futuro dos filhos. Nas três situações eu diria: “Será?”
Já se sabe que, além da capacitação dos herdeiros, a única via para se chegar à escolha acertada do protagonista que assumirá a sucessão é “ter um projeto pessoal de vida”.  E sua prática inicial está no exercício de olhar-se no espelho interior e perguntar-se com bravura e transparência: “Qual é o meu plano de vida?”
Quem não sabe decidir os rumos da própria vida não tem base para pretender fazê-lo em outras situação. Menos ainda na condução de uma organização empresarial.
Enquanto jovens sucessores buscam competências gerenciais  em MBA´s e pós-graduações, o que a realidade do dia a dia espera deles é que reflitam sobre valores e princípios antes de sair em busca de quaisquer competências. Está faltando esta orientação aos herdeiros.  
Sucessão não é questão de força ou de aparência física. Não é modelo que se importe do exterior. Não é mágica ou crendice.  Além de todos pré-requisitos, um sucessor deve ter em perspectiva real e clara os planos para si próprio. Não só talento ou tino.
O que o candidato à sucessão faz hoje com a própria vida é  predição infalível do que fará com as pessoas e com os negócios  no futuro.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

8 de out. de 2013

A IMAGEM E O PODER DE UMA MARCA

ABRAHAM SHAPIRO


Você pode discordar, mas a sua marca “conversa” com o seu público a todo momento.  O desenho e a estética com que ela foi desenhada, os anúncios publicitários, o atendimento ao cliente, as vias e os modos como responde às reclamações, em qualquer uma destas manifestações uma imagem está sendo formada e fixada na mente das pessoas com quem  a sua marca interage.
Você pensa nisso? E se preocupa? Estou certo de que lamentavelmente a sua consciência fica tranquila só com aquela tradicional comunicação publicitária da sua empresa, não é mesmo? Mas não é assim.
Por exemplo. O atendimento transmite sinais importantes para a mente do seu público. Estes sinais contribuem para a construção de uma imagem consistente da empresa. Lembre-se que bom atendimento não é sinônimo apenas de satisfação do cliente, mas, sobretudo, de uma empresa cuidadosa, esmerada, coerente e organizada. Os benefícios disso? Valor adicionado ao seu negócio... Valor fantástico a mais.
Por maior que sejam os benefícios monetários que o seu plano de vendas proporcione aos seus clientes e parceiros, se o atendimento não corresponder às expectativas deles, o depoimento final sobre a sua empresa que eles darão será: “Ok... ali se faz bons negócios. Mas o atendimento é sofrível”. Os que ouvirem isso, terão a tendência de desenvolver uma rejeição que se assemelha a anticorpos do corpo humano, e não desejar viver uma experiência de consumo. 
E então? O que você me diz agora?
Tome todo este conjunto de visões e entenda o Banco Itaú. Eles adotam esta filosofia de cuidar da imagem há muito tempo. Promoveram um alinhamento coerente de todos seus pontos de contato com o cliente – das agências à sua comunicação digital. Isso lhes garantiu uma presença de marca única. Por isso, o reconhecimento da marca Itaú é imediato, tanto que a cor laranja tornou-se imagética. Quando vemos um filme publicitário utilizando intensivamente a cor laranja, antes mesmo de o anunciante se revelar, você e eu já sabemos de quem se trata.
Esta é a conquista de quem dá valor aos menores detalhes, e os interliga a todas as atuações possíveis.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

7 de out. de 2013

FAMILY ROOM - A SALA DA FAMÍLIA

Artigo publicado no jornal FOLHA DE LONDRINA, em 07 de Outubro de 2013, na coluna ABRAHAM SHAPIRO, em Empregos e Concursos.


ABRAHAM SHAPIRO


Membros de uma mesma família podem viver em clima de isolamento, como numa ilha. Realidade bastante atual, aliás. 
Antigamente, os móveis da sala eram dispostos para que as pessoas se encontrassem e conversassem. Hoje, as salas são desenhadas para que todos apenas assistam à TV, e nada mais. O fulano vê uma partida de futebol e, enquanto mastiga algo, de vez em quando diz: “Que bela jogada”.  Isso é o mais significativo e inteligente que ele consegue exprimir.
Acontece que existe uma necessidade intrínseca ao ser humano. E ela se resume a “interagir com os demais”. Não para ver televisão. Mas para compartilhar coisas, ideias, intenções, planos e tudo mais com os outros. Sem isto, você e eu ficamos sós, ensimesmados.
Com a intenção de voltar aos tempos em que a família se reunia na sala para conversar, arquitetos investem em projetos mais incrementados com este fim. É uma categoria de serviços que tem até nome: Family Room, ou Sala da Família. Felizmente a iniciativa partiu de pais interessados em restabelecer relação com seus filhos. 
É claro que o projeto mantém num mesmo ambiente a tevê, o home theater e as diferentes mídias que chegam através da Internet. Eles sabem que para atrair os jovens e adolescentes não basta apenas um grande sofá ou uma mesa com vários lugares, por isso, convergiram diferentes mídias à sala, fazendo do espaço um ponto de convivência agradável a todos. Os atrativos agregam pais e filhos.
Percebe quanto isso é bom?
Se ao ler isto você deseja restabelecer um tempo especial para conversar, comece programando-se para um bate-papo com as pessoas de quem você mais gosta. Uma boa conversa é a oportunidade de explorar “mundos inteiros” – mundos reais, diferentes dos filmes, onde tudo é só ilusão.
A fala expressa os pensamentos mais profundos da alma. Palavras do coração entram no coração, e constroem conexões fortes, expandem o nosso mundo desde o natural até o sobrenatural, do ordinário ao extraordinário. 
Sem comunicação, nossas emoções se deterioram. Então, morremos.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

4 de out. de 2013

AS DUAS COMPONENTES DE UMA HERANÇA

ABRAHAM SHAPIRO


No topo da lista das preocupações dos dirigentes de empresas familiares está a sucessão.  É claro. Quase tudo o que o homem constrói inclui o desejo da perenidade.  A empresa mais ainda. A menor delas nasceu da intenção de que torne-se um mini império.
Cada empresário sucedido espera e deseja que seu sucessor a leve para muito além das fronteiras que o impediram de ir adiante.
Mas antes de se pensar em sucessão, há muito o que fazer pelos descendentes. Um dos grandes desafios consiste em desenvolver neles a verdadeira percepção patrimonial. Apesar do imenso valor desta fabulosa conquista, ela é desprezada pela maioria dos atuais dirigentes.
O que é percepção patrimonial?
Ela começa pelo entendimento de que uma herança se compõe de duas variáveis distintas.
A variável visível é o “LEGADO FÍSICO”, ou seja, a empresa – ou empresas –, a riqueza líquida, os imóveis, as ações e tudo o que se juntou ao longo das gerações anteriores até o tempo presente.
A segunda variável é o “LEGADO IMATERIAL”. Estes são outros elementos.  Quais? É a importante herança sócio-político-relacional. Incluem-se aí os conhecimentos, as experiências, os valores, os princípios, a tradição religiosa transmitida e outros itens abstratos.
Assim como o corpo e a alma formam um ser humano, a riqueza também faz-se de um elemento físico – os bens – e de um elemento impalpável. Entender a profundidade e a importância de ambos é o primeiro passo para esta desejável e terapêutica “percepção patrimonial”.
Tudo o que pode ser tocado, medido, avaliado – em reais ou dólares –, é muito diferente daquelas coisas que não têm preço, mas valor.
Eu já vi fortunas e patrimônios serem tomados, invadidos ou transformados em cinzas. Mas o que  salvou e manteve os descendentes ligados a suas raízes de bravura e decência, a ponto de motivá-los a reconstruir a riqueza da família por si mesmos, foi o legado imaterial concedido criteriosamente por seus pais e antepassados.
Enfim, resta-me considerar que a maior e mais valiosa herança para a próxima geração consiste em desenvolver nela a capacidade de olhar para o ordinário e enxergar o extraordinário.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

3 de out. de 2013

PLANEJAR A SUCESSÃO COMO PREVENÇÃO ATIVA

ABRAHAM SHAPIRO

Quem possui um patrimônio está inquieto com uma pergunta: “Como passar a riqueza para as futuras gerações sem risco de maus investimentos e fraude?”
Dilemas legais e tributários, compra e venda de imóveis e governança de ativos são áreas cada vez mais compartilhadas entre as famílias e os executivos financeiros que as atendem – em bancos ou outras instituições.
Alguns private banks oferecem aos clientes serviços e produtos sofisticados nesta linha. Consultoria em planejamento patrimonial, por exemplo, é preocupação crescente entre brasileiros há quase uma década, e começa a se espalhar do Sudeste para as regiões Centro-Oeste e Nordeste do país.
Há bancos oferecendo consultoria em organização tributária, planejamento societário e sucessão patrimonial em combinação com aplicações em fundos de investimento, orientação para diversificação de moedas, letras de crédito imobiliário, seguridade e previdência, junto de soluções de crédito no país e no exterior.
A análise da estrutura patrimonial e o perfil de risco do cliente são a linha mestra do planejamento financeiro e tributário. Os bancos conjugam esta análise com as questões jurídicas, a governança patrimonial e o planejamento sucessório-fiscal.
No entanto, segundo o marketing destes bancos, não se trata da venda de produtos, mas de soluções oferecidas ao cliente com foco na perpetuação de valor. Por isso, há bancos cujo patrimônio mínimo para que atuem é de R$ 30 milhões.  
No passado, o investidor queria entender mais de risco e retorno. Hoje está mais preocupado com estrutura de proteção contra a fraude, riscos de crédito e governança corporativa.
Há também os bancos que atuam com visão “não exclusivamente financeira” impondo às famílias o desafio de conciliar seus integrantes sobre a gestão dos bens e ativos com preocupação em deixar um legado social a criar uma fundação ou instituto.
Acima de tudo, passar a riqueza às gerações futuras, na prática, começa pela contratação de advogados confiáveis e experientes, e outros especialistas na área do planejamento sucessório preventivo. 
Filosofando: “Toda prevenção presente construirá um futuro muito melhor e inteligente”... e no caso particular da sucessão, um futuro não litigioso.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473

2 de out. de 2013

AS NOVAS DINÂMICAS PARA SELEÇÃO E CONTRATAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS

ABRAHAM SHAPIRO


Contratar pessoas para um cargo na empresa é tarefa para profissionais. Fácil entender. Todo mundo é bonzinho, competente e mega-hyper-google-energizado para o que der e vier na hora da entrevista. Mas lá pelo dia no. 91 após a contratação, o fulano começa a mostrar quem realmente é... e “a quê ele veio”.
Se ele for medíocre, a segunda-feira lhe será um dia infernalmente entediante. Ele mal trabalha.
Sexta-feira?
- “Ora bolas! Ninguém é de ferro. Dar duro por quê?”, você o ouvirá dizer.  
Assim se revelam os funcionários não comprometidos das fábricas, lojas e todos os outros negócios deste país.
Para detectar comportamentos clichês dos caçadores de “empregos” que nada querem com “trabalho”, psicólogos, administradores, pedagogos e patrões já cansados, têm criado dinâmicas capazes de revelar atitudes espontâneas que se escondem debaixo da camuflagem dos espertinhos.
Uma dessas dinâmicas é curiosa. Os candidatos recebem a tarefa de, juntos,  organizar uma festa. Devem planejar, prever custos, convidar pessoas, fazer compras e realizar todos os detalhes do evento. À medida que vão desempenhando a missão, observadores os avaliam não pelas situações típicas dos processos de seleção, mas por atitudes involuntárias, naturais e por sinais não verbais de comunicação. Isso, ao final das contas, mostra quem, de fato, é a pessoa.
No supermercado, por exemplo, os candidatos são observados se bloqueiam o corredor impedindo a circulação dos outros; se tratam bem os funcionários enquanto são atendidos; se concedem prioridade para idosos e gestantes em filas; se são atenciosos quando alguém lhes solicita informações, e outras circunstâncias a ver com caráter e educação.
É comum que se busque capacitação na construção de planilhas, controle de custos e fluência em responder tecnicamente às perguntas de uma entrevista de emprego. Estes são os pressupostos que habitam as mentes de quase todo mundo. O que poucos calculam o interesse real das empresas é o de encontrar e contratar pessoas educadas, com sentimento e vivência da cidadania, que tenham valor e propósito em seu convívio social, e cujas atitudes demonstrem prioridade em fazer do mundo um lugar bom para si e para os demais.
Pense nisso. E se você estiver se preparando para a busca de uma vaga no mercado lembre-se de que é de gente de qualidade humana que qualquer empresa realmente necessita para atingir suas metas e estratégias.

Clique AQUI e conheça 3 dinâmicas interessantes adotadas pela Heineken
que me foram enviadas pelo meu amigo e jornalista Gelson Negrão.

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1 de out. de 2013

COMO ACABAM AS EMPRESAS FAMILIARES

ABRAHAM SHAPIRO

O que é, o que é: “A primeira geração constrói, a segunda ‘colhe os frutos’, e a terceira acaba com o que restou?” Resposta: uma empresa familiar!
Manter vivo um negócio familiar é, talvez, a tarefa mais difícil do mundo dos negócios. O índice de mortalidade dessas empresas sugere isso.
Mas quais os motivos?  
Um deles é a falta de organização.
O outro é o despreparo dos herdeiros e sucessores.
Há remédio pra isso? É claro que sim. E ele tem dois nomes: planejamento e orientação. Planejar os passos para a profissionalização da empresa  e orientar os herdeiros o mais rápido possível.
Uma boa consultoria ajuda muito. O planejamento bem conduzido da profissionalização exige que o dono divida responsabilidades pelas decisões e compartilhe informações importantes com profissionais que, aos poucos, vão integrando a empresa.
Não há outra saída. Os fundadores ou atuais gestores do negócio familiar desorganizado tendem a acreditar que o tempo fará tudo ficar bem. Só não sabem como. Quando se afastam ou morrem, a empresa fica nas mãos de quem pouco ou nada aprendeu sobre ela, e o valor que se levou décadas para adicionar a ela se dispersa como palha seca ao vento.
Quanto à orientação aos descendentes, uma das ações mais eficazes é colocá-los em contato com herdeiros e sucessores de outras empresas para a troca de experiências, até porque isto facilita o relacionamento com gente que enfrenta problemas parecidos. Não se trata de apenas fazê-los frequentar um curso superior, pós graduação ou um MBA internacional. É preciso mais do que isso.
Fique atento para um workshop de orientação a herdeiros que estaremos promovendo nos próximos meses em Londrina. Esta será uma oportunidade importante  tanto para a informação quanto para a troca de experiências com jovens que estão em fase de sucessão em empresas familiares da região.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473