30 de abr. de 2010

PONTUALIDADE

ABRAHAM SHAPIRO

Atrasar-se para compromissos sociais ou de negócios é um problema sério de comportamento. Não se trata apenas da má interpretação que isto suscita por parte dos que chegam pontualmente e ficam esperando pelo retardatário. É um sinal de falta de responsabilidade e  de ausência de planejamento pessoal.

É claro que eventualidades podem ocorrer, assim como contatempos. Mas sobretudo, uma das maiores provas de consideração que se pode dar a alguém com quem se tenha um compromisso marcado é a obediência rigorosa à agenda.

Infelizmente, algumas pessoas têm consigo a falsa crença  de que atrasar-se um pouco é sinônimo de que elas são importantes ou têm mais poder que os demais. Isto é mau. Está errado. As grandes pessoas fazem de tudo, se esforçam, para demonstrar respeito aos seus compromissos.

Observe o que aconteceu em um evento social numa pequena cidade do interior. No jantar de despedida, depois de 25 anos de trabalho à frente da paróquia, o padre faz o seu discurso, declarando aos fiéis:

- "A impressão inicial que tive desta paróquia não foi nada boa. Na primeira confissão que ouvi, por exemplo, a pessoa confessou ter roubado desde um aparelho de tv até dinheiro de seus próprios pais, desviou recursos da empresa onde trabalhava e, além de ter traído sua esposa inúmeras vezes, dedicou-se também ao tráfico de drogas. Fiquei assustadíssimo. Com o passar do tempo, entretanto, vi que tratava-se de uma paróquia cheia de gente responsável, com valores reais e comprometida com a fé".

De súbito e já bem atrasado, chega, então, o prefeito para compor a mesa das autoridades que prestavam a homenagem ao padre. Pedindo desculpas pela demora, solicitou a palavra e logo em seguida iniciou o seu discurso, dizendo:

- “Jamais esquecerei o dia em que o padre chegou à nossa paróquia. Aliás, como poderia? Afinal, eu tive a honra de ser o primeiro a se confessar com ele”. E virando-se ao padre, perguntou-lhe: “O senhor se lembra?”
Seguiu-se um silêncio embaraçoso.

MORAL DA HISTÓRIA: Faça todo o possível para não se atrasar. No entanto, caso algo aconteça que o force a isso, não se esqueça de uma regra fundamental: seja humilde e fique de boca calada!
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

29 de abr. de 2010

SABEDORIA DA VIDA E DO TRABALHO

ABRAHAM SHAPIRO

Palavras de um diretor geral ao seu diretor comercial: "Pare de pensar que a melhor pessoa para trabalhar na sua equipe ainda está para ser contratada".

Quero dedicar um bom tempo para escrever algumas das experiências que tenho adquirido com respeito a esta excelente assertiva.

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28 de abr. de 2010

A FRUSTRAÇÃO E SEUS EFEITOS - PARTE 1

ABRAHAM SHAPIRO

O seo Durval era o tipo de chefão exigente, rigoroso, que gostava de barrar as pessoas em seus objetivos de crescimento na empresa especialmente para mostrar a elas que ele detinha o poder sobre os seus destinos. Gostava na realidade de brincar de ser deus, ao mesmo tempo que se dizia justo e correto.

O pessoal de seu grupo de trabalho era o mais violento da empresa. Não importava quantos fossem substituídos, depois de um tempo, todos tinham medo de se aproximar do Durval e de tocar no bendito assunto dele os impedir de crescerem na hierarquia da empresa ou de terem outras formas de reconhecimento.

Seus subordinados  apresentavam os maiores índices de quebra de máquinas e equipamentos por razões não usuais. Seria proposital? Estes homens levavam uma vida bastante infeliz, no geral, mantendo constantes discussões com suas mulheres, batendo em filhos, dizendo palavrões ou mantendo com os colegas um nível agressivo de brincadeiras pesadas.

Fomos consultados a respeito de qual a razão deste agrupamento de funcionário ser uma exceção no comportamento de toda a empresa, sendo seus membros os responsáveis pelos maiores problemas nas relações interpessoais. O RH não tinha sucesso em nenhuma das ações até então empreendidas para melhoria da vida e do trabalho daquelas pessoas.

Depois de uma boa pesquisa, descobrimos que a causa de tudo era o próprio chefe Durval. Nada a ver com o seu papel de justiceiro severo ou exigente quanto aos padrões de qualidade nos trabalhos de sua área, mas sim, por ser ele "uma parede intransponível" na carreira daqueles colaboradores.

Frustração é o que ocorre com qualquer pessoa cuja realização de um objetivo seu é bloqueada. E se o bloqueio continua, poderá aparecer comportamentos irracionais de várias formas como consequência.

Uma frustração crescente converte-se em agressão, hostilidades ou outras manifestações destrutivas. Quando isso ocorre, o indivíduo dirigirá sua hostilidade contra o objeto ou pessoa que, no seu entendimento, constitue a causa de sua frustração.

Um funcionário encolerizado – como era o caso do pessoal do Durval – pode tentar atingir seu chefe ou prejudicar o trabalho dele gerando boatos, maldades e problemas inimagináveis. Vai depender só da criatividade de cada um.

Outras manifestações podem acontecer. Mas estes assuntos serão explorados em outras ocasiões.
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26 de abr. de 2010

PUBLICIDADE: JOHNNIE WALKER

Comercial institucional da Johnnie Walker, contando a história da companhia de maneira muito peculiar e criativa. Legendado em português especialmente para apresentar em sala de aula.


http://www.youtube.com/watch?v=ifRwILNmrOs




UM POUCO DA MARAVILHOSA LÍNGUA PORTUGUESA






A vírgula pode ser uma pausa... ou não. 
Não, espere. 
Não espere.
 

Ela pode sumir com seu dinheiro. 
23,4.
2,34.
 

Pode ser autoritária. 
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.
 

Pode criar heróis. 
Isso só, ele resolve. 
Isso só ele resolve.
 

E vilões. 
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.
 

Ela pode ser a solução. 
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
 

A vírgula muda uma opinião. 
Não queremos saber. 
Não, queremos saber.
 

Uma vírgula muda tudo!

MAIS SOBRE LIDERANÇA NA BÍBLIA

Artigo publicado no JL - Jornal de Londrina, na data de 26/04/2010, na coluna Profissão Atitude


ABRAHAM SHAPIRO

Jetro. Quem foi ele? Um conhecimento mínimo das escrituras Judaicas o aponta como sogro de Moisés. Mas foi um personagem e tanto da bíblia. Eu, particularmente, observo algumas peculiaridades nele. Um líder articulado é uma delas. Um homem sintonizado com o comportamento e o pensamento de seu tempo é outra. Sei, por exemplo, que, movido por suas próprias convicções, ele rejeitou a idolatria – modo de vida predominante de então. Por tal fato, converteu-se mais tarde à religião hebraica, estabelecendo um exemplo para todos os prosélitos que vieram depois dele.

Por razões desconhecidas, ele possuía sete diferentes nomes: Reuel, Iéter, Yitró (Jetro), Keni, Hobab, Héber e Putiel. Há quem diga não serem apenas estes, mas outros quarenta e dois mais.

Junto de Jó – aquele da paciência – e Balaão, duas eminências de sua época, integrou um grupo de conselheiros do Faraó que teve destaque na ocasião em que o monarca desejou eliminar os israelitas escravizados em seu reino. Enquanto o maligno Balaão sugeriu que os bebês hebreus fossem atirados no Nilo, e Jó, pemanecendo em silêncio, se absteve de voto – talvez por paciência demais – Jetro opôs-se ao diabólico plano. Este posicionamento politicamente incorreto custou-lhe uma fuga às pressas do Egito.

Tempos depois, Moisés viu-se em circunstâncias pessoais turbulentas, e também obrigou-se ao refúgio no deserto. Foi Jetro quem o acolheu, talvez por identificar-se com uma dor tão familiar. Para consolo do jovem hebreu, delegou-lhe a administração de seu rebanho e deu sua bela filha Tzipora em casamento a ele.

Após a passagem do Mar Vermelho, no êxodo do Egito, Jetro e seu clã – já Israelitas conversos – unem-se ao povo. Nesta etapa, ele se torna um expoente da epopéia bíblica tanto por sua sabedoria como por sua visão sistêmica. Ajuda a conduzir os israelitas e, assumindo a assessoria direta de Moisés, seu genro, organiza um sistema judiciário que, por sua eficácia, vigoraria durante séculos. Por este mérito, há registros de que seus descendentes tornaram-se importantes sábios do Sinédrio – o conselho legal supremo de Israel.

Qual é o ponto? A capacidade de influenciação de Jetro, seu pragmatismo, suas competências pessoais e tantos outros atributos, fazem-me crer ter sido ele o primeiro profissional de alta qualidade em coaching de liderança. Nada de elegê-lo o padroeiro da atividade, afinal era um Judeu. Porém, a lição evidente é que mesmo líderes espetaculares, exemplares e inspiradores como Moisés, sempre tiveram e terão a seu lado um consultor competente que os auxilie a refletir, a considerar, a ver problemas e soluções desde outras perspectivas e a abstrair entendimento e aprendizagem de tudo. Não há como negar. Uma ressalva apenas: eu disse “consultor competente”.
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25 de abr. de 2010

AGONIZA O SEGREDO BANCÁRIO SUÍÇO

GILLES LAPOUGE
PARIS - 10/04/2010

A maior lavanderia de dinheiro do mundo ameaça falir e poderá arrastar consigo, um país inteiro.União de Bancos Suiços, a coisa está muito feia! Está pegando fogo! A Suíça tremula. Zurique alarma-se. Os belos bancos, elegantes, silenciosos de Basileia e Berna estão ofegantes. Poderia dizer-se que eles estão assistindo na penumbra a uma morte ou estão velando um moribundo. Esse moribundo, que talvez acabe mesmo morrendo, é o segredo bancário suíço.

O ataque veio dos Estados Unidos, em acordo com o presidente Obama. O primeiro tiro de advertência foi dado na quarta-feira.

A UBS - União de Bancos Suíços, gigantesca instituição bancária suíça - viu-se obrigada a fornecer os nomes de 250 clientes americanos por ela ajudados para fraudar o fisco. O banco protestou, mas os americanos ameaçaram retirar a sua licença nos Estados Unidos. Os suíços, então, passaram os nomes. E a vida bancária foi retomada, tranquilamente.

Mas, no fim da semana, o ataque foi retomado. Desta vez os americanos golpearam forte, exigindo que a UBS forneça o nome dos seus 52.000 clientes titulares de contas ilegais!

O banco protestou. A Suíça está temerosa. O partido de extrema-direita, UDC (União Democrática do Centro), que detém um terço das cadeiras no Parlamento Federal, propõe que o segredo bancário seja inscrito e ancorado pela Constituição federal.

Mas como resistir!

A União de Bancos Suíços não pode perder sua licença nos EUA, pois é nesse país que aufere um terço dos seus benefícios.

Um dos pilares da Suíça está sendo sacudido. O segredo bancário suíço não é coisa recente.

Esse dogma foi proclamado por uma lei de 1934, embora já existisse desde 1714. No início do século 19, o escritor francês Chateaubriand escreveu que neutros nas grandes revoluções nos Estados que os rodeavam, os suíços enriqueceram à custa da desgraça alheia e fundaram os bancos em cima das calamidades humanas.

Acabar com o segredo bancário será uma catástrofe econômica.

Para Hans Rudolf Merz, presidente da Confederação Helvética, uma falência da União de Bancos Suíços custaria 300 bilhões de francos suíços ou 201 milhões de dólares.

E não se trata apenas do UBS. Toda a rede bancária do país funciona da mesma maneira. O historiador suíço Jean Ziegler, que há mais de 30 anos denuncia a imoralidade helvética, estima que os banqueiros do país, amparados no segredo bancário, fazem frutificar três trilhões de dólares de fortunas privadas estrangeiras, sendo que os ativos estrangeiros chamados institucionais, como os fundos de pensão, são nitidamente minoritários.

Ziegler acrescenta ainda que se calcula em 27% a parte da Suíça no conjunto dos mercados financeiros "offshore" do mundo, bem à frente de Luxemburgo, Caribe ou o extremo Oriente.

Na Suíça, um pequeno país de 8 milhões de habitantes, 107 mil pessoas trabalham em bancos.

O manejo do dinheiro na Suíça, diz Ziegler, reveste-se de um caráter sacramental. Guardar, recolher, contar, especular e ocultar o dinheiro, são todos actos que se revestem de uma majestade ontológica, que nenhuma palavra deve macular e realizam-se em silêncio e recolhimento...

Onde páram as fortunas recolhidas pela Alemanha Nazi? Onde estão as fortunas colossais de ditadores como Mobutu do Zaire, Eduardo dos Santos de Angola, dos Barões da droga Colombiana, Papa-Doc do Haiti, de Mugabe do Zimbabwe e da Mafia Russa?

Quantos actuais e ex-governantes, presidentes, ministros, e outros instalados no poder, até em cargos mais discretos como Presidentes de Municipios têm chorudas contas na Suiça?

Quantas ficam eternamente esquecidas na Suíça, congeladas, e quando os titulares das contas morrem ou caem da cadeira do poder, estas tornam-se impossíveis de alcançar pelos legítimos herdeiros ou pelos países que indevidamente espoliaram?

Porque após a morte de Mobutu, os seus filhos nuncam conseguiram entrar na Suíca?

Tudo lá ficou para sempre e em segredo...

A agora surge um outro perigo, depois do duro golpe dos americanos.

Na minicúpula europeia que se realizou em Berlim, em preparação ao encontro do G-20 em Londres, França, Alemanha e Inglaterra (o que foi inesperado) chegaram a um acordo no sentido de sancionar os paraísos fiscais.

"Precisamos de uma lista daqueles que recusam a cooperação internacional", vociferou a chanceler Angela Merkel.

No domingo, o encarregado do departamento do Tesouro britânico, Alistair Darling, apelou aos suíços para se ajustarem às leis fiscais e bancárias europeias. Vale observar, contudo, que a Suíça não foi convidada para participar do G-20 de Londres, quando serão debatidas as sanções a serem adotadas contra os paraísos fiscais.

Há muito tempo se deseja o fim do segredo bancário. Mas até agora, em razão da prosperidade econômica mundial, todas as tentativas eram abortadas.

Hoje, estamos em crise.
Viva a crise!!!

Barack Obama, quando era senador, denunciou com perseverança a imoralidade desses remansos de paz para o dinheiro corrompido. Hoje ele é presidente. É preciso acrescentar que os Estados Unidos têm muitos defeitos, mas a fraude fiscal sempre foi considerada um dos crimes mais graves no país.

Nos anos 30, os americanos conseguiram laçar Al Capone.

Sob que pretexto? Fraude fiscal. Para muito breve, a queda do império financeiro suiço.
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Gilles Lapouge, jornalista e escritor, é autor de obras premiadas, como Les Folies Koenigsmark (Prêmio Goncourt de 1989) e Le bruit de la neige (Grande Prêmio de Ensaio da Sociedade de Letras de 1996). Além de ter morado no Brasil, é correspondente em Paris do jornal O Estado de S.Paulo. Em 2002 recebeu pelo conjunto de sua obra o Grande Prêmio de Literatura da Academia Francesa, uma das mais importantes premiações literárias da França. Está com 82 anos.

23 de abr. de 2010

NOVAS REFLEXÕES SOBRE ATENDIMENTO

ABRAHAM SHAPIRO

Atendimento ao cliente é uma das expressões mais vulgares e banais que existem hoje. Com incrível freqüência ficamos tão desapontados com atendimentos ruins, que saímos à procura de outro lugar. E isto é exatamente o que devemos fazer seja no mercado, no restaurante, loja, onde for.

É espantoso. A empresa fez a venda e conseguiu o cliente. Em seguida, por causa de uma atitude rude, indiferente, de um acompanhamento fraco, de serviços ruins ou por lentidão, perde o cliente que tanto lutou para conseguir e gastou dinheiro para isso. É ridículo. Mas  acontece milhares de vezes todos os dias, em todo lugar e segmento de negócio! Cada um de nós já viveu a situação na pele.

O pior é constatar que este assunto é tratado a todo momento em jornais, revistas e programas de tv. Empresários falam por aí sobre atendimento como se fossem os mestres no assunto. Mas, na prática, estão quase todos reprovados. É irônico.

Faça uma reflexão:

- Quanto o seu atendimento é bom?

- Após a venda, você se preocupa em manter o cliente na mesma proporção em que se esforçou para consegui-lo?

- Lucros é mais importante que atendimento para você?

- Seu pessoal recebe treinamentos insistentes sobre atendimento?

- Você é do tipo que fala, mas não faz?

- Você é do tipo que gosta de livros, revistas, palestras, mas está apenas se enganando de que está fazendo a sua parte?

Olhe, amigo ou amiga, atendimento é uma questão crítica permanente. É difícil de ser implantado nos padrões que atendam as expectativas das pessoas. É vital para o sucesso de seu negócio – não importa a grandeza. É fácil perder tudo por mau atendimento.

Não pense que você é o super-híper-mega, e que não precisa se esforçar. Se você prosseguir pensando assim, verá os últimos dias do seu negócio chegarem mais cedo do que pensa... e não será por efeito de uma crise, mas por pura  teimosia ou tolice.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

22 de abr. de 2010

ELOGIO: FERRAMENTA PODEROSA NA GESTÃO DE PESSOAS

ABRAHAM SHAPIRO

Certa vez um sábio disse que toda conversa precisa ser sempre calma. Não se deve gritar nem berrar, mas  falar gentilmente com todas as pessoas. Qualquer julgamento deve ser favorável, baseado em elogios sinceros,  e que jamais mencione coisas ou situações que  sejam vergonhosas ou embaraçosas para a pessoa em questão.

Aqui está um lembrete: elogiar é bom, mesmo sendo uma prática um tanto perigosa. De fato, elogios exagerados  parecem mentira, e deixam dúvidas.

Um elogio eficaz deve ser breve, sincero, específico, positivo e prático.  O que passar disso é  adulação. Ninguém gosta. Nem político interesseiro.

Se você conhece Mary Kay Ash sabe que ela é a fundadora da Mary Kay Corporation, uma empresa importante no  segmento de cuidados com a pele e maquiagem dos Estados Unidos. Ela disse que "Existem apenas duas coisas que as pessoas querem mais do que sexo e dinheiro. Elas são: reconhecimento e elogios".

Se  pensar bem, você chegará à mesma conclusão que ela. Experimente investir trinta segundos a expressar um reconhecimento espontâneo e real a alguém  na empresa, entre os amigos ou  familiares. Você irá  usufruir de um prazer maravilhoso. E fará o mesmo por quem você o dirigiu.  Aja e depois observe.

Um simples reconhecimento, quando cabível e possível, é tão fácil e  barato que simplesmente não há justificativa para não fazê-lo, a não ser indiferença ou grosseria.
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21 de abr. de 2010

ORGULHO, ARROGÂNCIA E PROBLEMAS INEXPLICÁVEIS NA EMPRESA

ABRAHAM SHAPIRO

A Pricila Neves Diniz enviou-me por e-mail a bela ilustração a seguir, que veio ao encontro do tema  tratado nesta postagem.

O casal já não se falava há uns três dias. Lembrando que na manhã seguinte teria uma reunião muito cedo em seu escritório, o marido precisava levantar-se antes do horário costumeiro, e assim, resolveu pedir à mulher que o acordasse. Mas para não dar o braço a torcer, decidiu escrever sua necessidade num bilhete: “Acorde-me às 6 horas, amanhã, por favor”. O dia seguinte chegou, e o homem  levantou-se espontaneamente. Ao olhar para o relógio, quase teve uma síncope quando viu que já era   nove e meia.  “Que absurdo!" - disse ele para si. "Que falta de consideração! Ela não me acordou. Isto foi  pirraça, tenho certeza”. Nesse momento ele olha sobre  o seu criado mudo e lá está um papel  escrito: “São seis horas da manhã. Acorde e levante-se para não perder a sua reunião!”

Assustador, não? A que ponto chegam as ações humanas.

Por mais espantoso que pareça, grandes e pequenas empresas vivem climas muito próximos ao desta história trágica e emblemática. Sim. Ela não se confina a ambientes domésticos ou a relações conjugais apenas. Ela é a insígnia de muitos processos, em todo lugar.

Talvez você não saiba, mas na sua empresa, neste exato momento, coisas que deviam acontecer não estão. Por que? Por orgulho ou  arrogância de alguém  agindo contra alguém. Ou acontecer algo que não podia. Pelas mesmas razões. Um gerente prejudicando um diretor. Um vendedor recusando-se a fechar um pedido para que a meta do mês não seja atingida. Um engenheiro competindo com o responsável pela produção. Um estagiário introduzindo um vírus na rede de computadores. A recepcionista maltratando algum visitante ou um cliente ao telefone.  Descontando as situações de inépcia, pode apostar, a razão da maior parte destes desvios deve-se ao orgulho e à arrogância -  duas importantes e muito presentes causas. Nunca desprezíveis.

Elas estão aí, bem perto de você. Por ação de gente religiosa ou não. Por providência de profissionais ou amadores. Por planejamento de gente boa ou má. Todos podem ser dominados pelo orgulho ou arrogância. Você também, caso não se cuide assídua e conscientemente.

O ambiente de trabalho apoiador e os bons exemplos dos líderes têm influência bárbara sobre o controle destes dois males. Se você quiser minimizar a tendência das ações daninhas do orgulho e da arrogância sobre os relacionamentos interpessoais e eliminar poderosas chances de prejuízos inexplicáveis  ocorrerem a torto e a direito na sua  empresa, comece eliminando o autoritarismo e o paternalismo – estes dois pólos. As duas características de que um líder não necessita para exercer sua liderança são: "ser bonzinho" e "ser durão". Nem um,  nem outro. Todavia,  ser correto e justo, isto sim. Respeitar as pessoas e sua dignidade, seus direitos e sua honra como ser humano. Exigir, com bons modos. Oferecer ajuda e orientação para quem necessita. Treinar e desenvolver competências. Estabelecer regras claras e exeqüíveis, que comecem a ser cumpridas por ele, e depois pelos demais. São estes os vetores que direcionam a liderança eficaz numa organização de qualquer grandeza.

Exemplo! Em todo tempo,  lugar ou circunstância: a única alternativa viável.
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20 de abr. de 2010

A VENDA COMO SEDUÇÃO

ABRAHAM SHAPIRO

O cliente sempre sabe aonde o vendedor quer chegar: no seu bolso. O que um bom vendedor faz, então? Demonstra interesse na pessoa do cliente, cria uma expectativa para a solução dos seus problemas e necessidades e, assim as resistências caem. É quando o cliente começa a emitir sinais para que o vendedor avance.

O cliente gosta desse envolvimento e permite todos os lances. Se houver satisfação, ao final, ele vai repetir o ciclo muitas vezes, tornando-se cativo.

É um verdadeiro jogo de sedução. E como tal, se não houver satisfação ou não atendimento das expectativas principais do cliente, ele saberá que foi levado a fazer apenas o que o vendedor quis. Pode sentir-se não recompensado no processo e, frustrado, poderá decidir-se nunca mais voltar.

Os lances deste jogo têm que ser muito sutis e ocorrer naturalmente, de tal forma que seja uma conquista para inúmeras outras transações. Isso exige que se transcorra sem que jamais haja qualquer forma de violência, mas delicadez, ousadia e prudência.

A intenção do vendedor precisa ser transparente em querer auxiliar o cliente em suas decisões, e aguardar os seus sinais de interesse para só então avançar. Assim é que o jogo da venda ocorre, lance por lance, até o objetivo final.

A venda precisa da participação do cliente. É tolice o vendedor pensar que tem o poder em suas mãos. É o cliente que deve permitir a ação do vendedor e, assim, ter a percepção real de que está no comando.

O vendedor deve estimular o cliente a falar, descobrir através do diálogo suas necessidades, gerar expectativa e apresentar seu produto ou serviço de modo maravilhoso. Assim é que ele envolve o cliente na solução, visando a sua satisfação e o retorno para futuras vendas.

O que passar disso pode soar como violência. E o cliente não volta mais.
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19 de abr. de 2010

AS LIÇÕES DE JACOB SAFRA

Artigo publicado no JL - Jornal de Londrina, na data de 19/04/2010, na coluna Profissão Atitude


ABRAHAM SHAPIRO

A família Safra, fundadora do banco de mesmo nome, é herdeira de uma tradição bancária secular que foi recebida das mãos de seu patriarca, Jacob Safra e de seus antepassados.

De tudo o que ouvi sobre o velho Jacob, tive conhecimento de que era o tipo de pessoa cuja preocupação não estava apenas em deixar aos filhos um bom negócio ou uma herança física. Ele legou exemplos, princípios e valores que também nortearam decisões de vida. Dizem que os seus ensinamentos podem ser condensados em três princípios básicos.


Princípio número 1: “Construa o seu negócio como um navio: sólido para enfrentar tempestades”.

O núcleo desta regra é a segurança. Para resistir a uma tempestade em alto mar, um navio precisa ser forte, robusto, perfeitamente engenhado e, principalmente, governável. Uma empresa necessita possuir recursos, ferramentas e pessoas em níveis tais que possibilitem total e inequívoco controle tanto em tempos de bonança quanto de crise. A mentalidade de vigilância e consciência totais é condição sine qua non para isso. O diretor não pode permitir-se desviar seu foco destes elementos.


Princípio número 2: “Mantenha alta liquidez”

Liquidez, para quem não sabe, significa disponibilidade de dinheiro ou de meios que se convertam rapidamente em dinheiro. Segundo este princípio, só assim é possível empreender mudanças com liberdade e a custos sustentáveis. Em lingugem bem ortodoxa, esta regra poderia ser interpretada como: “Faça caixa... e tudo ficará bem!!!”


Princípio número 3: “Nunca seja o maior. Os raios atingem primeiro as árvores mais altas da floresta”.

Para quê se expor? Por quê? Para se aparecer? Quem é não precisa mostrar. Em negócios, os derrotados é que fazem questão de aparecer, e não os vencedores. Fazer o que for necessário para atrair clientes e validar os melhores serviços, isto sim acrescenta valor e dividendos. A lição é: concentre energias em serviços, qualidade e alto nível de relacionamento. A glória de ser o primeiro ou de meter-se em competições de grandeza é só para os tolos.


Os irmãos Safra e seus filhos mantêm grandes negócios no Brasil, América do Norte, Europa e Oriente Médio.

Quando jovem, tive a honra de receber do sr Moise, um dos filhos do velho Jacob, uma inspiração que tem perdurado por todos os meus dias. Disse-me ele: “Abraham, o trabalho é uma luta sem parada, é um meio para se obter sustento. Quem não se concentra nisto compromete a sua própria vida e a de sua família. É sério demais para ser encarado como política”.

Pela efetividade deste conselho, vê-se que grandeza e sucesso resultam da visão simples e objetiva da vida, e não apenas do desejo.

Jacob Safra é um exemplo memorável por muitas gerações após ele.
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PROBLEMAS PESSOAIS NA EMPRESA

ABRAHAM SHAPIRO

A Helena mandou-me uma pergunta por e-mail: “Problemas pessoais que interferem na concentração e desempenho do profissional podem ser levados ao chefe?”

A resposta clara do manual de vida corporativa é: “Não”.

Relação profissional está sujeita a "regras rituais". Assuntos pessoais não são bem vindos. Ficam fora do portão da empresa e não devem acompanhar colaborador algum.

Separação conjugal, filho que vai mal na escola, perda de emprego do marido ou esposa, finanças pessoais, dívidas, são situações que põem a cabeça de qualquer um bem longe das metas a cumprir no mês. Além disso, há casos em que um problema que parecia pequeno, avoluma e começa a transbordar.

É claro que há uma exceção à regra do Manual Corporativo. Se o problema é sério demais para ser enfrentado sozinho e irá comprometer sua produtividade e performance, é aconselhável procurar canais próprios dentro da empresa – se existirem – para encontrar alguma ajuda. O RH pode ser um interlocutor importante. Mas analise bem, antes. Há RH´s que parecem ajudar, mas acabam atrapalhando e manchando a sua imagem por serem ineptos em lidar com estas situações.

A pessoa de referência sempre deve ser o seu chefe. Conversar ou não vai depender de como ele é. Faça uma avaliação crítica de como ele trata esse tipo de assunto. Mas seja prudente. Se você já o abordou antes, talvez sua cota tenha se esgotado. Evite ficar “carimbado” como um colaborador problemático.

O último ponto que quero salientar é sobre repetição de problemas. Fique alerta desde já e descubra meios de resolver questões pessoais de uma vez por todas. Situações negativas que ocorrem duas vezes deixam todo mundo desconfiado de incompetência ou displicência. Todos pensam que se você não serve para resolver problemas pessoais, como é que irá resolver problemas da empresa? Afinal, qualquer um foi contratado para resolver problemas. Inclusive você.
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16 de abr. de 2010

O BANHO NOSSO DE CADA DIA

ABRAHAM SHAPIRO

Você toma banho todo dia? Pergunta absurda? Não se espante se eu disser que tomar banho NÃO É uma necessidade básica diária. Nós sobrevivemos sem banho. Também não é uma necessidade imediata. É irracional tomar banho todo dia. Você agride o seu corpo removendo defesas naturais e expondo-o ao ambiente. Mas este hábito é uma resposta a apelos emocionais que os marqueteiros desenvolveram ao longo de décadas. De fato, tomar banho diariamente tornou-se uma necessidade criada.

Ao responder, seu argumento talvez fosse: “Onde se viu não tomar banho todo dia? É saudável. E o cheiro de corpo?”

Bem, nossos avós tomavam banho uma ou duas vezes por semana. Não existia sabonete naquele tempo. Eles usavam sabão neutro ou de coco. A explosão do consumo dos sabonetes aconteceu entre as décadas de 1920 e 1940 nos Estados Unidos e chegou ao Brasil no início dos anos 50. A mídia de massa nos persuadiu a consumir sabonetes prometendo higiene, odor agradável e saúde. Uma frase de efeito veiculada numa propaganda está na lembrança de muita gente. Ela dizia: “Nove entre dez estrelas de Hollywood usam sabonete Lux”. Esta frase é, aliás, muito mais responsável pelo banho nosso de cada dia do que nossas próprias mães. O indivíduo comum passou a imitar o que a propaganda mostrava e a usar sabonete. Assim teve origem a necessidade habitual que nos faz achar absurda a pergunta com que abri esta postagem.

Eu tomo banho todo dia. Uso sabonete como todos vocês. Rigorosamente, eu consumo cerca de 8 a 15 produtos diferentes na minha toalete pessoal diária. Portanto, fiquem tranquilos. Eu não desejo convencê-los a deixar de tomar banho. Apenas fazê-los entender que a venda de qualquer coisa, qualquer item que você imaginar, acontecerá muito mais facilmente se se anexar ao produto ou serviço um apelo emocional.

A razão é simples. Todos nós somos seres emocionais. E sem emoção, muita coisa pode acontecer, sim, mas jamais se pereniza como necessidade ou hábito. Fica aqui a dica para quem tem massa encefálica e deseja vender mais!
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

15 de abr. de 2010

SERVIÇOS DE COZINHA INDUSTRIAL

ABRAHAM SHAPIRO

Mantenho comigo a curiosidade de conhecer os restaurantes das empresas onde presto consultoria. Eles são um diferencial importante. Para mim, um restaurante na empresa é uma atitude de consideração aos funcionários.

Quase 100% das organizações que oferecem este benefício ao  pessoal têm serviços terceirizados.

O que os colaboradores acham e como se sentem deveriam ser os principais indicadores da satisfação com os serviços prestados, é óbvio. Mas não é isso o que acontece em muitos casos. Há empresas de cozinhas industriais que não sabem sequer como lidar com reclamações. Dia desses, o Valério encontrou uma mosca no feijão e reclamou à nutricionista. A moça tentou convencê-lo da possibilidade disso ocorrer na casa de qualquer um. Os manuais de atendimento dizem que esta é a primeira resposta a ser evitada. O Valério respondeu: “Na minha casa não. Nós temos higiene lá!”. A profissional simplesmente estava despreparada. Talvez soubesse tudo de alimentos e cardápios, mas nada de pessoas e clientes - o que é terrível.

O que essas empresas de serviço em alimentação precisam entender é que atualmente elas não estão apenas para refeições, lanches, cafés da manhã ou outras necessidades contratadas. Elas se prestam a proporcionar espaços diferenciados, eventos, palestras e um ambiente saudável e motivador para o trabalho dos clientes –  os funcionários da contratante. Tudo isso só pode ser implantado  e mantido por gente bem treinada e competente para encantar, além de fazer um ótimo trabalho.

Mas não é por isso que eu escrevi este artigo. Veja só o que eu descobri. Nas minhas andanças, constatei que uma determinada empresa de cozinha era muito querida numa indústria e odiada pelos funcionários de outra. Pensei que fosse diferença de preço, infraestrutura, cardápio, etc. Não era nada disso. Pesquisei mais a fundo e cheguei à conclusão definitiva. Na empresa onde os diretores e gerentes comem no restaurante coletivo, os serviços em geral são fantásticos. Naquela em que a chefia nunca deu as caras,  qualquer coisa é servida e de qualquer jeito, para desgraça dos funcionários.

O que eu aprendi? Numa empresa, comida é muito mais que alimento. O empresário que descobriu isso, consegue de seus empregados o que nem os gurus de Harvard ousam imaginar!
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14 de abr. de 2010

O PENSAMENTO FINANCEIRO ABUNDANTE X - AUTOVALOR E POSSIBILIDADES

ABRAHAM SHAPIRO

O Alcides era o supervisor de limpeza de uma companhia. Ganhava R$ 2 mil por mês. Depois de olhar para si mesmo e jogar fora tudo o que o impedia de crescer na vida, ele fez um planejamento financeiro e decidiu iniciar um negócio próprio.

Começou economizando dinheiro. Depois de um tempo, comprou boa parte dos materiais que precisava. Conseguiu um pequeno contrato de limpeza num local próximo ao seu trabalho. Empregou uma pessoa para cumpri-lo. Depois surgiu outro, e ele teve que contratar mais mão-de-obra. Meses após, ele decidiu demitir-se e abrir sua própria firma de limpeza. Seus ganhos aumentaram, e ele usufruiu daquela sensação de liberdade que nunca havia experimentado na vida.

Seu trabalho era o mesmo de antes: limpeza. O que mudou foi o seu valor pessoal. Ao invés de pensar "Eu sou apenas um zelador e não sou esperto o bastante para fazer nada além disso", ele pensou: "O que me é possível fazer? Todo mundo precisa de alguém que faça limpeza: casas, empresas, escolas. Eu já trabalho com limpeza. Então por que eu não passo para o outro lado da cerca e começo o meu próprio negócio?”

É esta a relação correta com o MUNDO DAS POSSIBILIDADES. Começa com um sonho. O passo seguinte é o esforço para transformar o sonho em realidade, crendo ser possível.

Quando uma pessoa começa a ver o seu autovalor e se abre para o que é possível fazer, ela atrai abundância e prosperidade para a sua vida. O mundo exterior é um reflexo do mundo interior. Se alguém se sente bem consigo mesmo, isso irá se refletir na sua aparência, nas suas atitudes, e ele irá viver experiências magníficas. Na prática é assim que a vida funciona.
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13 de abr. de 2010

O PENSAMENTO FINANCEIRO ABUNDANTE IX - IDENTIDADE PRÓPRIA

ABRAHAM SHAPIRO

Não é de repente que se conquista uma identidade autêntica e livre, extraída de altos recursos do valor pessoal. Não acontece por encanto ou magia. Exige tempo e esforço.

Nós todos vivemos “n” experiências a cada dia. Interpretamos estas experiências e atribuímos a cada uma o seu devido valor segundo critérios que elegemos e determinamos para isso. Algumas têm valor positivo. Outras, negativo.

Quando nos vemos frente à necessidade de tomar uma decisão, fazemos uma busca no nosso arquivo mental de experiências - parecida com o google. Então, podemos selecionar entre as negativas e as positivas aquela que iremos usar como inspiração ou modelo. Uma das possibilidades, por exemplo, é escolher experiências negativas e descartar as positivas.

É claro que o fato de armazenarmos as ocorrências negativas da vida tem a ver com autodefesa e proteção. Ninguém, sendo normal, deseja errar duas vezes. Porém, habituar-se à escolha do negativo em detrimento da coleção de resultados positivos que conseguimos obter, pode ser nocivo e contraproducente. É preciso pesar as experiências selecionadas para conseguir um balanço equilibrado.

Assim, quando absorvemos todos os efeitos positivos de uma experiência e não nos fixamos apenas nos negativos, começamos a isolar as probabilidades de sentimentos de culpa e medo causados pelos erros cometidos anteriormente. Isto ajuda no processo decisório com que nos defrontamos a cada momento.

Livre-se de olhar só para os aspectos negativos das situações. Eles podem ser paralisantes. Apegue-se aos positivos, que são úteis e motivadores. Esta mudança de perspectiva é que mais desenvolve o sentimento de autorespeito e, como consequência, uma identidade forte e convicta do ser.
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12 de abr. de 2010

PODCAST DE HOJE DO BOLETIM PROFISSÃO ATITUDE NA RÁDIO CBN

ABRAHAM SHAPIRO

Clique no link abaixo e ouça o PODCAST de minha coluna diária na Rádio CBN:

http://tinyurl.com/y5qlfay

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O PENSAMENTO FINANCEIRO ABUNDANTE VIII - COMPETIÇÕES PESSOAIS

ABRAHAM SHAPIRO

Conheci uma jovem mulher que tinha 17 milhões de dólares aplicados pelos seus pais em um fundo de rendimentos que lhe dava pelo menos 800 mil dólares ao ano. Isto duraria por toda a vida. Ela tinha sua identidade e valor próprio definidos pelo estilo de vida que levava e por sua conta corrente.

Indo às compras, certa vez, ela gastou 18 mil dólares em uma loja de luxo. A maior parte de suas atitudes, em se tratando de gastar dinheiro, resultava de uma comparação que mentalmente ela fazia com sua irmã. Era uma competição pessoal que ela estabeleceu a fim de, com isso, alimentar a sua autoestima.

A irmã desta mulher estava na mesma situação financeira que ela. Tinha a mesma quantia igualmente aplicada pelos pais e os mesmos rendimentos. Entretanto, ela nunca determinou seu valor pessoal pela fortuna que possuía. Todo aquele dinheiro significava que teria a que recorrer caso um problema acontecesse no futuro. Casou-se e iniciou um negócio com o marido. Foram muito bem sucedidos, a tal ponto que, alguns anos depois, aqueles rendimentos da aplicação que seus pais haviam dado tornaram-se relativamente pequenos comparados aos lucros gerados pela empresa.

Veja que interessante! Aquela mulher que baseou sua identidade e valor pessoal nos recursos financeiros que possuía gastava enorme quantias de suas reservas movida pelo impulso de não ficar atrás de sua irmã. O resultado? Ela acabou quebrando. Foi uma situação trágica causada apenas e tão somente por crenças erradas e não avaliadas. Sem essas crenças a vida seria completamente diferente, mais significativa, cheia de prazeres reais e voltada à realidade.

Marque na primeira página de seu caderno ou agenda: "Nós não somos o que temos". Somos, sim, o que construímos com tudo o que não pode ser quantificado por cifrões, propriedades imobiliárias ou ações de negócios.
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GELÉIA DE FUNCIONÁRIOS MADUROS

Artigo publicado no JL - Jornal de Londrina, na data de 12/04/2010, na coluna Profissão Atitude


ABRAHAM SHAPIRO

Seus funcionários são como frutas. Quando iniciam no cargo a que foram contratados são como frutas verdes viçosas – dão esperança de uma boa colheita. Com o tempo, caem na rotina e muitos permitem que seu dia-a-dia se torne maçante. É quando seus resultados estabilizam em determinado patamar ou caem. Neste ponto, estão “maduros”, e algo terrível pode acontecer a partir de então. Tal como na natureza, estas "frutas" tendem a ficar passadas.

Em minha casa fomos educados a não desperdiçar comida. Somos originários de lugares onde os alimentos não são abundantes e por isso caros. Antes que as frutas passassem, minha mãe fazia geléia ou compota. Ela as descascava, levava a uma panela apropriada, adicionava açúcar, um certo volume de água, e toda essa mistura ia ao fogo. Por muitas e muitas horas, grande parte da umidade evaporava lentamente, a massa ficava livre de microorganismos e então o produto final era guardado em potes esterilizados.

Desta maneira, as frutas ganhavam vida nova, continuando como alimento por bastante tempo. Minha mãe explicava que sem açúcar e longa exposição ao fogo a geléia não chega ao ponto ideal. Este era um processo que ela conduzia com esmero a fim de não deixar desandar a massa.

Se desejarmos transpor aquela experiência doméstica para o ambiente corporativo, a primeira sugestão a respeito de funcionários maduros e viciados é: dê-lhes um tratamento respeitoso e rico em consideração. Isto equivale a uma boa dose de açúcar na receita de minha mamme. Não deixe sua auto-estima baixar em hipótese alguma. Evite que a motivação desapareça e aja a respeito disso. Faça-os sentirem-se parte de um plano importante, de uma missão clara e envolvente. Determine níveis de participação nas decisões concernentes aos projetos de que eles participam.

O próximo procedimento é: submeta-os ao “fogo” da avaliação de desempenho clara, do feedback permanente e real, dos novos desafios e da reciclagem permanente de conhecimentos, ou seja, proporcione condições para novas aprendizagens e exija que as absorvam bem. Isto servirá para que vejam suas funções desde a ótica correta de “o que fazer”, “como fazer” e “qual o padrão de eficiência esperado”.

Todo mundo necessita enxergar as situações do trabalho desde novos pontos de vista para mudar o pensamento e não estagnar. Todos merecem isso. A rotina e o vício de colaboradores bitolados só leva a perder a consciência sobre que têm a fazer e dos padrões de produtividade com qualidade esperados deles. Uma porção de mudança – por menor que seja – lhes dá uma boa sacudida mental e renova suas perspectivas.

Sem os devidos e constantes cuidados, você perde os seus funcionários – mesmo os melhores. E quando eles se vão, também os acompanha investimentos e know how valiosos.

Não os deixe amadurecer demais. Segundo mamãe, frutas passadas dão dor de barriga. Se chegarem a esse ponto, só servirão, mesmo, para adubo. E nada mais.
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11 de abr. de 2010

UM PAÍS FABULOSO - Publicado no Jornal de Londrina de 11 de abril de 2010, pg 02

OTÁVIO GOES DE ANDRADE

Em sua coluna no JL do dia 29/03, Abraham Shapiro escreveu sobre ‘o ativo mais valioso de uma empresa’, contando, como ponto de partida, uma bela fábula sobre um sábio que desejou conhecer os protetores da cidade que visitava; os cidadãos que ali residiam apresentaram a sua milícia ao ilustre visitante; para o seu espanto, os moradores descobriram que, na verdade, os protetores aos quais se referia o sábio não eram os membros da milícia, mas sim os professores. Essa fábula me sensibilizou profundamente por dois aspectos: primeiro, por identificação, posto que sou professor, e, segundo, por sua profundidade, posto que nós cidadãos devemos refletir sobre quais são as prioridades de nossa sociedade.

No dia 26/03, a PM e um grupo de professores da rede estadual em greve entraram em confronto na cidade de São Paulo. A PM montou uma barreira na avenida na qual se encontravam os manifestantes impedindo que os mesmos chegassem até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Ao tentarem furar o bloqueio, os professores foram recebidos com golpes de cassetetes, com balas de borracha e com bombas de efeito moral, ao que reagiram com pedaços de pau e pedras. Segundo o jornal O Globo, esse episódio teve como saldo 9 professores e 7 policiais feridos

O que a fábula contada por Shapiro no JL e o episódio ocorrido na cidade de São Paulo têm em comum? Tudo. A prosperidade e a felicidade de uma nação, de um Estado ou de um Município dependem da valorização do professor e de seu trabalho. Países democráticos que investem em educação são países prósperos porque, dentro do que se pode esperar, potencializam as possibilidades de que seus habitantes sejam felizes, já que munidos do saber podem se inserir na sociedade e buscar os caminhos para a sua realização pessoal. Países democráticos (ou não) que não investem em educação, usurpam do ser humano a possibilidade de sua inserção na sociedade, alijando-o de oportunidades de buscar a sua felicidade, pois com a intelectualidade tolhida, sobra a marginalidade que, nesse caso, não é uma opção.

Não quero, claro está, apenas defender os professores e criticar negativamente a ação dos policiais militares, pois estes últimos estavam cumprindo o seu dever, e os primeiros estavam usufruindo de seu direito de greve, de livre expressão e de ir e vir. Quero, nada mais, chamar a atenção para a opção de modelo de educação que vem fazendo a sociedade brasileira. Professor mal remunerado não tem estímulo para o trabalho, porque quando falta o pão em casa ou se carece de condições mínimas de trabalho, sobra decepção; num país em que os números da alfabetização não correspondem ao real domínio do saber por parte de seus cidadãos, sobra manipulação; e num país onde se bate no professor, falta educação.
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Otávio Goes de Andrade é professor do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas da Universidade Estadual de Londrina

9 de abr. de 2010

O PENSAMENTO FINANCEIRO ABUNDANTE VII - NÃO SE COMPARE

ABRAHAM SHAPIRO

Seu colega de faculdade está ganhando muito dinheiro. Começou com uma pequena fábrica e foi crescendo aos poucos. Agora está muito bem. Comprou apartamento espaçoso, tem aquele carro caríssimo, passa as férias no exterior, frequenta um spa urbano cheio de coisas glamorosas - para quem pode pagar, é lógico.

Você ainda se recorda de que ele era “duro” nos velhos tempos. Pedia dinheiro emprestado e você o ajudou. Foi até difícil receber. Naquela época era você que estava por cima. Hoje a situação mudou. Você vê este colega brilhando, ficando rico, e isso lhe dá uma pontada no peito. Por que você não consegue nem de longe o mesmo sucesso?

Parece que o simples fato de saber que alguém está melhor que você, e ainda por cima uma pessoa próxima, só piora tudo. Se você já sentia insatisfação, agora chega perto do desespero.

Quando se pensa em prosperidade, é útil entender que ela é um recurso que flui através de nós. É preciso ter ideias de abundância. Logo que entendemos isso, começamos a identificar o fato de que somos nós mesmos que escolhemos como lidar com este recurso.

Mas para isso, o princípio é não comprar-se a ninguém. Comparar-se corresponde a fazer um julgamento entre você e o outro e a definir a sua identidade e valor próprio a partir de um elemento externo, incomparável a você.

Independentemente da intenção positiva por trás de uma comparação com outras pessoas, isso quase nunca é bom. Aconselhável em vez disso é conhecer suas potencialidades inatas e trilhar o próprio caminho, enfrentando os seus obstáculos e sabendo que as possibilidades estão abertas para todos - inclusive para você. Acessá-las irá depender de força e ousadia.
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8 de abr. de 2010

O PENSAMENTO FINANCEIRO ABUNDANTE VI - IDENTIDADE

ABRAHAM SHAPIRO

Muitas pessoas confundem quem são com quanto dinheiro ganham. No mundo das possibilidades quem ganha um milhão de euros ou quinze mil reais ao ano tem chances de atingir um certo grau de abundância na vida.

Quando os nazistas dominaram a Europa, existiam pessoas muito ricas na sociedade que tiveram suas vidas dilaceradas e acabaram num campo de concentração.

Viktor Frankl, um psicólogo Judeu, nascido na Áustria, foi uma dessas pessoas. Em seu livro "O Homem em Busca de Sentido”, disse: "Nós que vivemos nos campos de concentração podemos lembrar dos homens e mulheres que caminhavam pelos barracões confortando outros, dando o seu último pedaço de pão a eles. Eram poucos em quantidade, mas ofereciam prova suficiente de que tudo pode ser retirado de um ser humano, exceto a sua liberdade. Escolher a própria atitude em qualquer situação é escolher o próprio caminho".

Foi exatamente o que aconteceu a Frankl. Tiraram tudo o que possuía, inclusive os sapatos. Mas sua atitude criativa o ajudou a sobreviver àquele pesadelo. A única coisa que lhe restou foi a crença em si mesmo para abraçar a idéia de que ainda era uma pessoa de bem. Ele acreditou nas possibilidades de reencontrar abundância. Quando saiu, foi esta crença que o levou a alcançar uma vida próspera.

Há algo importante que você precisa saber: o dinheiro não determina quem você é. Ele é apenas um recurso. Ter um juízo interno de si mesmo muito forte é o que importa de vedade. Dinheiro é um elemento externo. Assim que você deixar de comparar o seu valor pessoal com o dinheiro e tudo o que está no exterior, as possibilidades começarão a se abrir. As tentativas que fizer após isso terão muito mais esperança.

Quem se sente bem consigo mesmo não tem medo de buscar seus ideais, e quando as coisas não dão certo, abre-se para novas atitudes.
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7 de abr. de 2010

O PENSAMENTO FINANCEIRO ABUNDANTE V - PACIÊNCIA

ABRAHAM SHAPIRO

Ter paciência para adiar uma gratificação momentânea em favor de um benefício maior no futuro é a principal característica de quem tem sucesso na vida.

Uma pesquisa sensacional comprova isso. Crianças de quatro anos de idade são colocadas separadas em várias salas. O pesquisador dá um chocolate a cada uma e diz: "Você pode comê-lo agora, se quiser. Mas se esperar um pouco, enquanto eu saio por um momento, quando voltar, eu lhe trarei outro chocolate".

Algumas crianças comem esta primeira porção imediatamente. Outras esperam um pouco e logo cedem à tentação. Mas há aquelas espontaneamente determinadas a esperar. Fecham os olhos, cantam, jogam algum jogo que esteja à mão, até adormecem um pouco, mas resistem. Quando o pesquisador retorna, dá a estas o segundo chocolate que conquistaram.

Depois de anos de acompanhamento, a pesquisa descobriu que as crianças que resistiram esperando pelo segundo chocolate cresceram mais bem ajustadas, arrojadas, confiantes e tornaram-se adolescentes mais seguros.

A paciência é importante para o sucesso.

Na Alemanha, poupar dinheiro para pagar à vista uma compra é um hábito. As únicas dívidas que muitos alemães têm são sua casa e carro. Já nos Estados Unidos e no Brasil é comum o abuso do crédito para tudo, e também histórias tristes de grandes endividamentos.

Os alemães preferem poupar e aguardar a recompensa que terão ao conseguir o que querem. Quando conseguem, começam a poupar para o seu próximo item, ou para uma viagem de férias. Eles não têm interesse numa gratificação instantânea. Eles mantêm a expectativa de esperar até atingir o sonho por completo.

Ter paciência, neste caso, é fazer a razão triunfar sobre o impulso. Só a prática e o esforço conseguem isso.

Quando você se vir tentado a gastar dinheiro com algo que você realmente não precisa, lembre-se dos seus objetivos financeiros de longo prazo. Dê um novo significado ao pouco dinheiro que talvez você tenha agora e lembre-se que poupá-lo lhe dará um futuro melhor.

Sofra um pouco e não gaste. Suas condições de investimento amanhã serão melhores e maiores. Este é o caminho certo rumo à prosperidade.
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6 de abr. de 2010

A VERDADE VENDE?

Artigo publicado no JL - Jornal de Londrina, na data de 05/04/2010, na coluna Profissão Atitude


ABRAHAM SHAPIRO

Olhe um comercial de cerveja. Mulheres ou homens de beleza quase utópica associados ao produto. É preocupante. As pessoas que assistem acreditarão que se tomarem essa marca poderão atrair pessoas do sexo oposto? Fora os que esquecem um segundo depois, restam os que não têm experiência de vida suficiente para se dar conta de que tomar cerveja de uma certa marca não resulta em gente bonita e “sarada” a sua volta. Como estas pessoas separam as facilidades do mundo da propaganda das verdadeiras dificuldades da vida?

É claro que os publicitários usam situações que, por serem absurdas ou exageradas, não põem em risco as crenças individuais dos espectadores a ponto de confundi-las. Os comerciais tendem a ser tão absurdos que nenhuma pessoa de bom senso acharia verdadeiras as situações neles propostas. Isto nos leva a crer que, a princípio, não há violação ética. Digo: a princípio, porque, por outro lado, há comerciais de TV tão sutis que até as pessoas mais sensatas eventualmente os assimilam.

Avaliar o efeito de sua propaganda sobre o público alvo é uma obrigação ética das empresas. Adaptar as mensagens deve ser a consequência disso.

Há uma história de um homem que sempre se desentendia com sua esposa, e esta, por pirraça, cozinhava tudo ao contrário do que ele pedia. Se ele pedisse lentilhas, ela servia ervilhas; quando ele queria ervilhas, ela preparava lentilhas. O filho – que normalmente era o porta-voz do pai nas questões de cozinha – já cansado de tantas brigas, teve a idéia de pedir o oposto do que o pai solicitasse. Ele acreditou que deste modo a guerra acabaria. E foi o que aconteceu. Poucos dias após a medida, o pai exclamou: “Sua mãe melhorou muito”. Então o filho confessou ao pai: “É porque eu tenho pedido a ela o oposto do que você pede”.

Um dilema ético: aplaudir ou rejeitar a mentira que trouxe de volta a harmonia doméstica? De um lado, a paz no lar. Do outro, o fato incontestável de que mentir pode se tornar fácil demais e, uma vez que se começa, é difícil parar. E quando a mentira se incorpora à cultura?

Não serão estes os cuidados a se tomar na produção de propagandas? Talvez o mais importante seja lembrar que depois de algum tempo as pessoas não conseguem distinguir a verdade da mentira.

A comunicação honesta funciona. É a maior e melhor opção em todas as circunstâncias. Enraíza relacionamentos duradouros.

Um bom exemplo de propaganda eficaz que não usou imagens irreais foram os comerciais da Volvo que informavam sobre as características de segurança do carro. Até hoje a marca está associada a este benefício. O efeito da propaganda foi o posicionamento da marca na mente do consumidor. A Volvo atreveu-se à mensagem básica.

Ao falar de produtos e serviços, evite a falsa impressão. Faça produtos excelentes. Ofereça serviços incríveis. Fale deles. Venda os benefícios. Nada será mais lucrativo!
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5 de abr. de 2010

O PAPEL DA AUTOCONFIANÇA NA LIDERANÇA

ABRAHAM SHAPIRO

Ciúme, desconfiança infundada, medo, planos ardilosos e “n” lastimáveis situações têm sua origem em pessoas que  não acreditam em si mesmas e nem na sua potencialidade inata para fazer coisas valiosas.

Gente que “não confia no próprio taco” apresenta como característica principal  sentimentos de impotência e de insuficiência. Ele pode até ser bastante capaz, mas além de sua capacitação permanecer em estado quase permanentemente sólido ou inativo, o indivíduo deixa-se dominar por pressupostos de que os outros são melhores ou superiores. Partindo daí, duas coisas são passíveis de acontecer: ou ele se retrai e não age, ou desenvolve planos terríveis em nome de uma falsa autodefesa. Os prejuízos podem ser imensos.

Uma pessoa com baixa autoconfiança poderá revelar-se manipuladora, usando quem estiver à sua volta como peças de um jogo imaginário contra alguém que lhe represente perigo também imaginário.

Foi exatamente o que ocorreu com a diretora de uma companhia. Ela era profissional competente, mas o fato de ter chegado ao primeiro escalão ajudada também por um grau de parentesco com o presidente lhe deixava mal. Sua baixa autoconfiança a impedia de atuar com independência e liberdade. Uma autoimagem repleta de defeitos fictícios lhe mantinha presa a um permanente sentimento de ameaça. Seu tempo útil era investido em arquitetar planos contra qualquer um que parecesse estar barrando seus intentos pessoais. Usava subordinados como  fantoches – personagens de sua mente belicosa. Sua aparente modéstia e introversão frustravam qualquer um que ousasse levantar suspeitas sobre seus métodos e atitudes veladas. Todos a viam como uma dócil e humilde profissional. Não me passavam despercebidos, contudo, seu nervosismo e outras expressões patológicas.

Não subestime as reações de um ser carente de autoconfiança. Caso você suspeite de alguém à sua volta acometido desta fraqueza, ou detectar os sintomas em si próprio, invista em um trabalho profissional. Estou falando principalmente dos responsáveis por estebelecer o direcionamento de sua empresa.

Saiba que competências técnicas não habilitam ser humano algum a ocupar o centro decisório de uma organização ou a cabeça de uma equipe – por menor que seja. Competências comportamentais, sim. E lembre-se que saúde mental não se avalia só pela aparência. Cuidado com preconceitos a respeito isso!

Baixa autoconfiança tem cura. Procure solução se for o seu caso. Assim que confiar em si mesmo, você saberá, enfim, como é bom viver e quanto difere daquilo que você sempre imaginou.
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3 de abr. de 2010

COMO PERMANECER JOVEM

GEORGE CARLIN

Livre-se de todos os números não-essenciais. Isto inclui idade, peso e altura. Deixe os médicos se preocupar com eles. É para isso que você os paga.

Mantenha apenas os amigos alegres. Os ranzinzas, os que só reclamam da vida, só deprimem. Mande-os à merda!

Continue aprendendo. Aprenda mais sobre o computador, ofícios, jardinagem, sacanagem, porcarias, motos, carros, jogos, seja o que for, até radio-amadorismo. Nunca deixe o cérebro inativo. 'Uma mente inativa é a oficina do diabo! E o nome de família do diabo é ALZHEIMER. Quanto mais sacanagem, mais ativo você ficará. Trabalho, depois de aposentar??? Nem pensar!

Aprecie as coisas simples.

Ria sempre, alto e bom som! Ria até perder o fôlego. Lágrimas fazem parte.

Suporte, queixe-se e vá adiante. As únicas pessoas que estão conosco a vida inteira somos nós mesmos. Mostre estar VIVO enquanto estiver vivo.

Cerque-se daquilo que ama. Seja uma mulher, homem, biba, bofe, família, animais de estimação, hobbies, seja o que for. Seu lar é seu refúgio, onde deverá estar só em último caso.

Cuide da sua saúde. Se estiver boa, preserve-a. Se estiver instável, melhore-a. Se estiver além do que Você possa fazer, peça ajuda.

Não 'viaje' até as suas culpas. Faça uma viagem até o município mais próximo, mais longe ou a um país no exterior, mas NÃO para onde você tiver enterrado as suas culpas.

Diga às pessoas a quem você ama que você as ama... a cada oportunidade. Sempre.

E lembre-se sempre: a vida não é medida pela quantidade de vezes que respiramos, mas pelos momentos que nos tiram a respiração.
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Famoso comediante americano. Referências: http://pt.wikipedia.org/wiki/George_Carlin

SOBRE O ENVELHECER

GEORGE CARLIN

Você sabia que a única época da nossa vida em que gostamos de ficar velhos é quando somos crianças? Se você tem menos de 10 anos,  está tão excitado sobre envelhecer que pensa em frações.

“Quantos anos você tem? Tenho quatro e meio!” Você nunca terá trinta e seis e meio. Você tem quatro e meio, indo para cinco! Este é o lance!

Quando chega à adolescência, ninguém mais o segura. Você pula para um número próximo, ou mesmo alguns à frente. 'Qual é sua idade? 'Eu vou fazer 16!' Você pode ter 13, mas (tá ligado?) vou fazer 16!

E aí chega o maior dia da sua vida! Você completa 21! Até as palavras soam como uma cerimônia: você está fazendo 21. Uhuuuuuuu!

Mas então você 'se torna' 30. Oh, o que aconteceu agora? Isso faz você soar como leite estragado! Êle 'se tornou azedo'; teremos de jogá-lo fora. Não tem mais graça agora, você é apenas um bolo azedo. O que está errado? O que mudou?

Você COMPLETA 21, Você 'SE TORNA' 30, aí você está 'EMPURRANDO' 40. Putz! Pise no freio, tudo está derrapando! Antes que se dê conta, Você CHEGA aos 50 e seus sonhos se foram.

Mas, espere! Você ALCANÇA os 60. Você nem achava que poderia!?!

Assim, você COMPLETA 21, você 'SE TORNA' 30, 'EMPURRA'os 40, CHEGA aos 50 e ALCANÇA os 60.

Você pegou tanto embalo que BATE nos 70! Depois disso, a coisa é na base do dia-a-dia; 'Estarei BATENDO aí na 4ª.. feira!'

Você entra nos seus 80 e cada dia é um ciclo completo. Você bate no lanche, a tarde se torna 4:30; você alcança o horário de ir para a cama. E não termina aqui. Entrado nos 90, ... começa a dar marcha à ré (ôpa! no bom sentido); 'Eu TINHA exatos 92.'

Aí acontece uma coisa estranha. Se você passa dos 100, você se torna criança pequena outra vez. 'Eu tenho 100 e meio'

Que todos vocês cheguem a um saudável 100 e meio!!!
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Famoso comediante americano. Referências: http://pt.wikipedia.org/wiki/George_Carlin

NOSSA HOMENAGEM AO FÍSICO JUDEU ALBERT EINSTEIN


2 de abr. de 2010

O PENSAMENTO FINANCEIRO ABUNDANTE IV - DISPOSIÇÃO

ABRAHAM SHAPIRO

Quando o assunto é a relação com o dinheiro é surpreendente o que pode acontecer a uma pessoa que muda a sua atitude e crenças sobre as possibilidades. Ela começa a ver oportunidades por toda a parte.

No começo as mudanças podem ser pequenas. Mas enquanto prosseguir adotando um novo modo de pensar, um mundo mágico vai se tornando acessível.

Há quase quarenta anos, um grande número de vietnamitas que moravam em barcos ou em casebres de palafitas imigrou para os Estados Unidos. Os americanos ficaram preocupados com o impacto que a entrada dessas pessoas ao país causaria aos serviços de saúde e outros. Foi interessante, pois, muitos daqueles vietnamitas que iniciaram a vida no Novo Mundo a duras penas deram-se incrivelmente bem.

Como isso ocorreu?

Eles vinham de um país onde dizer ou fazer algo errado podia significar a morte. Na América, o pior que poderia acontecer com quem tivesse uma conta atrasada ou fizesse um mal atendimento era apenas uma reclamação.

Se você sai de um mundo onde a morte é uma realidade a cada momento para um lugar onde as opções são intermináveis, as razões são bastante fortes para tentar tudo o que é possível, concorda?

Ao invés de ficarem tristes por deixarem seu país, eles estavam agradecidos por viver e poder trabalhar.

Ao invés de ficarem de mau humor ou com pena de si próprios, adotaram uma atitude criativa inspirada na pergunta "O que é possível fazer aqui?"

Moravam duas ou três famílias num lugar minúsculo. Eles começavam trabalhando a troco de um salário mínimo, juntavam todo o dinheiro que ganhavam e quando conseguiam o suficiente, compravam um negócio e toda a família trabalhava junto. Assim que o negócio começava a ter sucesso, eles compravam um imóvel, depois outro, e assim iam.

Para estes vietnamitas, o sucesso era uma possibilidade. Estavam dispostos a sofrer a fim de atingirem o objetivo de abundância e prosperidade de longo prazo.

Conclusão: as pessoas podem fazer qualquer coisa que desejarem. Mas a chave não é esta, e sim o que estão dispostas a fazer para conseguirem atingir o seu objetivo.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473

1 de abr. de 2010

O PENSAMENTO FINANCEIRO ABUNDANTE III - CRER E REALIZAR

ABRAHAM SHAPIRO

A principal diferença psicológica entre aqueles que se saem financeiramente bem e os que não prosperam está nas crenças sobre possibilidades que os primeiros mantêm, e não os últimos.

Muitas pessoas nem sequer enxergam o sucesso financeiro como uma opção. Elas não têm a capacidade de explorar as chances que estão à disposição de todos para alcançarem o sucesso. No mais das vezes, elas ficam presas à rotina do dia a dia sem desejo de sair daí, assumir riscos e tentar algo diferente. São assim porque têm medo de que tudo piore.

O que não se dão conta é que o mais comum muitas vezes é ter que dar um passo para trás a fim de poder avançar em seguida.

Muitos milionários que quebraram drasticamente em algum momento da vida conseguiram, num curto período de tempo, virar completamente sua situação para melhoria financeira. Como conseguiram? Sorte? Nada disso. Eles acreditaram que o seu novo negócio iria crescer de tal forma que logo estaria dando lucro e dividendos. E assim foi.

O lado bom disso é que nem todo mundo precisa assumir riscos elevados ou dar um passo para trás para conseguir avançar. Porém, é importante explorar conscientemente a idéia do que é possível. É olhar para o mundo das possibilidades e caminhar para dentro delas. Isto é que abre a mente e os sentidos para "fazer".

Acima de tudo existe uma relação direta e inequívoca entre crer e realizar.

Desenvolva a habilidade de mudar a sua rotina diária e abra espaço para crer naquilo que você mais deseja realizar. Faça coisas diferentes para tirar o seu fluxo mental da rotina que lhe aprisiona. Aprenda com livros, filmes, histórias que inspiram a se levantar de onde você se encontra hoje e dar um passo, ao menos. Mas decida. Isso poderá fazê-lo enxergar o mundo através das lentes  da prosperidade ao invés da carência e da pobreza, pois, o simples  passo que tenha dado já significará algum progresso.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473