22 de set. de 2008

O PRINCÍPIO DE HANLON

ABRAHAM SHAPIRO

Formulado no início do século XX por um britânico pouco conhecido, o Princípio de Hanlon expressa um pensamento curioso e engraçado que se resume assim: “Nunca atribua à malícia o que pode ser adequadamente explicado pela burrice”.

Eu me esforcei muito para encontrar um exemplo em que se aplique o Principio de Hanlon. Não encontrei outra alternativa senão: reuniões de empresas.

Deixe-me mostrar por que.

Uma reunião de equipe em empresa quase sempre é uma vitrine de egos inflados; um palanque de presunções verbais de um bobo qualquer que deseja mostrar sua fantástica inteligência perante uma platéia que desgraçadamente precisa do emprego.

Você conhece este cenário. Por trás daqueles jargões, malícias e sacadas que o tal acredita serem geniais, nunca existem idéias ou soluções que fazem qualquer diferença. O que sempre se escuta é, sim, uma enxurrada de estupidez, ou seja, burrice falada com palavras bonitas.

Vamos agora para o lado simples e prático do Princípio de Hanlon.

Se você é uma vítima de reuniões desse tipo, perdoe o pobre coitado que pretende ser o rei do mundo. Ignore e prossiga sua jornada na busca dos seus objetivos profissionais.

Mas se você é o chato que pensa estar fazendo bonito nestas ocasiões, ouça a sabedoria de Hanlon. Chega de piadinhas sem nexo. Aprenda a usar o cérebro e busque eficácia. É para isso que você veio ao mundo e é para isso que você tem uma função aí onde você trabalha.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Suas principais atuações são junto de líderes empresariais e times de vendas. Contato: shapiro@shapiro.com.br