Supermercados, bares, lanchonetes, pequenos restaurantes e congêneres padecem de um mesmo mal: a média de tempo que os empregados ficam é de seis meses a um ano. Há casos em que a rotatividade é tão grande que, além da atenção de clientes, acaba despertando a curiosidade de autoridades trabalhistas – que averiguam situações críticas.
Este problema tem aumentado muito nos últimos cinco anos. Foram detectados quatro fatores que, basicamente, fazem os trabalhadores deixarem o setor:
1º. Carga horária pesada que inclui domingos e feriados;
2º. Falta de planejamento de cargos e salários;
3º. Baixa remuneração em relação ao mercado em geral.
Mas, segundo o “Sindicato dos Trabalhadores em Supermercados de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral”, o quarto fator da série e principal razão para a alta rotatividade no setor é a falta de treinamento. Isto foi apontado e confirmado, inclusive, pela Associação Paranaense de Supermercados, a APRAS.
A insuficiência de treinamento é uma razão avassaladora como causa do insucesso de negócios baseados na prestação de serviços.
É simplesmente inconcebível que um empresário invista tanto em infra-estrutura, máquinas e equipamentos e deixe de lado a parcela de melhoria dos recursos humanos, ou melhor, o investimento nas pessoas.
Acreditar que um negócio pode prosperar sem que as pessoas estejam plenamente versadas no exercício de suas funções é tão tolo e ingênuo quanto pensar que a razão única de uma medalha de ouro olímpica de um atleta ou a conquista da Copa do Mundo por um time de futebol deve-se tão somente à torcida ou aos gastos com propaganda e positivismo dos atletas. Negócio algum dará certo enquanto faltar a consciência do preparo correto das condições do pessoal.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473