Artigo publicado no jornal FOLHA DE LONDRINA, em 18/04/2011, na coluna ABRAHAM SHAPIRO, em Empregos e Concursos
ABRAHAM SHAPIRO
A educação a distância – Ead – já é popular no Brasil. Em 2010, cerca de 900 mil alunos se matricularam nos cursos de graduação e pós-graduação, segundo estimativa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. O número de cursos também não para de aumentar. Só entre 2000 e 2007, a oferta de modalidades aumentou 40 vezes, de 10 para 408 cursos. Isto se dá graças aos avanços na tecnologia da comunicação.
O que o mercado de trabalho pensa sobre os formados pelo EAD?
Profissionais de RH em recrutamento e seleção afirmam que as empresas ainda não estão seguras sobre a qualidade dos cursos a distância, tanto na graduação quanto na pós-graduação.
Dizem ainda que existe certa preferência por candidatos que tenham diploma do ensino presencial. Acredita-se que a qualidade não é a mesma, principalmente porque no curso a distância não há o convívio do aluno com outras pessoas para a troca de experiências. Em função disso, os contratantes temem que o trabalhador tenha um desempenho inferior ao esperado.
A pressuposição chega a ponto das empresas que têm prefência declarada por candidatos com diploma de instituições conceituadas do País tratarem inclusive os diplomas de ensino a distância destas instituições como de segunda linha.
Está claro que isto não passa de um preconceito imprudente, até porque a alegação de falta de troca de experiência entre alunos nos cursos a distância é uma besteira. Na prática, um número maciço de casos demonstra que nos cursos presenciais o intercâmbio dos alunos se dá a respeito de baladas, churrascos e afins. Sabe-se que o aproveitamento médio do universitário brasileiro não inclui a troca de experiências úteis ou profissionais. Isto nem é hábito por aqui. As conversas dificilmente ultrapassam a esfera social.
É claro que, enquanto não existir uma avaliação consistente destes novos cursos por parte do governo, estarão abertas as possibilidades de desconfianças vazias. Mas devem ser evitadas, por respeito e cuidado.
Minha convivência com profissionais graduados e pós-graduados pelo sistema a distância tem encontrado alto grau de envolvimento com suas áreas, além de ótimo nível de formação.
Como consultor, faço vários processos de seleção para empresas nos quais encontro idiotas tanto provenientes dos cursos presenciais como dos cursos a distância. Também chegam potenciais profissionais de qualidade das duas modalidades.
A lição é básica: todo preconceito tende a ser destrutivo.
______________________
Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473
A educação a distância – Ead – já é popular no Brasil. Em 2010, cerca de 900 mil alunos se matricularam nos cursos de graduação e pós-graduação, segundo estimativa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. O número de cursos também não para de aumentar. Só entre 2000 e 2007, a oferta de modalidades aumentou 40 vezes, de 10 para 408 cursos. Isto se dá graças aos avanços na tecnologia da comunicação.
O que o mercado de trabalho pensa sobre os formados pelo EAD?
Profissionais de RH em recrutamento e seleção afirmam que as empresas ainda não estão seguras sobre a qualidade dos cursos a distância, tanto na graduação quanto na pós-graduação.
Dizem ainda que existe certa preferência por candidatos que tenham diploma do ensino presencial. Acredita-se que a qualidade não é a mesma, principalmente porque no curso a distância não há o convívio do aluno com outras pessoas para a troca de experiências. Em função disso, os contratantes temem que o trabalhador tenha um desempenho inferior ao esperado.
A pressuposição chega a ponto das empresas que têm prefência declarada por candidatos com diploma de instituições conceituadas do País tratarem inclusive os diplomas de ensino a distância destas instituições como de segunda linha.
Está claro que isto não passa de um preconceito imprudente, até porque a alegação de falta de troca de experiência entre alunos nos cursos a distância é uma besteira. Na prática, um número maciço de casos demonstra que nos cursos presenciais o intercâmbio dos alunos se dá a respeito de baladas, churrascos e afins. Sabe-se que o aproveitamento médio do universitário brasileiro não inclui a troca de experiências úteis ou profissionais. Isto nem é hábito por aqui. As conversas dificilmente ultrapassam a esfera social.
É claro que, enquanto não existir uma avaliação consistente destes novos cursos por parte do governo, estarão abertas as possibilidades de desconfianças vazias. Mas devem ser evitadas, por respeito e cuidado.
Minha convivência com profissionais graduados e pós-graduados pelo sistema a distância tem encontrado alto grau de envolvimento com suas áreas, além de ótimo nível de formação.
Como consultor, faço vários processos de seleção para empresas nos quais encontro idiotas tanto provenientes dos cursos presenciais como dos cursos a distância. Também chegam potenciais profissionais de qualidade das duas modalidades.
A lição é básica: todo preconceito tende a ser destrutivo.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473