ABRAHAM SHAPIRO
Muitas empresas decidiram reforçar a aposta em uma tradicional ferramenta para atração de talentos: os programas de trainees. Antes concentrados nos meses de julho e agosto, esses processos de recrutamento e seleção, criados para fisgar recém-formados de alta performance, agora ocupam também as primeiras folhinhas do calendário, já que a economia está aquecida e existe um cenário de estabilidade no horizonte.
Com mais vagas para serem ocupadas, as empresas veem no primeiro semestre a chance de recrutar jovens já disponíveis no mercado, e têm nisso uma estratégia para fugir da acirrada competição.
Como no Brasil, ao longo do tempo houve uma concentração desses processos em agosto, o candidato se acostumou a fazer inscrição em muitas empresas ao mesmo tempo.
A multinacional americana Whirpool, por exemplo, transferiu seu processo seletivo anual de agosto para abril. A mudança ocorreu no ano passado – quando a empresa recebeu 30% mais inscritos, que chegaram a 13.500 candidatos, dos quais, 23 foram escolhidos. Junto dela, a GE e a rede de lojas Riachuelo, seguem o mesmo caminho de antecipação de datas e elevação do nível de aproveitamento.
O índice de retenção dos programas de trainee do Brasil girava historicamente em torno de 32% a 35%. Ou seja, em média, a cada três profissionais que finalizam a etapa de treinamento - que leva até dois anos e meio - apenas um decidia continuar na empresa. Mas este índice tem se elevado a patamares surpreendentes em muitas empresas.
Os jovens que participam de um programa de estagiários têm alguns comportamentos típicos. Eles são muito seletivos. Normalmente depois de um programa em uma empresa renomada, a empregabilidade desse candidato é quase imediata.
O aspecto mais interessante a considerar é que a geração atual de universitários interessados em estágios sabe de seu valor e do que quer. Por isso, não é mais a empresa que escolhe os jovens, mas o inverso. Por isso, as companhias estão investindo cada vez mais em ‘vender’ seus programas já no início de cada ano.
Se você está concluindo seu curso superior, e é estudioso, procure uma oportunidade de estágio. É uma opção inteligente para a entrada no mercado de trabalho.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473
Muitas empresas decidiram reforçar a aposta em uma tradicional ferramenta para atração de talentos: os programas de trainees. Antes concentrados nos meses de julho e agosto, esses processos de recrutamento e seleção, criados para fisgar recém-formados de alta performance, agora ocupam também as primeiras folhinhas do calendário, já que a economia está aquecida e existe um cenário de estabilidade no horizonte.
Com mais vagas para serem ocupadas, as empresas veem no primeiro semestre a chance de recrutar jovens já disponíveis no mercado, e têm nisso uma estratégia para fugir da acirrada competição.
Como no Brasil, ao longo do tempo houve uma concentração desses processos em agosto, o candidato se acostumou a fazer inscrição em muitas empresas ao mesmo tempo.
A multinacional americana Whirpool, por exemplo, transferiu seu processo seletivo anual de agosto para abril. A mudança ocorreu no ano passado – quando a empresa recebeu 30% mais inscritos, que chegaram a 13.500 candidatos, dos quais, 23 foram escolhidos. Junto dela, a GE e a rede de lojas Riachuelo, seguem o mesmo caminho de antecipação de datas e elevação do nível de aproveitamento.
O índice de retenção dos programas de trainee do Brasil girava historicamente em torno de 32% a 35%. Ou seja, em média, a cada três profissionais que finalizam a etapa de treinamento - que leva até dois anos e meio - apenas um decidia continuar na empresa. Mas este índice tem se elevado a patamares surpreendentes em muitas empresas.
Os jovens que participam de um programa de estagiários têm alguns comportamentos típicos. Eles são muito seletivos. Normalmente depois de um programa em uma empresa renomada, a empregabilidade desse candidato é quase imediata.
O aspecto mais interessante a considerar é que a geração atual de universitários interessados em estágios sabe de seu valor e do que quer. Por isso, não é mais a empresa que escolhe os jovens, mas o inverso. Por isso, as companhias estão investindo cada vez mais em ‘vender’ seus programas já no início de cada ano.
Se você está concluindo seu curso superior, e é estudioso, procure uma oportunidade de estágio. É uma opção inteligente para a entrada no mercado de trabalho.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473