ABRAHAM SHAPIRO
Imagine um chefe que reconhece o esforço do grupo, mas exerce sobre ele grande cobrança e pressão. Com o tempo, isto se torna algo não muito diferente do inferno.
Um gestor pode exigir mais da sua equipe quando ela apresenta resultados e, a partir disso, estabelecer metas mais desafiadoras. O cuidado a se tomar é para que o aumento da expectativa não se transforme em desmotivação e competição não saudáveis.
O mercado tem aumentado a contratação de jovens profissionais. A dificuldade de mão obra em algumas áreas é inegável e empurra as empresas a adotarem novos meios de suprir suas necessidades. Aí estão por toda parte os programas de estágio e de trainees.
O lado bom dessa tendência está no fato de que o profissional em início de carreira carrega muita energia e vontade de mostrar resultados rápidos e consistentes. Equipe motivada e com resultados é o sonho de todo gestor. Os iniciantes normalmente reagem bem a metas arrojadas, desde que enxerguem chances de crescimento e sintam ser real o reconhecimento do seu superior.
Quando uma equipe aceita toda e qualquer meta sem questionar, o gestor pode se aproveitar disso sem limites até a hora em que busca resultados acima do esperado, às vezes impossíveis. É quando o grupo tende a se desestruturar. Aparece a má competição, as cobranças e o estresse. A partir daí, o risco de esfacelamento do grupo e perda de talentos é iminente. Para que não ocorra, o gestor deve estar o mais próximo possível do dia a dia de trabalho da equipe a fim de enxergar problemas não facilmente visíveis desde a ótica do gestor.
Do lado da equipe, se há evidências concretas de que as metas estabelecidas são anormais e, consequentemente, geram impactos negativos, é importante reunir soluções em lugar de reclamações. Falem com o gestor através de análises e históricos de momentos anteriores. Não deixem de mencionar as sensações e impressões negativas que o grupo está sentindo. Contudo, há que se manter o embasamento prático e exemplos reais daquilo que estão vivenciando. Não vale discutir situações subjetivas ou utópicas.
Se o gestor for um verdadeiro líder, ele reconheçará este esforço, e se prestará a entender o que for proposto pela equipe, pois, sozinho ele não alcança resultado algum. Ele saberá que a união faz a força.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473
Imagine um chefe que reconhece o esforço do grupo, mas exerce sobre ele grande cobrança e pressão. Com o tempo, isto se torna algo não muito diferente do inferno.
Um gestor pode exigir mais da sua equipe quando ela apresenta resultados e, a partir disso, estabelecer metas mais desafiadoras. O cuidado a se tomar é para que o aumento da expectativa não se transforme em desmotivação e competição não saudáveis.
O mercado tem aumentado a contratação de jovens profissionais. A dificuldade de mão obra em algumas áreas é inegável e empurra as empresas a adotarem novos meios de suprir suas necessidades. Aí estão por toda parte os programas de estágio e de trainees.
O lado bom dessa tendência está no fato de que o profissional em início de carreira carrega muita energia e vontade de mostrar resultados rápidos e consistentes. Equipe motivada e com resultados é o sonho de todo gestor. Os iniciantes normalmente reagem bem a metas arrojadas, desde que enxerguem chances de crescimento e sintam ser real o reconhecimento do seu superior.
Quando uma equipe aceita toda e qualquer meta sem questionar, o gestor pode se aproveitar disso sem limites até a hora em que busca resultados acima do esperado, às vezes impossíveis. É quando o grupo tende a se desestruturar. Aparece a má competição, as cobranças e o estresse. A partir daí, o risco de esfacelamento do grupo e perda de talentos é iminente. Para que não ocorra, o gestor deve estar o mais próximo possível do dia a dia de trabalho da equipe a fim de enxergar problemas não facilmente visíveis desde a ótica do gestor.
Do lado da equipe, se há evidências concretas de que as metas estabelecidas são anormais e, consequentemente, geram impactos negativos, é importante reunir soluções em lugar de reclamações. Falem com o gestor através de análises e históricos de momentos anteriores. Não deixem de mencionar as sensações e impressões negativas que o grupo está sentindo. Contudo, há que se manter o embasamento prático e exemplos reais daquilo que estão vivenciando. Não vale discutir situações subjetivas ou utópicas.
Se o gestor for um verdadeiro líder, ele reconheçará este esforço, e se prestará a entender o que for proposto pela equipe, pois, sozinho ele não alcança resultado algum. Ele saberá que a união faz a força.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473