Para realizar grandes obras,
nós devemos não apenas agir,
nas também sonhar;
não apenas planejar,
mas também acreditar.
. ...............- Anatole France
Há uma história inspirada numa obra de Loren Eiseley. Eiseley era uma pessoa muito especial porque combinava o melhor de dois ramos da inteligência humana: ele era cientista e poeta, e sob estas duas perspectivas ele escreveu obras profundas e atraentes sobre o nosso mundo e o nosso papel dentro dele.
Era uma vez um homem muito sábio – bem parecido com o próprio Eiseley – que costumava ir à praia para escrever. Ele tinha o costume de caminhar sobre a praia antes de começar a trabalhar.
Um dia, ele estava passeando pela areia. Ao olhar mais adiante, viu um vulto humano que parecia estar dançando.
Ele sorriu ao pensar em alguém que dançasse o dia todo. Então apertou o passo para alcançá-lo. Quando chegou mais perto, viu que se tratava de um rapaz e que não estava dançando, mas se abaixando, pegando algo na areia e cuidadosamente atirando ao oceano. Quando chegou mais perto, gritou:
- Bom dia. O que você está fazendo?
O jovem parou, olhou para ele e respondeu:
- Jogando estrelas-do-mar no oceano.
Eu acho que em seguida deve ter perguntado:
- Por que está jogando estrelas-do-mar no oceano?
- O sol está a pino e a maré está baixando. Se eu não jogá-las lá, elas vão morrer.
- Mas, meu caro, você não percebe que há milhas e milhas de praia e estrelas-do-mar em todas elas? É impossível você fazer alguma diferença.
O jovem escutou atentamente. Então se curvou, pegou mais uma estrela do mar, correu, jogou-a no mar e, quando retornou, sorriu e disse:
- Fez diferença para esta aí.
Sua resposta surpreendeu o homem. Ele ficou confuso. Não sabia o que responder. E assim, ele virou as costas e voltou para casa para começar a escrever.
O dia inteiro, enquanto escrevia, a imagem do rapaz ficou em sua mente. Ele tentou ignorá-la, mas a visão persistia.
Finalmente, ao cair da noite, ele percebeu que ele – o cientista – ele – o poeta – havia deixado passar a natureza básica da atividade do jovem. Foi quando ele percebeu que o que o jovem fazia era uma opção por não apenas ser um observador no universo e vê-lo passar, pois ele optara por agir neste universo e fazer a diferença. Ele ficou envergonhado. E, naquela noite, foi se deitar preocupado.
Ao raiar da manhã, ele acordou sabendo que devia fazer alguma coisa. Então se levantou, vestiu suas roupas, foi à praia e encontrou o jovem. E junto com ele, passou toda a manhã jogando estrelas-do-mar no oceano.
Percebe o que os atos daquele jovem representa? Há, uma coisa muito especial em cada um de nós.
Todos nós fomos dotados da capacidade de fazer alguma diferença. E se pudermos, como aquele rapaz, nos conscientizar deste dom, conquistaremos, através da força de nossas visões, o poder de mudar o futuro. Este é o seu desafio. Também o meu desafio.
Cada um precisa achar a sua estrela-do-mar. E se jogarmos nossas estrelas sabiamente bem, não tenho dúvidas de que o século XXI será um "lugar maravilhoso".
Lembre-se: Uma visão sem ação não passa de um sonho. Ação sem uma visão é só um passatempo. Uma visão com ação pode mudar o mundo.