26 de jul. de 2011

CONDUTA PROFISSIONAL E BRINCADEIRAS

ABRAHAM SHAPIRO

Um palhaço triste não atrai público ao circo.

Um juiz que piadista causa dúvidas sobre suas decisões.

O que constrói o valor de um profissional? Resposta: seu conhecimento e sua coerência com aquilo que sabe. Isto será visto através de seu comportamento em qualquer ocasião.

O adolescente e o jovem se projetam na sociedade em que vivem através da alegria e da irreverência. Mas continuar escandoalosamente alegre e irreverente por toda a vida é negativo, especialmente no exercício profissional, já que toda profissão tem como fundamento a postura séria e o foco naquilo que se faz.

Tenho visto gente ocupando cargos importantes de empresas comportar-se como  criança. Gasta tempo com brincadeira, envia e abre e-mails de piada no ambiente de trabalho, ignorando o código de conduta de sua instituição.

Porém, muito mais importante do que qualquer manual de procedimento de empresa é o modo particular de agir de cada um – a maneira própria e autêntica de se conduzir que o indivíduo carrega consigo por onde for.

Pessoas com desvios de conduta mostrarão necessidade de se autoafirmarem o tempo todo. Farão tudo para atrair atenção de colegas e vizinhos. Isto é mais visível em ambientes onde os funcionários trabalham em estações abertas, em contato direto com outros.

Uma empresa resolveu este problema através de um sistema de avaliação de desempenho. Eles avaliavam o comportamento, e depois compensavam ou puniam as pessoas. A ideia pode ser boa, apesar de difícil implantação. Mas eu não abro mão do velho e eficaz método de substituir rápida e sumariamente pessoas que apresentem atitudes desequilibradas ou exageradas. A razão é simples. É que, mesmo não sendo laranjas, elas podem acabar estragando todos à sua volta. E para mim isso basta para demiti-las.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473