ABRAHAM SHAPIRO
Ao chegar àquela empresa, percebi que as pessoas pareciam inibidas demais na presença de um dos sócios. Ele era prolixo. Com voz alta e forte, gritava o tempo todo. Notei que usava expressões grosseiras demonstrando certo prazer em dizer: “Eu corto a cabeça de fulano...”, “Comigo sicrano não tem vez...”.
Dias depois, um de seus subordinados disse algo que fez-me entender exatamente o que se passava. “Senhor Shapiro, nessa empresa a autoestima dos funcionários é inversamente proporcional ao tempo de serviço. Quanto mais se trabalha aqui, menos autoestima se tem”. Eles viviam literalmente no inferno com aquele chefe.
Isto não é liderança. Isto não é gestão, nem comando. Dale Carnegie diz: “Quem quer tirar mel não chuta a colméia”.
Um gestor deve ter a capacidade de manifestar real estima pelos esforços e conquistas de seus subordinados. Isto envolve tanto o elogio quanto a repreensão. Através de uma atitude amistosa, tolerante e sincera, ele deve demonstrar sua avaliação sobre a execução das tarefas e comportamentos dos membros de sua equipe.
Em qualquer situação de advertência ou repreensão preserve a autoestima do subordinado. O objetivo de uma advertência ou elogio é o aperfeiçoamento do desempenho ou conduta, e jamais o desabafo do gestor. Nunca se deve instilar raiva ou outra emoção.
Desenvolva a capacidade de elogiar em igual proporção à de repreender. Eu aconselho que, caso você aprecia advertir, ame elogiar; e não espere um fato bombástico para fazê-lo.
Há poucos, dias vivi uma experiência interessante. Era a primeira vez que eu voava por aquela companhia aérea. Quando sentei em minha poltrona, a aeromoça falou no auto falante: “Nossa empresa tem três grandes diferenciais: nossas poltronas são mais confortáveis, o espaço entre os assentos é maior e, por respeito a você, fazemos questão de ser pontuais”. Faltavam cinco minutos para o horário da decolagem. Na hora exata registrada na passagem a aeronave começou a se movimentar. Acho que não teria observado aqueles benefícios se a aeromoça não os tivesse anunciado. Ouvi-los despertou a minha atenção.
O que as pessoas têm de positivo é como os benefícios de um produto: um facho de luz sobre eles ajudará que sejam vistos.
Conheça suficientemente as pessoas à sua volta. Saiba o que elas têm de bom. Reconheça verbalmente estes pontos. Saliente-os. Não polarize sua visão para defeitos e falhas somente.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473
Ao chegar àquela empresa, percebi que as pessoas pareciam inibidas demais na presença de um dos sócios. Ele era prolixo. Com voz alta e forte, gritava o tempo todo. Notei que usava expressões grosseiras demonstrando certo prazer em dizer: “Eu corto a cabeça de fulano...”, “Comigo sicrano não tem vez...”.
Dias depois, um de seus subordinados disse algo que fez-me entender exatamente o que se passava. “Senhor Shapiro, nessa empresa a autoestima dos funcionários é inversamente proporcional ao tempo de serviço. Quanto mais se trabalha aqui, menos autoestima se tem”. Eles viviam literalmente no inferno com aquele chefe.
Isto não é liderança. Isto não é gestão, nem comando. Dale Carnegie diz: “Quem quer tirar mel não chuta a colméia”.
Um gestor deve ter a capacidade de manifestar real estima pelos esforços e conquistas de seus subordinados. Isto envolve tanto o elogio quanto a repreensão. Através de uma atitude amistosa, tolerante e sincera, ele deve demonstrar sua avaliação sobre a execução das tarefas e comportamentos dos membros de sua equipe.
Em qualquer situação de advertência ou repreensão preserve a autoestima do subordinado. O objetivo de uma advertência ou elogio é o aperfeiçoamento do desempenho ou conduta, e jamais o desabafo do gestor. Nunca se deve instilar raiva ou outra emoção.
Desenvolva a capacidade de elogiar em igual proporção à de repreender. Eu aconselho que, caso você aprecia advertir, ame elogiar; e não espere um fato bombástico para fazê-lo.
Há poucos, dias vivi uma experiência interessante. Era a primeira vez que eu voava por aquela companhia aérea. Quando sentei em minha poltrona, a aeromoça falou no auto falante: “Nossa empresa tem três grandes diferenciais: nossas poltronas são mais confortáveis, o espaço entre os assentos é maior e, por respeito a você, fazemos questão de ser pontuais”. Faltavam cinco minutos para o horário da decolagem. Na hora exata registrada na passagem a aeronave começou a se movimentar. Acho que não teria observado aqueles benefícios se a aeromoça não os tivesse anunciado. Ouvi-los despertou a minha atenção.
O que as pessoas têm de positivo é como os benefícios de um produto: um facho de luz sobre eles ajudará que sejam vistos.
Conheça suficientemente as pessoas à sua volta. Saiba o que elas têm de bom. Reconheça verbalmente estes pontos. Saliente-os. Não polarize sua visão para defeitos e falhas somente.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473