ABRAHAM SHAPIRO
Há poucos dias, li num jornal de circulação nacional uma matéria preocupante. Dizia a repórter que a Jurerê Internacional, em Florianópolis, estado de Santa Catarina, concentra atualmente uma quantidade tão grande de pessoas de alto poder aquisitivo que existem várias classes sociais em que esses ricos se estratificam. Há inclusive os que preferem não tirar o pé dos espaços exclusivamente dedicados para a sua classe.
O que acontece por lá é um fenômeno comportamental no qual os "super-ricos" torcem nariz para a "farofa" dos "apenas ricos".
O patamar em que giram os gastos para reforçar este comportamento é estonteante. Ficar em áreas isoladas próximas da praia, com piscinas e DJs, por exemplo, pode custar até R$ 10 mil ao dia.
Os chamados "super-ricos" do balneário passam a temporada sem pôr os pés na areia e pagam R$ 1.000 só para entrar em um bar livre dos que consideram "farofeiros".
Eles são necessariamente mais ricos do que o pessoal da areia, mas desprezam a democracia à beira mar, onde entra quem quer. Apreciam gente "bonita e selecionada" que, segundo eles, só estão nos locais pagos... e muito bem pagos, diga-se.
O consumo de champanhe francês nestes lugares é um dos emblemas mais utilizados como identificação dos super ricos. Ali não se usa a bebida só por prazer ou sabor, mas até para jogar a bebida uns nos outros como prova de poder.
Como analisar isso? Há pessoas que florescem financeiramente e se firmam. Há também algumas que ganham rios de dinheiro e depois perdem tudo. Começam aproveitando uma oportunidade e, depois, deixam o bolo desandar. Elas não estavam interiormente preparadas para isso.
A maioria das pessoas simplesmente não tem capacidade interna para conquistar e manter grandes quantidades de dinheiro e para enfrentar os crescentes desafios que a fortuna e o sucesso trazem. Acontece com grande parte dos que ganham em loterias. Seja qual for o tamanho do prêmio, a maior parte desses felizardos acaba voltando ao seu estado financeiro original. Voltam a ter a quantidade de dinheiro com a qual conseguem lidar com mais facilidade.
Os verdadeiros ricos jamais terão como prioridade mostrar o que têm ou o que são. Quem faz isso, atesta sua origem pobre e, mais ainda, que tudo o que agora possui é apenas dinheiro, mas sua condição psicológica prossegue na pobreza, como sempre esteve.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473
Há poucos dias, li num jornal de circulação nacional uma matéria preocupante. Dizia a repórter que a Jurerê Internacional, em Florianópolis, estado de Santa Catarina, concentra atualmente uma quantidade tão grande de pessoas de alto poder aquisitivo que existem várias classes sociais em que esses ricos se estratificam. Há inclusive os que preferem não tirar o pé dos espaços exclusivamente dedicados para a sua classe.
O que acontece por lá é um fenômeno comportamental no qual os "super-ricos" torcem nariz para a "farofa" dos "apenas ricos".
O patamar em que giram os gastos para reforçar este comportamento é estonteante. Ficar em áreas isoladas próximas da praia, com piscinas e DJs, por exemplo, pode custar até R$ 10 mil ao dia.
Os chamados "super-ricos" do balneário passam a temporada sem pôr os pés na areia e pagam R$ 1.000 só para entrar em um bar livre dos que consideram "farofeiros".
Eles são necessariamente mais ricos do que o pessoal da areia, mas desprezam a democracia à beira mar, onde entra quem quer. Apreciam gente "bonita e selecionada" que, segundo eles, só estão nos locais pagos... e muito bem pagos, diga-se.
O consumo de champanhe francês nestes lugares é um dos emblemas mais utilizados como identificação dos super ricos. Ali não se usa a bebida só por prazer ou sabor, mas até para jogar a bebida uns nos outros como prova de poder.
Como analisar isso? Há pessoas que florescem financeiramente e se firmam. Há também algumas que ganham rios de dinheiro e depois perdem tudo. Começam aproveitando uma oportunidade e, depois, deixam o bolo desandar. Elas não estavam interiormente preparadas para isso.
A maioria das pessoas simplesmente não tem capacidade interna para conquistar e manter grandes quantidades de dinheiro e para enfrentar os crescentes desafios que a fortuna e o sucesso trazem. Acontece com grande parte dos que ganham em loterias. Seja qual for o tamanho do prêmio, a maior parte desses felizardos acaba voltando ao seu estado financeiro original. Voltam a ter a quantidade de dinheiro com a qual conseguem lidar com mais facilidade.
Os verdadeiros ricos jamais terão como prioridade mostrar o que têm ou o que são. Quem faz isso, atesta sua origem pobre e, mais ainda, que tudo o que agora possui é apenas dinheiro, mas sua condição psicológica prossegue na pobreza, como sempre esteve.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473