Uma empresa familiar costuma virar cabide de emprego de parentes. Será isto certo? A resposta não é fácil, nem simples. Há situações e situações. Não se pode generalizar. Um parente pode superar as expectativas e fazer os negócios irem além do que conseguiria seu fundador de sucesso. Outras vezes, contudo, falta aptidão, capacidade e habilidade. Os herdeiros ou familiares dilapidam o patrimônio que lhes foi deixado.
ABRAHAM SHAPIRO
Havia uma empresa tradicional, que cresceu no interior, onde as coisas estavam apertadas para o gerente de RH. Ele trabalhava demais e não conseguia atingir os resultados esperados.
Após longos processos de seleção ele via seus esforços invalidados pelos caprichos do proprietário, um chefe centralizador e sabichão, que desqualificava qualquer funcionário. Ninguém era bom para ele.
Certo dia, diante da necessidade de contratação de um novo gerente e sabendo que todas as tentativas acabariam em nada, o RH levou um determinado currículo para apreciação do patrão que não poupou as piores críticas. Declarou que o candidato não tinha perfil sequer para auxiliar de escritório da empresa, e que não aceitaria alguém com formação tão medíocre.
Neste momento, o RH declarou ao arrogante patrão que o currículo em foco era de seu filho, o diretor de vendas há três anos. Ele trocara o nome por pura necessidade de ajustar definitivamente a visão de ambos, já que todos os critérios de seleção adotados nunca atendiam às expectativas do diretor.
A verdade a ser perseguida hoje em dia é que nunca a necessidade por competências reais e “bem afiadas” foi tão crucial para a gestão dos negócios.
Um dado muito simples complementa minha breve análise. Ele é emitido pela mais conhecida e respeitada consultoria em empresas familiares do país: "As empresas familiares dominam o mundo dos negócios e são também as que concentram os maiores problemas. Pesquisa revela que 65% das falências ocorrem por conflitos entre os membros da família e 87% por inépcia dos herdeiros, e não por problemas com o mercado”.
Preciso dizer mais alguma coisa?
______________________
Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473
Havia uma empresa tradicional, que cresceu no interior, onde as coisas estavam apertadas para o gerente de RH. Ele trabalhava demais e não conseguia atingir os resultados esperados.
Após longos processos de seleção ele via seus esforços invalidados pelos caprichos do proprietário, um chefe centralizador e sabichão, que desqualificava qualquer funcionário. Ninguém era bom para ele.
Certo dia, diante da necessidade de contratação de um novo gerente e sabendo que todas as tentativas acabariam em nada, o RH levou um determinado currículo para apreciação do patrão que não poupou as piores críticas. Declarou que o candidato não tinha perfil sequer para auxiliar de escritório da empresa, e que não aceitaria alguém com formação tão medíocre.
Neste momento, o RH declarou ao arrogante patrão que o currículo em foco era de seu filho, o diretor de vendas há três anos. Ele trocara o nome por pura necessidade de ajustar definitivamente a visão de ambos, já que todos os critérios de seleção adotados nunca atendiam às expectativas do diretor.
A verdade a ser perseguida hoje em dia é que nunca a necessidade por competências reais e “bem afiadas” foi tão crucial para a gestão dos negócios.
Um dado muito simples complementa minha breve análise. Ele é emitido pela mais conhecida e respeitada consultoria em empresas familiares do país: "As empresas familiares dominam o mundo dos negócios e são também as que concentram os maiores problemas. Pesquisa revela que 65% das falências ocorrem por conflitos entre os membros da família e 87% por inépcia dos herdeiros, e não por problemas com o mercado”.
Preciso dizer mais alguma coisa?
______________________
Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473