ABRAHAM SHAPIRO
Ao gerente que me lê, vai a minha advertência. Saiba e
mantenha a consciência de que você terá de amargar momentos de afastamento da
sua equipe e conter-se quanto a falar de tudo, a toda hora. Cale-se! Espere o
momento propício tanto para abrir a sua boca quanto principalmente para estar
próximo.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473
FOLHA DE LONDRINA, 02 de Junho de 2014 - Toda gerência envolve um certo grau de solidão dentro
da organização. Eu escrevi "solidão", sim! Você não esperava? Pois
saiba que esta é só uma parcela de todo o preço que se paga por um cargo de
liderança.
A ideia apavora não só os novatos, como também alguns
veteranos que se deixam confundir com falsas ideias da administração romântica
e politizada de pessoas – coisas de RH´s mal formados em estratégia e negócios
e que precisam desesperadamente de uma teoria qualquer no que se apegar para se
manterem no cargo. E para vencer este
receio, aqueles gerentes medrosos passam a agir igual a seus subordinados.
Só que ao procederem deste modo, eles perdem o maior
atributo da gerência: o respeito dos subalternos.
O Rei Salomão aconselhou: “Arreda logo o pé da casa do
teu amigo”. Isto nos ensina que a familiaridade é mãe do desprezo, o que,
infelizmente, é a mais pura verdade.
Os subordinados desejam sentir respeito pelo chefe.
Eles querem também perceber que ele é bem informado. Quando o gerente está
excessivamente próximo de seu pessoal, ele se sente tentado a expressar sua
opinião sobre muitos assuntos fora do propósito de seu cargo.
Se os subordinados não concordarem com suas opiniões,
seu desprezo pelo julgamento do chefe nessas áreas controversas tende a se estender
até suas atitudes para com as opiniões em temas relacionados ao serviço, onde é
essencial que a opinião do superior prevaleça.
Resumindo: o desejo do gerente ser apreciado em vez de
respeitado é a raiz dos males que irão comprometer frontalmente sua liderança
amanhã e depois de amanhã.
Pesquisa feita na década de 1980 e repetida em 2012 nos
Estados Unidos e Canadá com mais de 3.500 gerentes bem sucedidos indicou que,
ao analisarem o começo de suas carreiras – antes de chegarem ao posto de
gerentes – consideravam como mais eficientes os gestores que podiam ser
descritos como: “Justo, mas firme”!
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473