9 de out. de 2013

A PERGUNTA DEFINITIVA DA SUCESSÃO NA EMPRESA FAMILIAR

ABRAHAM SHAPIRO


Uma das questões mais importantes, porém pouco discutidas, hoje, na sucessão de empresas familiares é: “Que tipo de ser humano você quer entregar para a sociedade daqui a 20 anos?”.
Estranho? Nada estranho.
Alguns dirão ser esta uma pergunta “humanista” demais. Outros, que o foco devia estar sobre a gestão ou o planejamento sob argumento de que isto é o que gera resultados. Há o terceiro grupo daqueles que pensam ser formação e experiência suficientes para garantir o futuro dos filhos. Nas três situações eu diria: “Será?”
Já se sabe que, além da capacitação dos herdeiros, a única via para se chegar à escolha acertada do protagonista que assumirá a sucessão é “ter um projeto pessoal de vida”.  E sua prática inicial está no exercício de olhar-se no espelho interior e perguntar-se com bravura e transparência: “Qual é o meu plano de vida?”
Quem não sabe decidir os rumos da própria vida não tem base para pretender fazê-lo em outras situação. Menos ainda na condução de uma organização empresarial.
Enquanto jovens sucessores buscam competências gerenciais  em MBA´s e pós-graduações, o que a realidade do dia a dia espera deles é que reflitam sobre valores e princípios antes de sair em busca de quaisquer competências. Está faltando esta orientação aos herdeiros.  
Sucessão não é questão de força ou de aparência física. Não é modelo que se importe do exterior. Não é mágica ou crendice.  Além de todos pré-requisitos, um sucessor deve ter em perspectiva real e clara os planos para si próprio. Não só talento ou tino.
O que o candidato à sucessão faz hoje com a própria vida é  predição infalível do que fará com as pessoas e com os negócios  no futuro.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473