2 de out. de 2013

AS NOVAS DINÂMICAS PARA SELEÇÃO E CONTRATAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS

ABRAHAM SHAPIRO


Contratar pessoas para um cargo na empresa é tarefa para profissionais. Fácil entender. Todo mundo é bonzinho, competente e mega-hyper-google-energizado para o que der e vier na hora da entrevista. Mas lá pelo dia no. 91 após a contratação, o fulano começa a mostrar quem realmente é... e “a quê ele veio”.
Se ele for medíocre, a segunda-feira lhe será um dia infernalmente entediante. Ele mal trabalha.
Sexta-feira?
- “Ora bolas! Ninguém é de ferro. Dar duro por quê?”, você o ouvirá dizer.  
Assim se revelam os funcionários não comprometidos das fábricas, lojas e todos os outros negócios deste país.
Para detectar comportamentos clichês dos caçadores de “empregos” que nada querem com “trabalho”, psicólogos, administradores, pedagogos e patrões já cansados, têm criado dinâmicas capazes de revelar atitudes espontâneas que se escondem debaixo da camuflagem dos espertinhos.
Uma dessas dinâmicas é curiosa. Os candidatos recebem a tarefa de, juntos,  organizar uma festa. Devem planejar, prever custos, convidar pessoas, fazer compras e realizar todos os detalhes do evento. À medida que vão desempenhando a missão, observadores os avaliam não pelas situações típicas dos processos de seleção, mas por atitudes involuntárias, naturais e por sinais não verbais de comunicação. Isso, ao final das contas, mostra quem, de fato, é a pessoa.
No supermercado, por exemplo, os candidatos são observados se bloqueiam o corredor impedindo a circulação dos outros; se tratam bem os funcionários enquanto são atendidos; se concedem prioridade para idosos e gestantes em filas; se são atenciosos quando alguém lhes solicita informações, e outras circunstâncias a ver com caráter e educação.
É comum que se busque capacitação na construção de planilhas, controle de custos e fluência em responder tecnicamente às perguntas de uma entrevista de emprego. Estes são os pressupostos que habitam as mentes de quase todo mundo. O que poucos calculam o interesse real das empresas é o de encontrar e contratar pessoas educadas, com sentimento e vivência da cidadania, que tenham valor e propósito em seu convívio social, e cujas atitudes demonstrem prioridade em fazer do mundo um lugar bom para si e para os demais.
Pense nisso. E se você estiver se preparando para a busca de uma vaga no mercado lembre-se de que é de gente de qualidade humana que qualquer empresa realmente necessita para atingir suas metas e estratégias.

Clique AQUI e conheça 3 dinâmicas interessantes adotadas pela Heineken
que me foram enviadas pelo meu amigo e jornalista Gelson Negrão.

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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473