ABRAHAM SHAPIRO
Contam que duas nações estavam em guerra. Um dos reis disse a seu povo que àquele que lhe apresentasse uma proposta de paz convincente para ser oferecida ao inimigo seria dada a oportunidade de entrar por cinco minutos na sala do tesouro do palácio, e poderia levar tudo o que conseguisse juntar.
Ao saber disso, o povo enviou propostas. Depois de analisá-las, o rei e seus generais optaram pelo plano de um cidadão que tinha experiência em estratégia, porém sua situação econômica não era boa.
Quando o homem soube que teria a grande oportunidade de tornar-se milionário, comprou as melhores roupas para sua família utilizando-se de crédito, pois os comerciantes sabiam de sua condição potencial e que em poucos dias pagaria suas dívidas.
A guerra acabou e agora o rei se viu diante de um dilema. Por um lado estava arrependido da promessa. Por outro, não podia faltar com a sua palavra. Chamou seus conselheiros e, buscando uma solução, pediu uma idéia que salvasse parte de seu tesouro.
Um deles, conhecendo o homem que havia vencido, sabia que ele era apaixonado por música. Aconselhou o rei a que trouxesse uma grande orquestra para tocar por todo o tempo da visita à sala do tesouro. Isso desviaria a atenção do estrategista e assim pegaria menos ouro. O rei ficou satisfeito com a idéia e ordenou que assim fizessem.
O dia tão esperado chegou. O cidadão acompanhado de sua família dirigiu-se ao palácio e se apresentou diante do rei. Após uma curta conversa, o monarca ordenou a dois soldados que indicassem o local da sala do tesouro real. Parado frente à porta, o homem pensava como juntar a maior quantidade de ouro e jóias em cinco minutos.
A porta foi aberta, e ele correu para dentro. Nesse instante, começou a escutar as melodias que mais gostava. Ficou surpreso com a sonoridade da orquestra bem à frente de seus olhos e, fascinado, viu que alguns segundos se passaram. Ele pensou: “Não não vim aqui para isto!”. Quando se moveu em direção ao tesouro, juntaram-se à execução novos instrumentos e cantores que lhe encantaram ainda mais.
Compenetrado novamente na melodia, o homem pensava que o tempo estava passando e precisava juntar ouro suficiente para fazer-se rico. De repente, sentiu uma mão que pegou-o pelo braço e lhe disse: “Tempo esgotado”. Os cinco minutos tinham passado.
Pobre e infeliz, o homem saiu da sala do tesouro exatamente como havia ingressado: com as mãos vazias.
Esta história é útil. Aplica-se a todas as situações da vida. Maior, porém, é a questão: “Qual o propósito de se estar aqui?” Para quem responder “nenhum”, o trabalho, as gerações, o sustento, o que se pensa, o que se fala e o que se faz, não fazem qualquer diferença... um motivo para bem investir o tempo inexiste.... e junto, nada, na verdade, importa.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473
Contam que duas nações estavam em guerra. Um dos reis disse a seu povo que àquele que lhe apresentasse uma proposta de paz convincente para ser oferecida ao inimigo seria dada a oportunidade de entrar por cinco minutos na sala do tesouro do palácio, e poderia levar tudo o que conseguisse juntar.
Ao saber disso, o povo enviou propostas. Depois de analisá-las, o rei e seus generais optaram pelo plano de um cidadão que tinha experiência em estratégia, porém sua situação econômica não era boa.
Quando o homem soube que teria a grande oportunidade de tornar-se milionário, comprou as melhores roupas para sua família utilizando-se de crédito, pois os comerciantes sabiam de sua condição potencial e que em poucos dias pagaria suas dívidas.
A guerra acabou e agora o rei se viu diante de um dilema. Por um lado estava arrependido da promessa. Por outro, não podia faltar com a sua palavra. Chamou seus conselheiros e, buscando uma solução, pediu uma idéia que salvasse parte de seu tesouro.
Um deles, conhecendo o homem que havia vencido, sabia que ele era apaixonado por música. Aconselhou o rei a que trouxesse uma grande orquestra para tocar por todo o tempo da visita à sala do tesouro. Isso desviaria a atenção do estrategista e assim pegaria menos ouro. O rei ficou satisfeito com a idéia e ordenou que assim fizessem.
O dia tão esperado chegou. O cidadão acompanhado de sua família dirigiu-se ao palácio e se apresentou diante do rei. Após uma curta conversa, o monarca ordenou a dois soldados que indicassem o local da sala do tesouro real. Parado frente à porta, o homem pensava como juntar a maior quantidade de ouro e jóias em cinco minutos.
A porta foi aberta, e ele correu para dentro. Nesse instante, começou a escutar as melodias que mais gostava. Ficou surpreso com a sonoridade da orquestra bem à frente de seus olhos e, fascinado, viu que alguns segundos se passaram. Ele pensou: “Não não vim aqui para isto!”. Quando se moveu em direção ao tesouro, juntaram-se à execução novos instrumentos e cantores que lhe encantaram ainda mais.
Compenetrado novamente na melodia, o homem pensava que o tempo estava passando e precisava juntar ouro suficiente para fazer-se rico. De repente, sentiu uma mão que pegou-o pelo braço e lhe disse: “Tempo esgotado”. Os cinco minutos tinham passado.
Pobre e infeliz, o homem saiu da sala do tesouro exatamente como havia ingressado: com as mãos vazias.
Esta história é útil. Aplica-se a todas as situações da vida. Maior, porém, é a questão: “Qual o propósito de se estar aqui?” Para quem responder “nenhum”, o trabalho, as gerações, o sustento, o que se pensa, o que se fala e o que se faz, não fazem qualquer diferença... um motivo para bem investir o tempo inexiste.... e junto, nada, na verdade, importa.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473