28 de jun. de 2010

DESCARTAR CLIENTES

ABRAHAM SHAPIRO

Um cliente problemático pode custar muito dinheiro à empresa. Descartá-lo, no entanto, sem mais nem menos, talvez não seja a melhor saída para remediar o problema.

Descartar clientes pode ter impacto negativo sobre uma série de públicos — incluindo funcionários e a clientela restante, que podem se perguntar se serão os próximos. Em acréscimo, sempre há o perigo de conseqüências legais e éticas que feririam a imagem da empresa.

Nesses tempos de aumento de demanda, as empresas em geral veem-se diante da contingência de vender, vender e vender. Não se preocupam com qualidade, nem com prazos de entrega e muito menos com serviços. Usam argumentos persuasivos para realizar a venda e vencer a concorrência, mas na hora de cumprir o contrato moral, salve-se quem puder.

Os gerentes começam a ver seus problemas se multiplicando, perdem o controle da gestão, e as crises internas se avolumam. O cenário que segue a isto é catastrófico. Eles apertam o botão do “dane-se” no painel de controle, e a partir daí quem paga o pato é o cliente

Empresa nenhuma pode se dar ao luxo de desperdiçar sua base de clientes. As conseqüências estratégicas são sérias demais.

No final, essa decisão pode acabar com investimentos de longos anos.

Abandonar o cliente que custa dinheiro não é a saída em hipótese alguma. Aliás, melhor seria não ampliar tanto a produção e as vendas a fim de atender comedida e satisfatoriamente o cliente, do que mirar na ampliação de mercado quando os riscos de perda são altos.

Portanto, faça tudo pela qualidade. Faça o que for possível para manter sua base de clientes e cumprir com os seus acordos e contratos. Isso é tudo de mais valioso que sua empresa possui.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473