ABRAHAM SHAPIRO
Pare tudo! Investir na seleção de
empregados. Defina parâmetros de perfil correto, salário, condições corretas de
início e perspectivas atrativas de evolução na carreira. Depois, confie o
processo de seleção a quem sabe fazê-lo com domínio. O turn over irá baixar e você saberá, enfim, que reter talentos não é
um mito!
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473
“Nossos pilotos voam à frente de
nossos aviões” declarou o diretor de uma companhia aérea numa entrevista. Ele
quis dizer que sua empresa busca profissionais proativos.
Por que as empresas não têm
funcionários proativos? Pela mesma razão porque também não têm funcionários comprometidos
com o negócio em que atuam. Mas elas não investem seriamente em processos de
seleção. Contratam pessoas que dão a
impressão de que atendem às exigências da posição que irão ocupar. Porém, não confirmam
se estas pessoas têm ou não as qualificações.
É quase sempre a regra. Não a exceção.
Na hora de contratar um profissional
é normal as empresas prenderem-se apenas ao salário e custos trabalhistas, e se
esquecem de computar as perdas que a ausência de competências no perfil deste
recém contratado causará. Em geral, elas
têm maior cuidado e atenção na compra de uma máquina do que na seleção de
funcionários.
Depender exclusivamente de uma
entrevista para a contratação é um risco enorme. A entrevista é importante. Mas não é tudo. A primeira
pergunta é: quem as realiza na sua empresa? É pessoa com suficiente habilidade?
Sabe julgar a profundidade de experiência dos candidatos ou a extensão de suas
capacidades numa entrevista que dura, em média, de 20 a 30 minutos? Os fatos
obtidos do candidato são essenciais? Ou são quase sempre não concludentes e a
contratação acaba acontecendo por falta de profissionais?
Mas talvez você diga: “Na minha
empresa fazemos uma bateria de testes!” E eu me rio. Saiba que há homens e
mulheres que se saem excelentemente bem em testes e são um fracasso total no
cargo. E vice-versa. Além disso, com uma simples pesquisa no Google, qualquer idiota
aprende a resolver todos os testes. Não estou dizendo que os testes devam ser
eliminados. Mas decidir pela contratação de um novo funcionário apenas por ele ter-se
saído bem em testes é fraco, grosseiro e arriscado. Parece mais um desencargo
de consciência.
Um recrutador e selecionador de
pessoas tem de ter profissionalismo, prática e acima de tudo responsabilidade
sobre suas conclusões. Por estas razões, eu fico mesmo com uma boa entrevista:
profissional, eficiente e feita por alguém com esta bagagem.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473