8 de mai. de 2014

A RELAÇÃO ENTRE POSTURA E EFICIÊNCIA DE GERENTES

ABRAHAM SHAPIRO

- O que fazer. 
- Como fazer. 
- Padrão de desempenho. 
Estes são os pontos imprescindíveis na descrição de toda profissão.
Um gerente de qualquer nível – coordenador, encarregado, supervisor etc – tem para si um dever a mais: conhecer a postura e os comportamentos que são esperados dele em sua função. Poucos se lembram disso, hoje. Pensam e veem apenas resultados financeiros. Esquecem-se de atributos como:  dar total atenção ao ouvir, ser cooperativo, orientar e acompanhar seus subordinados e outros atributos que validam o papel de gestor sem deixar qualquer dúvida.
Um gerente que não comporta-se adequadamente levantará suspeitas sobre sua real eficiência e não será reconhecido, nem admirado. Sua posição hierárquica, de antemão, inspira que ele seja um exemplo aos demais. Se assim não for, ficará a dever.
No entanto, há uma vantagem que se esconde por trás de posturas e comportamentos. Podem ser aprendidos, treinados e incorporados aos hábitos. Quem não os possui, que os adquira. Ou desocupe o espaço para quem os tenha e os execute!
Outro dia estive conduzindo uma reunião gerencial. Fiquei incomodado com um gerente que esteve o tempo todo em seu laptop. Ele digitava, e não desviava os olhos da tela. O conteúdo que discutíamos era da alta necessidade de todos. Mas ele não estava “conectado” no tema e sim em algum  planeta do cosmo.
Procurei saber se redigia a ata da reunião. Não era isso. Eu soube mais tarde que ele não tem sido eficiente. Há uma correlação entre postura e eficiência. Uma leva a outra. Na próxima reunião levarei um botom especial para esse tipo de gente. Talvez estampe: "Cuidado! Educação precária!"
Botom para gerentes desajustados
à postura gerencial

Outro cenário. Fui a uma feira semana passada. Vi gerentes de negócios de empresas importantes dizendo piadas em voz alta e fazendo brincadeiras maliciosas com moças, suas colegas de trabalho.  Nada é mais dissonante com a função de gerente! Não se tratava de humor inteligente ou sutil, mas de malícia e vulgaridade. Numa feira de negócios!  Se o gerente é irresponsável a tal ponto, como não serão os negócios da empresa?
Exageros no comportamento denotam desequilíbrio e fraqueza. Ligue-se nisso
Num mundo de diferenciais, adjetivos positivos é o que todos buscam.
Número de negócios ou lucratividade são parâmetros de medida parciais. O complemento está na competência e liderança. E isto se vê pelos detalhes mínimos ou quase invisíveis. 
Profissional ótimo, de fato, é, no mínimo, bom em tudo o que faz. Ele jamais terá de se desculpar por não fazer o que dele se espera!
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473