26 de mai. de 2014

AS SETE DESCULPAS CLÁSSICAS DOS FRACASSADOS

ABRAHAM SHAPIRO

FOLHA DE LONDRINA, 26 de Maio de 2014 - Faz parte da natureza humana dar desculpas. Comprar por impulso e comer demais também. Bom que exista a educação para ajudar o homem a elevar-se de sua grosseria ao refinamento, do egoísmo ao altruísmo.
Pena que, hoje em dia, poucos estão realmente preocupados com educação. Por isso, dar uma desculpinha para não ir à palestra, para não ler o livro, chegar atrasado ao trabalho ou não concluir o relatório que já devia estar na mesa do chefe são comportamentos frequentes e comuns.
Você sabia que há estudos importantes sobre a relação entre as desculpas e a decadência das empresas? E de pessoas também.
Quando o ser humano confia em desculpas, ele lança no lixo seu potencial inato para o desenvolvimento e superação de desafios. Com a inteligência e força que  tem, ao optar pela preguiça e desistência de lutar, ele declara-se derrotado por antecipação. 
Quero dizer que, ao nos sentimos fracos ou incompetentes, surgem as desculpas como saída honrosa. O primeiro ímpeto de usá-las é para manter a nossa imagem diante dos outros. Mas também  por preguiça de enfrentar o problema. Tolice! Estamos mais preocupados com o que os outros irão pensar do que em investir  energia para melhorar o que nos fará superiores. A má notícia é que os outros já sabem quem somos, e não se enganam. Nós é que nos enganamos. Mas que vantagem há em enganar um  tolo?
Como consultor, juntei as sete desculpas mais comuns dadas pelos fracassados . Você as ouvirá de gerentes e diretores de empresas a caminho da derrota, mas que ainda não admitiram isso. Eles as usarão para não implementar uma boa ideia, um plano de ação ou uma tática que podia, absolutamente, salvá-los da banca rota. Entre parênteses, menciono o que realmente penso de cada assertiva. Vamos a elas:
1.      Nunca fizemos isto deste modo. (E nem querem tentar!)
2.      Nossa empresa ainda não está pronta para isso. (Nunca está pronta para nada!)
3.      Estamos indo muito bem sem isto. Por que investir energia e dinheiro agora? (Eles gastam fortunas sem retorno. Mas hoje, querem parecer profissionais. Pena! Em breve começarão a se arrepender de cada centavo gasto em platitudes.)
4.      Já tentamos uma vez, e não funcionou. (Será que fizeram certo? O que explica a situação em que se encontram agora?)
5.      Custa muito caro.  (O que é caro? Defina, por favor. Estes aí não sabem sequer a diferença entre despesas e custos. Falam “abobrinhas”!)
6.      Isto não é da nossa responsabilidade. (Todo irresponsável diz que o necessário a ser feito não é de sua responsabilidade!)
7.      Já vi que isto não irá funcionar. (Este aí mal vê seu próprio nariz, mas pensa ser um visionário!)
Eu sei que você não faz parte dessa lista. E desejo que jamais  faça. Mas caso queira refletir, um bom começo é a  frase: “Quando o fulano não sabe dançar, diz que o chão está torto!”.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473