ABRAHAM SHAPIRO
Eu sei que você não faz parte dessa
lista. E desejo que jamais faça. Mas
caso queira refletir, um bom começo é a
frase: “Quando o fulano não sabe dançar, diz que o chão está torto!”.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473
FOLHA DE LONDRINA, 26 de Maio de 2014 - Faz parte da natureza humana dar
desculpas. Comprar por impulso e comer demais também. Bom que exista a educação
para ajudar o homem a elevar-se de sua grosseria ao refinamento, do egoísmo ao
altruísmo.
Pena que, hoje em dia, poucos estão
realmente preocupados com educação. Por isso, dar uma desculpinha para não ir à
palestra, para não ler o livro, chegar atrasado ao trabalho ou não concluir o
relatório que já devia estar na mesa do chefe são comportamentos frequentes e
comuns.
Você sabia que há estudos
importantes sobre a relação entre as desculpas e a decadência das empresas? E
de pessoas também.
Quando o ser humano confia em
desculpas, ele lança no lixo seu potencial inato para o desenvolvimento e superação
de desafios. Com a inteligência e força que
tem, ao optar pela preguiça e desistência de lutar, ele declara-se
derrotado por antecipação.
Quero dizer que, ao nos sentimos
fracos ou incompetentes, surgem as desculpas como saída honrosa. O primeiro
ímpeto de usá-las é para manter a nossa imagem diante dos outros. Mas
também por preguiça de enfrentar o
problema. Tolice! Estamos mais preocupados com o que os outros irão pensar do
que em investir energia para melhorar o
que nos fará superiores. A má notícia é que os outros já sabem quem somos, e
não se enganam. Nós é que nos enganamos. Mas que vantagem há em enganar um tolo?
Como consultor, juntei as sete
desculpas mais comuns dadas pelos fracassados . Você as ouvirá de gerentes e
diretores de empresas a caminho da derrota, mas que ainda não admitiram isso.
Eles as usarão para não implementar uma boa ideia, um plano de ação ou uma
tática que podia, absolutamente, salvá-los da banca rota. Entre parênteses,
menciono o que realmente penso de cada assertiva. Vamos a elas:
1. Nunca fizemos isto deste modo. (E nem
querem tentar!)
2. Nossa empresa ainda não está pronta para
isso. (Nunca está pronta para nada!)
3. Estamos indo muito bem sem isto. Por que
investir energia e dinheiro agora? (Eles gastam fortunas sem retorno. Mas hoje,
querem parecer profissionais. Pena! Em breve começarão a se arrepender de cada
centavo gasto em platitudes.)
4. Já tentamos uma vez, e não funcionou.
(Será que fizeram certo? O que explica a situação em que se encontram agora?)
5. Custa muito caro. (O que é caro? Defina, por favor. Estes aí
não sabem sequer a diferença entre despesas e custos. Falam “abobrinhas”!)
6. Isto não é da nossa responsabilidade.
(Todo irresponsável diz que o necessário a ser feito não é de sua
responsabilidade!)
7. Já vi que isto não irá funcionar. (Este
aí mal vê seu próprio nariz, mas pensa ser um visionário!)
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473