8 de abr. de 2014

PORCO OU GALINHA, O QUE IMPORTA É POUPAR

ABRAHAM SHAPIRO

Muitas crianças têm ou já tiveram um cofre em formato de porquinho. Qual é a razão de ser um porco, e não um gato, cachorro ou galo?
Uma das explicações conta que na Inglaterra medieval as pessoas utilizavam jarros feitos de um tipo especial de argila que, em inglês, era chamada de “Pygg”. Nesses vasos elas também guardavam as moedas que poupavam. O som da palavra PYGG foi aos poucos se aproximando de PIG, que significa porco.
Não demorou para que um esperto empreendedor tivesse a ideia de criar um porquinho feito daquela argila, o que acabou se estendendo ao resto do mundo, já que os ingleses quase foram donos do globo terrestre.
Outra história conta que a invenção do cofre de porquinho é atribuída a um engenheiro francês do século XVII. Ele criava de suínos, e calculou que em dez anos uma porca tem a capacidade de produzir milhares de filhotes. Daí concluiu que um porquinho seria a ideia figurativa ótima de incentivo para as pessoas economizarem dinheiro.
No entanto, não se pode ignorar o fato de que os primeiros banqueiros da Europa foram Judeus. A religião Judaica proíbe a ingestão da carne de porco. Os vários governos interessados em perseguir os Judeus induziam as populações ao ódio gratuito contra eles. Um dos itens utilizados nesta ideologia foi o cofre doméstico em formato de porco.  E não faz tanto tempo que isso aconteceu. Na Alemanha nazista dos anos 1930 foi assim. Os admiradores de Hitler tinham cofres em formato de porco. Eles atribuíam a culpa da desgraçada economia alemã aos judeus e nutriam a superstição de que, difundindo um porquinho em formato de cofre, afastariam os israelitas do dinheiro alemão.
Tudo bem! A história virou o jogo contra os nazistas – graças a D-us –, os ingleses não foram donos do mundo, e o porquinho é a ideia que quase todo mundo faz de um cofre que se preze.
Se você tem um cofre de porquinho em casa, isso é bom. Só não se esqueça de que o importante não é ter um cofre, e tampouco seu formato, mas antes e acima de tudo: poupar.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473