ABRAHAM SHAPIRO
Para fechar, farei menção de um
pensamento do saudoso jornalista Joelmir Beting: “Em economia, é fácil explicar
o passado. Mais fácil ainda é predizer o futuro. Difícil mesmo é entender o
presente".
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473
Conta
a lenda que um físico, um químico e um economista naufragaram no mar. Chegam a
uma ilha deserta onde encontram centenas de latas de atum. Porém, nada há por
perto com que possam abri-las. Os três famintos começam a discutir o que fazer.
O
físico propõe: “Vamos pegar uma pedra e golpear a lata no ângulo correto. Ela
se abrirá”.
O
químico diz: “Isso exige cálculo demais. Vamos pôr as latas na água salgada. O
metal se oxida e podemos abri-las facilmente”.
O
economista, por sua vez, conclui: “Parem de confusão, senhores! Basta supor que
temos um abridor de latas, e o problema estará resolvido!”.
Eu evito comentar cenários
econômicos. Primeiro, porque não os entendo bem. Segundo, porque os economistas
também não os entendem bem.
Um cenário econômico em si tem
pouquíssimos ou nenhum elemento passível de análise racional. John Kenneth
Galbraith, de Harvard, disse em um de seus famosos artigos: “A única função das
previsões econômicas é fazer a astrologia parecer respeitável”.
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Nostradamus |
Eu me recordo que, no início da
crise americana de 2008, uma revista publicou o seguinte: “Nostradamus dizia ver o futuro numa bacia de água. Os modelos
econômicos são mais complexos que alguns litros de água numa bacia. O problema
é que, por mais sofisticados que sejam, eles não permitem antever as mudanças
que as decisões de bilhões de pessoas podem causar à economia”.
A conclusão é que o comportamento
das pessoas não é racional o tempo todo. Qualquer análise de cenário econômico,
portanto, terá mais de suposição do que de realidade.
Dizem que outra crise está chegando
por aí. Tudo o que penso a respeito é que os nossos avós novamente tinham razão.
Dinheiro vivo é tão importante para a empresa quanto oxigênio para o sangue. A
quem posso aconselhar, digo: “Em 2014, 2015, 2016... continue cortando despesas
não essenciais e garanta o andamento das atividades lucrativas da sua empresa.
Corte gordura e não músculos”. E acrescento: “Não seja tolo de cortar investimentos
em propaganda e marketing. Só se você precisar diminuir as vendas”.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473