14 de fev. de 2012

O BÁSICO SOBRE CONFLITOS NA EMPRESA

ABRAHAM SHAPIRO

Conflitos são uma constante em quase todas as empresas. Mais em umas, menos em outras. Os motivos são diversos.
Cabe ao gestor contornar muitas – senão a maioria – dessas situações. Uma equipe de trabalho que esteja em conflito traz consequências ruins para a empresa. Pode até prejudicar a imagem das pessoas e da própria administração.
Será possível isolar todas as possibilidades de atritos pessoais? É claro que não.  Mas a esta não é a pergunta correta. A questão é: “Os gestores são capacitados para identificar rapidamente o que há de errado entre funcionários da equipe e agir da forma correta?” Isso depende do quão treinados são.
Se você é gestor, primeiro, conheça a sua equipe. Depois, busque conhecimento sobre como intermediar situações. Livros ajudam.
Converse com as pessoas. Mostre-se aberto – isto gera confiança. Mas o pré-requisito disso é saber ouvir. Se você os ouve, eles se sentem seguros. A equipe sentirá clima propício para revelar seus problemas.
As crises sempre  têm duas raízes: a raiz pessoal – como: questões familiares, conjugais, doença ou dívidas –, ou a raiz profissional – como: o não alcance de metas, incompatibilidade de gênio entre empregados, falta de alinhamento entre o colaborador e a função etc.
Tomemos os problemas de não atingir metas, por exemplo. Você pode resolvê-los reunindo a equipe, expondo a situação, e buscando uma solução em grupo, um consenso, sem jamais expôr o funcionário problemático.  
Agora...  se existe uma briga por inveja, ciúme, ou outro sentimento pessoal entre funcionários, o gestor deve tratá-la em particular e, se necessário, punir os infratores. Se o problema persistir, ele deve tomar medidas mais severas.
Questões familiares são complexas. O gestor deve se mostrar disposto a conversar e ser solidário, porém, evitando envolver-se. Quando for preciso, adiante uma parte das férias ou conceda uma folga para que a pessoa resolva suas dificuldades.


Acostume-se a dar feedback sobre o desempenho de cada colaborador da sua equipe. Eles ficarão menos ansiosos e mais voltados às metas quando souberem de que forma estão contribuindo para o sucesso da empresa.
Como você vê,  resolver conflitos corporativos depende de atitudes tão antigas e presentes quanto a sabedoria do Rei Salomão ao dizer: “Falar é prata, mas ouvir é ouro”.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473