ABRAHAM SHAPIRO
Há várias maneiras de reconhecer o trabalho das pessoas. Pode-se pagar um salário melhor. Pode-se promovê-las a um novo cargo. De todas as alternativas, devemos optar por aquela que preserve a autoestima do funcionário. Isto é o que determina se ele prosseguirá como um potencial vencedor ou um derrotado dali para frente.
O que determina a autoestima? A psicologia diz que são, principalmente, os reforços recebidos quando o indivíduo age. “Reforço” é uma expressão técnica que significa, basicamente, qualquer tipo de atenção que se dá a uma pessoa durante ou após sua ação.
Se ao agir alguém a quem você considera lhe disser espontaneamente “Você agiu bem”, este é um reforço positivo. Será um incentivo a que você aja mais vezes desta maneira. Se ele disser: “Você fez mal!”, poderá ser um reforço negativo. Da próxima vez, você certamente terá algum receio ao atuar daquele modo. Existe uma terceira possibilidade: ele ficar indiferente. Este é o caso do “reforço zero” – geralmente a pior situação de todas.
A autoestima é a consequência do “saldo dos reforços e reconhecimentos” que acumulamos internamente. É mais ou menos como uma conta bancária que criamos no cérebro.
Podemos dar e receber reforços positivos de muitas formas. Importante é entender que quando temos nossas necessidades básicas atendidas – alimentação, roupas, saúde e segurança –, passamos a ficar preocupados com a nossa autorealização. Consequentemente, desejamos mais intensamente que a vida tenha um objetivo e significado. Queremos nos sentir importantes. Se encontrarmos reconhecimento no trabalho, por exemplo, saberemos que somos importantes e fazemos diferença naquele contexto.
Por outro lado, pessoas que recebem poucos reforços buscam maneiras esquisitas e complicadas de consegui-los. Elas poderão desejar uma casa mais rica, um automóvel de luxo, ou se entregarem à bebida, a trabalho em excesso ou às drogas, em certas situações. Outras, farão ataques e exigências aparentemente descabidas aos seus próximos, com o objetivo de atrair sua atenção e cuidado de que ressentem. Elas o fazem por que necessitam apresentar “provas” aos demais de que estão “bem” ou de que são capazes de atrair a atenção para si.
Compreendendo estes comportamentos podemos criar um ambiente de trabalho onde se evite a situação crítica de “reforço zero” – típica de empresas em que os funcionários fazem excelentes ou péssimos trabalhos e não sentem repercussão alguma. E o pior de todas as situações é quando chega o fim do ano e o chefe idiota acha que trazendo um palhaço para dar uma palestra de motivação irá deixar sua equipe motivada e resolvida.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473
Há várias maneiras de reconhecer o trabalho das pessoas. Pode-se pagar um salário melhor. Pode-se promovê-las a um novo cargo. De todas as alternativas, devemos optar por aquela que preserve a autoestima do funcionário. Isto é o que determina se ele prosseguirá como um potencial vencedor ou um derrotado dali para frente.
O que determina a autoestima? A psicologia diz que são, principalmente, os reforços recebidos quando o indivíduo age. “Reforço” é uma expressão técnica que significa, basicamente, qualquer tipo de atenção que se dá a uma pessoa durante ou após sua ação.
Se ao agir alguém a quem você considera lhe disser espontaneamente “Você agiu bem”, este é um reforço positivo. Será um incentivo a que você aja mais vezes desta maneira. Se ele disser: “Você fez mal!”, poderá ser um reforço negativo. Da próxima vez, você certamente terá algum receio ao atuar daquele modo. Existe uma terceira possibilidade: ele ficar indiferente. Este é o caso do “reforço zero” – geralmente a pior situação de todas.
A autoestima é a consequência do “saldo dos reforços e reconhecimentos” que acumulamos internamente. É mais ou menos como uma conta bancária que criamos no cérebro.
Podemos dar e receber reforços positivos de muitas formas. Importante é entender que quando temos nossas necessidades básicas atendidas – alimentação, roupas, saúde e segurança –, passamos a ficar preocupados com a nossa autorealização. Consequentemente, desejamos mais intensamente que a vida tenha um objetivo e significado. Queremos nos sentir importantes. Se encontrarmos reconhecimento no trabalho, por exemplo, saberemos que somos importantes e fazemos diferença naquele contexto.
Por outro lado, pessoas que recebem poucos reforços buscam maneiras esquisitas e complicadas de consegui-los. Elas poderão desejar uma casa mais rica, um automóvel de luxo, ou se entregarem à bebida, a trabalho em excesso ou às drogas, em certas situações. Outras, farão ataques e exigências aparentemente descabidas aos seus próximos, com o objetivo de atrair sua atenção e cuidado de que ressentem. Elas o fazem por que necessitam apresentar “provas” aos demais de que estão “bem” ou de que são capazes de atrair a atenção para si.
Compreendendo estes comportamentos podemos criar um ambiente de trabalho onde se evite a situação crítica de “reforço zero” – típica de empresas em que os funcionários fazem excelentes ou péssimos trabalhos e não sentem repercussão alguma. E o pior de todas as situações é quando chega o fim do ano e o chefe idiota acha que trazendo um palhaço para dar uma palestra de motivação irá deixar sua equipe motivada e resolvida.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473