ABRAHAM SHAPIRO
Célebre e antiga é a pergunta: “Como o gerente deve aproveitar o potencial de sua equipe?”
Já vi muitas situações. Fracassos demais. Pouquíssimos sucessos. Hoje, eu respondo: "Depende antes de tudo da personalidade do gerente, sem nenhuma dúvida".
Conheci um que não suportava a pressão dos superiores. Ele era religioso fanático, e achava que tudo o que acontecia tinha um motivo relacionado à sua fé. Ou era castigo ou recompensa. Tão logo lhe exigissem algo com maior severidade, ele via-se punido, sua saúde ficava debilitada, ele se prostrava, e parecia um zumbi. A equipe, confusa e perdida, tornava-se lenta e enfraquecida. Os poucos resultados razoáveis de antes, desapareciam a partir de então e a empresa mergulhava numa crise.
Outro caso emblemático de fracasso foi o de um gerente que dirigia uma pequena equipe. Ele somava mediano sucesso e desenvolveu ótima visão dos produtos e serviços da empresa.
Certo dia, a direção promoveu-o a diretor. Entrou em cena a Lei de Peter - aquela que reza sobre o que ocorre na maioria das promoções: o colaborador deixa para trás um cargo em que é amplamente competente para assumir outro em que é totalmente incompetente. Como a lei já é conhecida, existe um remédio para aquilo que ela preconiza. Qualquer promovido só terá sucesso se - e somente se - reunir agilidade, amor a mudanças e disciplina.
O nosso amigo não tinha nada disso, nem estava disposto a adquirir. Talvez pensasse que o fato de ser diretor bastava para tornar-se eficiente e eficaz. Bobagem tola. Na hora H, ele não correspondia a qualquer expectativa. Suas reações eram estranhíssimas, para não dizer patológicas. Quando, por exemplo, um subordinado lhe trazia uma dúvida, levava um “esfrega” tão grotesco dele, que saia de sua presença mais confuso e aborrecido do que chegara. Foi simplesmente trágica a dita promoção. Ele acabou “fritado” por sua equipe, que boicotou resultados e o humilhou diante de outros diretores. Acabou fora da órbita e do espírito corporativo, e hoje desempenha um papel mais voltado às relações institucionais.
Reflitamos, portanto. Para quê serve um verdadeiro líder senão para fazer as pessoas funcionarem em seu pleno potencial? Mas isto exige preparo! E não se consegue através de um cursinho de liderança com duração de algumas semanas. Para quem não tem experiência, a prescrição é o acompanhamento no trabalho através de um profissional consultor gabaritado, ou por meio de outro diretor que preste esta assessoria. Cada caso é diferente dos demais, e exige análise.
Se isso está acontecendo com você ou com alguém em sua empresa, conheça os serviços de coaching ou a orientação a executivos oferecidos por consultorias idôneas. É um “santo remédio” para as mais variadas situações de aproveitamento ou recuperação de talentos. Pode ser amargo em algumas situações, mas todo mundo sabe que remédios amargos são os que quase sempre resolvem.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473
Célebre e antiga é a pergunta: “Como o gerente deve aproveitar o potencial de sua equipe?”
Já vi muitas situações. Fracassos demais. Pouquíssimos sucessos. Hoje, eu respondo: "Depende antes de tudo da personalidade do gerente, sem nenhuma dúvida".
Conheci um que não suportava a pressão dos superiores. Ele era religioso fanático, e achava que tudo o que acontecia tinha um motivo relacionado à sua fé. Ou era castigo ou recompensa. Tão logo lhe exigissem algo com maior severidade, ele via-se punido, sua saúde ficava debilitada, ele se prostrava, e parecia um zumbi. A equipe, confusa e perdida, tornava-se lenta e enfraquecida. Os poucos resultados razoáveis de antes, desapareciam a partir de então e a empresa mergulhava numa crise.
Outro caso emblemático de fracasso foi o de um gerente que dirigia uma pequena equipe. Ele somava mediano sucesso e desenvolveu ótima visão dos produtos e serviços da empresa.
Certo dia, a direção promoveu-o a diretor. Entrou em cena a Lei de Peter - aquela que reza sobre o que ocorre na maioria das promoções: o colaborador deixa para trás um cargo em que é amplamente competente para assumir outro em que é totalmente incompetente. Como a lei já é conhecida, existe um remédio para aquilo que ela preconiza. Qualquer promovido só terá sucesso se - e somente se - reunir agilidade, amor a mudanças e disciplina.
O nosso amigo não tinha nada disso, nem estava disposto a adquirir. Talvez pensasse que o fato de ser diretor bastava para tornar-se eficiente e eficaz. Bobagem tola. Na hora H, ele não correspondia a qualquer expectativa. Suas reações eram estranhíssimas, para não dizer patológicas. Quando, por exemplo, um subordinado lhe trazia uma dúvida, levava um “esfrega” tão grotesco dele, que saia de sua presença mais confuso e aborrecido do que chegara. Foi simplesmente trágica a dita promoção. Ele acabou “fritado” por sua equipe, que boicotou resultados e o humilhou diante de outros diretores. Acabou fora da órbita e do espírito corporativo, e hoje desempenha um papel mais voltado às relações institucionais.
Reflitamos, portanto. Para quê serve um verdadeiro líder senão para fazer as pessoas funcionarem em seu pleno potencial? Mas isto exige preparo! E não se consegue através de um cursinho de liderança com duração de algumas semanas. Para quem não tem experiência, a prescrição é o acompanhamento no trabalho através de um profissional consultor gabaritado, ou por meio de outro diretor que preste esta assessoria. Cada caso é diferente dos demais, e exige análise.
Se isso está acontecendo com você ou com alguém em sua empresa, conheça os serviços de coaching ou a orientação a executivos oferecidos por consultorias idôneas. É um “santo remédio” para as mais variadas situações de aproveitamento ou recuperação de talentos. Pode ser amargo em algumas situações, mas todo mundo sabe que remédios amargos são os que quase sempre resolvem.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473