ABRAHAM SHAPIRO
Numa visita de rotina, o diretor da empresa chega ao setor de produção e pergunta ao encarregado:
- Quantos funcionários trabalham nesta área?
Depois de pensar, ele responde:
- Bem. O senhor quer saber os que trabalham? É mais ou menos a metade dos que o senhor está vendo aqui.
Nem todo mundo trabalha com afinco. Há muita gente dispersiva, fazendo de conta que trabalha. As razões?
Não tem foco - e não faz questão de tratar disso para se curar.
Grave, porém, são os funcionários que até agora não receberam treinamento sobre "o que" e "como" deveriam estar desempenhando suas funções e têm que vir à empresa diariamente. Eles se veem obrigados a fingir domínio pleno do que fazem. Alguns se tornam realmente bons nisso - melhores que artistas de teatro. Outros só reclamam de tudo, e se ocupam disso o tempo todo. Há, também, aqueles para quem ser desprezível tornou-se uma opção de vida, afinal, nada querem além de prazer e tranqüilidade. E já que ser digno exige esforço, para que se esforçar?
Os que de fato trabalham - uma minoria - não olham para obstáculos. Eles se viram, aprendem e se desenvolvem, além de sua capacidade de compreensão que cresce demais em função disso. Nas últimas décadas, muitos destes foram em busca de melhores oportunidades no exterior. Alguns dos que criticam a jornada brasileira de 8 horas diárias se submetem ao regime de 16 ou 18 horas lá fora. Comem e dormem mal, são considerados pessoas de segunda categoria naqueles países e economizam cada tostão que ganham. Não têm acesso à informação, não lêem e não estudam. Quando retornam ao Brasil, alguns se sentem desajustados e consomem anos para se conectar novamente à realidade local. Mas estes apresentam a vantagem de trabalhar por dois ou três daqueles outros.
Trabalhar é bom – com conhecimento, habilidade e disposição. Se a empresa não lhe proporciona isto, tome você a inciativa de aprender a desempenhar bem o seu papel e busque alta performance. O maior prazer não reside em receber elogios de outros, mas em constatar por si mesmo que você é capaz de atingir suas metas pessoais e até de excedê-las quando assim lhe convier.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473
Numa visita de rotina, o diretor da empresa chega ao setor de produção e pergunta ao encarregado:
- Quantos funcionários trabalham nesta área?
Depois de pensar, ele responde:
- Bem. O senhor quer saber os que trabalham? É mais ou menos a metade dos que o senhor está vendo aqui.
Nem todo mundo trabalha com afinco. Há muita gente dispersiva, fazendo de conta que trabalha. As razões?
Não tem foco - e não faz questão de tratar disso para se curar.
Grave, porém, são os funcionários que até agora não receberam treinamento sobre "o que" e "como" deveriam estar desempenhando suas funções e têm que vir à empresa diariamente. Eles se veem obrigados a fingir domínio pleno do que fazem. Alguns se tornam realmente bons nisso - melhores que artistas de teatro. Outros só reclamam de tudo, e se ocupam disso o tempo todo. Há, também, aqueles para quem ser desprezível tornou-se uma opção de vida, afinal, nada querem além de prazer e tranqüilidade. E já que ser digno exige esforço, para que se esforçar?
Os que de fato trabalham - uma minoria - não olham para obstáculos. Eles se viram, aprendem e se desenvolvem, além de sua capacidade de compreensão que cresce demais em função disso. Nas últimas décadas, muitos destes foram em busca de melhores oportunidades no exterior. Alguns dos que criticam a jornada brasileira de 8 horas diárias se submetem ao regime de 16 ou 18 horas lá fora. Comem e dormem mal, são considerados pessoas de segunda categoria naqueles países e economizam cada tostão que ganham. Não têm acesso à informação, não lêem e não estudam. Quando retornam ao Brasil, alguns se sentem desajustados e consomem anos para se conectar novamente à realidade local. Mas estes apresentam a vantagem de trabalhar por dois ou três daqueles outros.
Trabalhar é bom – com conhecimento, habilidade e disposição. Se a empresa não lhe proporciona isto, tome você a inciativa de aprender a desempenhar bem o seu papel e busque alta performance. O maior prazer não reside em receber elogios de outros, mas em constatar por si mesmo que você é capaz de atingir suas metas pessoais e até de excedê-las quando assim lhe convier.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473