26 de abr. de 2009

O SUCESSO DOS GRANDES EXECUTIVOS

ABRAHAM SHAPIRO

Você já deve ter-se questionado a respeito do que os grandes executivos têm de especial. Como eles conseguem sucesso sendo que dependem de equipes? Todo mundo sabe que trabalhar com gente é complicado - tarefa ingrata e aparentemente sem retorno. Qual é o segredo? Salários atraentes?

Em se tratando de pessoas, a maior dificuldade está em mudá-las. Inúmeros empresários gastam recursos e força física para mudar seus colaboradores. Todos fracassam. Você conhece alguém que conseguiu mudar alguém? Isto é ficção - ao menos em empresas.

Há algo, porém, que é possível ser feito para se conseguir uma equipe bem ajustada e orientada para metas. O que é? Saber extrair o que cada um tem de melhor. Isto é o oposto de querer mudar: tirar das pessoas o que elas já têm de bom. Transformar talento – qualquer talento – em performance. Os líderes verdadeiros fazem isto.

O Instituto Gallup levantou durante 25 anos uma pesquisa que demonstrou, entre outros pontos, que dinheiro não segura ninguém na empresa. O líder, sim. O dinheiro atrai, mas o que mantém um colaborador assíduo e o faz produtivo é o seu superior imediato.

Um bom chefe é aquele que merece o respeito do funcionário, trata-o como parceiro, estimula o seu desenvolvimento no trabalho, sabe ser exigente sem ofender ou afrontar, tem alto nível de competência e, por isso, age todo o tempo como um professor e orientador de seu pessoal.

Conheço um gerente que fala com os seus subordinados gritando desde a sua mesa. Dá para imaginar? Ele faz questão de confirmar este procedimento diariamente. Nunca teve educação mínima ou consideração para chamá-los próximos a si e tratá-los como merecem, como seres humanos que são. Será uma síndrome de Hitler ou de Mussolini? Indispensável dizer que os membros da equipe o odeiam, detratam-no sempre que podem e fazem bem menos do que são capazes em suas funções. É proposital. Eles criam toda gama de problema imaginável para não darem o melhor de si e fazem as tarefas atrasarem ao máximo tolerável. Ação e reação. Substitua todos estes, e os próximos farão o mesmo em curtíssimo tempo. Se este gerente tolo não fosse um protegido do patrão, já estaria até sem o seu seu seguro-desemprego e desesperado à procura de um coaching para reciclar seu falido modelo de liderança.

Este sim, tem tudo a mudar. Mas só verá a verdade quando cair do cabide de emprego no qual está pendurado. Entretanto, quando este dia chegar, será tarde!
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473