A cultura de um povo exerce enorme influência sobre os negócios. Esta pode ser a porta de acesso para grandes oportunidades.
Para entendermos isso, talvez devêssemos começar verificando o conceito de duas palavras bastante usadas em nosso dia-a-dia. São elas: antigo e velho. O dicionário tem coisas importantes a revelar a respeito. Apesar do uso como sinônimas elas não são. “Velho” significa: "que se deteriorou ou gastou pelo uso, desatualizado, obsoleto". “Antigo” significa: "algo que vem de longa data e que se conserva". Se um relógio é velho, ele perdeu o seu valor. Se ele for antigo, foi conservado e cuidado; hoje, está próximo de ser uma jóia.
Em linguagem de negócios, “antigo” e “velho” só têm em comum o tempo que passou. Mas o velho perdeu valor, enquanto o antigo ganhou . É o que ocorre com imóveis ou construções civis no Brasil e na Europa, por exemplo. Expostos ao mesmo número de anos, lá as obras se tornam antigas, aqui, velhas. O que causa isso? A diferença cultural.
Os europeus valorizam a arquitetura, a decoração, os detalhes e todos os fatos concernentes. Eles transformam tempo em história e, partindo disso, usam todas as ferramentas possíveis – as mais modernas, inclusive – para mostrar sua veneração à arte. A administração pública é aliada e busca seus proventos. Produz-se materiais didáticos e informativos, aumentando o envolvimento da população. Com o tempo, a edificação é incluída em um plano de turismo e, deste modo, mais pessoas de outras áreas são envolvidas.
Enquanto isso, quantas obras importantes, bem conceituadas e posicionadas viram ruínas imprestáveis no Brasil? Se nem nome de rua fazem questão de esclarecer a identidade e os feitos do homenageado!
Será que esta mesma análise não se aplica a pessoas? Estou certo que sim. Especialmente quando o ponto é a carreira profissional.
Como consultor, em cada empresa com que firmo parceria exige que eu esteja em dia com o mais aperfeiçoado conhecimento de gestão empresarial, técnicas de vendas, recursos humanos e outras áreas mais.
Quando me defronto com um jovem recém saído de um MBA ou de uma pós-graduação, percebo que tudo o que vivi e aprendi, somado ao que estou aprendendo agora, se transforma em uma poderosa vantagem competitiva a meu favor. Conhecimento e prática aliados à atualização é a fórmula ideal de melhoria profissional.
Seria bem diferente se eu me sentasse tranqüilo sobre uma especialidade e buscasse apenas ser reconhecido como o papa do assunto, mantendo meus conhecimentos estáticos ao longo do tempo. Isso me tornaria um velho e, portanto, ultrapassado e sem valor.
Há cerca de dez anos, conheci um médico que, na ocasião, havia realizado um grande feito em sua área. Hoje, ele é citado apenas por aquela façanha específica, que já não é mais tão admirável dado avanço tecnológico em sua área. O que ele fez continua tendo valor como uma iniciativa pioneira, ninguém nega. Mas o fato de continuar vivo e, ao invés de colaborar com novos avanços, se estagnou. Nunca mais buscou um novo adjetivo a ser acrescentado ao seu pofissionalismo.
O desafio de todo profissional é o mesmo dos atletas: se superar. Continuar estudando, se reciclando e se expondo ao novo para mudar a visão é o mínimo a ser feito.
Dizem que a mente é como um pára-quedas – só funciona se abrir e ninguém vai testar o funcionamento durante o salto.
Abra-se para o novo. Processe o novo à luz da sabedoria e da prática que o tempo acumulou. Nisso está o seu valor profissional. O contrário fará de você um velho e, talvez, apenas um mero fato histórico sem qualquer utilidade.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473
Para entendermos isso, talvez devêssemos começar verificando o conceito de duas palavras bastante usadas em nosso dia-a-dia. São elas: antigo e velho. O dicionário tem coisas importantes a revelar a respeito. Apesar do uso como sinônimas elas não são. “Velho” significa: "que se deteriorou ou gastou pelo uso, desatualizado, obsoleto". “Antigo” significa: "algo que vem de longa data e que se conserva". Se um relógio é velho, ele perdeu o seu valor. Se ele for antigo, foi conservado e cuidado; hoje, está próximo de ser uma jóia.
Em linguagem de negócios, “antigo” e “velho” só têm em comum o tempo que passou. Mas o velho perdeu valor, enquanto o antigo ganhou . É o que ocorre com imóveis ou construções civis no Brasil e na Europa, por exemplo. Expostos ao mesmo número de anos, lá as obras se tornam antigas, aqui, velhas. O que causa isso? A diferença cultural.
Os europeus valorizam a arquitetura, a decoração, os detalhes e todos os fatos concernentes. Eles transformam tempo em história e, partindo disso, usam todas as ferramentas possíveis – as mais modernas, inclusive – para mostrar sua veneração à arte. A administração pública é aliada e busca seus proventos. Produz-se materiais didáticos e informativos, aumentando o envolvimento da população. Com o tempo, a edificação é incluída em um plano de turismo e, deste modo, mais pessoas de outras áreas são envolvidas.
Enquanto isso, quantas obras importantes, bem conceituadas e posicionadas viram ruínas imprestáveis no Brasil? Se nem nome de rua fazem questão de esclarecer a identidade e os feitos do homenageado!
Será que esta mesma análise não se aplica a pessoas? Estou certo que sim. Especialmente quando o ponto é a carreira profissional.
Como consultor, em cada empresa com que firmo parceria exige que eu esteja em dia com o mais aperfeiçoado conhecimento de gestão empresarial, técnicas de vendas, recursos humanos e outras áreas mais.
Quando me defronto com um jovem recém saído de um MBA ou de uma pós-graduação, percebo que tudo o que vivi e aprendi, somado ao que estou aprendendo agora, se transforma em uma poderosa vantagem competitiva a meu favor. Conhecimento e prática aliados à atualização é a fórmula ideal de melhoria profissional.
Seria bem diferente se eu me sentasse tranqüilo sobre uma especialidade e buscasse apenas ser reconhecido como o papa do assunto, mantendo meus conhecimentos estáticos ao longo do tempo. Isso me tornaria um velho e, portanto, ultrapassado e sem valor.
Há cerca de dez anos, conheci um médico que, na ocasião, havia realizado um grande feito em sua área. Hoje, ele é citado apenas por aquela façanha específica, que já não é mais tão admirável dado avanço tecnológico em sua área. O que ele fez continua tendo valor como uma iniciativa pioneira, ninguém nega. Mas o fato de continuar vivo e, ao invés de colaborar com novos avanços, se estagnou. Nunca mais buscou um novo adjetivo a ser acrescentado ao seu pofissionalismo.
O desafio de todo profissional é o mesmo dos atletas: se superar. Continuar estudando, se reciclando e se expondo ao novo para mudar a visão é o mínimo a ser feito.
Dizem que a mente é como um pára-quedas – só funciona se abrir e ninguém vai testar o funcionamento durante o salto.
Abra-se para o novo. Processe o novo à luz da sabedoria e da prática que o tempo acumulou. Nisso está o seu valor profissional. O contrário fará de você um velho e, talvez, apenas um mero fato histórico sem qualquer utilidade.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473