Fazemos ideia exagerada de quanto
tempo as nossas atividades levarão para ser concluídas. É possível mudar isto com
inteligência
ABRAHAM SHAPIRO
FOLHA DE LONDRINA, 04 DE AGOSTO DE 2014 - Hoje eu vou comentar sobre o Mr.
Parkinson. Não o Parkinson que dá nome àquela doença, que esperamos em breve
conhecer a cura, mas Cyril Parkinson, proponente de uma Lei que está
presente na vida de todos nós e talvez explique o quão ineficientes somos em
relação ao uso do tempo a nosso favor.
“O trabalho se expande até ocupar
todo o tempo que disponibilizamos para sua realização”. Esta é a Lei de
Parkinson.
Na prática: se você se dá uma semana
para concluir uma tarefa que demandaria no máximo três horas, esta tarefa irá
crescer em complexidade e tornar-se psicologicamente mais difícil, de modo a
preencher exatamente... uma semana. Uau! Ela demandava três horas apenas. Pode
até ser que você não preencha o tempo todo com trabalho efetivo. Mas o estresse
e a tensão de ter de executá-la farão a expansão.
O bom disso é que o contrário também
é válido. Desde que você atribua o limite de tempo de um minuto, por exemplo,
para uma tarefa que seja possível executar nesse tempo, ela se tornará simples
o suficiente para ser concluída no minuto determinado.
Portanto, você deve assumir a
quantidade certa de duração para qualquer tarefa, assim você ganhará mais tempo
e terá a vantagem de reduzir sua complexidade de execução até seu estado real
ou natural.
Isso ocorre porque nós fazemos ideia
exagerada de quanto tempo as nossas atividades levam para ser concluídas. Não
estamos conscientes de quão rápido podemos fazê-las. Então mensuramos o tempo
com exagero, e depois “esticamos” a tarefa até que ocupe todo ele.
Está errado!
Comece a corrigir-se. Experimente
fazer uma lista de tarefas e escrever na frente a quantidade de tempo que você
levaria para concluí-las. Em seguida, divida o tempo especificado pela metade.
Trabalhe agora para executá-las no novo tempo estabelecido.
Destrua a cultura que o leva a
pensar que você precisa trabalhar mais. Trabalhe, sim. Mas com mais
inteligência, e não quantitativamente.
Mude, e o seu tempo será melhor
administrado. E com o que sobrar, talvez você comece a viver.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473