24 de mar. de 2014

FEEDBACK, AUTOCONFIANÇA E BONS RESULTADOS

ABRAHAM SHAPIRO

Se você ignora uma criança, ela chama a sua atenção de leve. Caso não consiga resultado, ela fará barulho, chorar ou gritar.
Com adultos também é assim. Um prisioneiro confinado na solitária é capaz de qualquer coisa para sair dali, incluindo melhorar seu comportamento por um tempo. Por que? Para evitar a situação com pouco ou nenhum feedback de outros.
Na administração, feedback é o procedimento que provê uma pessoa de informação sobre  seu desempenho ou conduta, com o objetivo de reorientar ou estimular comportamentos futuros mais adequados.
Dar feedback não é gentileza, mas necessidade. Qualquer feedback, diga-se – mesmo negativo – é melhor do que nenhum. Mas para muitos chefes a praxe é não dar feedback aos funcionário em ocasião nenhuma.
Isto é péssimo. Todo ser humano anseia por um feedback franco.
Pense na tradicional cena do marido nervoso com o atraso da mulher se arrumando para a festa. Quando ela aparece, pergunta a ele:
- E então? Este casaco fica bem em mim?
- Ficou ótimo. – ele diz, abreviando a conversa.
Aí ela conclui:
- Eu sabia! Fiquei péssima. Não consigo achar algo melhor para vestir!
De cena como estas se aprende que palavras paternalistas ou ditas simplesmente para dar jeitinho na situação não servem como feedback.
Gestores indiferentes têm dificuldade em conseguir que seus funcionários produzam bons resultados. A razão? Ausência de feedback.
E sabe o que ocorre a uma pessoa que não recebe feedback? Sua mente fabricará seu próprio. Mas com um detalhe significativo. Um feedback autoproduzido baseia-se nos piores medos do indivíduo.
E então? Até quando você irá achar que a má comunicação e a baixa autoconfiança do seu pessoal é obra do mero acaso?
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473