ABRAHAM SHAPIRO
Ando pelas ruas e vejo outdoors com mensagens de fim de ano de empresas e de políticos. Elas me ensinam quão caro se paga para não comunicar coisa alguma. Desperdiçam recursos que podiam resultar em benefícios reais à imagem do anunciante através de conteúdo autêntico e verdadeiro. O que se vê, porém, é o contrário disto: lugares comuns, blá blá blá vazios e sem rumo.
Essa gente acha que qualquer besteira escrita ao lado de uma foto e um nome bastam para cumprir o papel de anúncio. E se esquecem do assunto.
Ninguém está nem aí com mais uma banalidade. Em termos de percepção, de novembro em diante, qualquer frase que contenha as palavras “Feliz” e “Próspero”, mal será vista. Todo mundo está viciado em expressar as mesmas ideias. E prosseguem na repetição da besteira.
Suponha que o texto do outdoor fosse: “Feliz é o imbecil que ler esta mensagem e Próspero quem atirar uma pedra nesta placa”. É provável que ninguém protestasse ou cumprisse com o que se solicita, pois, estaria imaginando tratar-se de mais um Feliz Natal e Próspero Ano Novo. Quem não estaria condicionado a esse ponto?
E o pior é que ninguém cria nada novo. Não há propostas decentes que atraiam a atenção real das pessoas para um sentido novo de antigas datas.
Você conhece alguém que expresse votos de fim de ano de modo distinto desta fórmula fútil e prosaica? Ela é 100% previsível e sem efeito!
Cartões, por exemplo. Dos tantos que recebo, arrependo-me até de gastar aqueles segundos em que abro o envelope, dou uma olhadinha básica no impresso, observo a assinatura e lanço-o de pronto no cesto de lixo. Tudo igual. Falam do mesmo modo velhas frases que enjoam qualquer brasileiro. Na televisão, no rádio, em jornais, outdoors, flyers, folders, um copia o outro. É o apogeu do império dos toscos e tolos.
Nem sei de quem é a culpa. Seja lá de quem for, proponho o célebre e já consagrado exercício de olhar para a oportunidade que se abre frente ao usual e repetitivo. Despertar-se para o oceano de possibilidades. Louco é quem que faz sempre a mesma coisa esperando um resultado diferente. Que tal inovar? Olhar para o ordinário e enxergar o extraordinário? Acho que criar é isto!
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473
Ando pelas ruas e vejo outdoors com mensagens de fim de ano de empresas e de políticos. Elas me ensinam quão caro se paga para não comunicar coisa alguma. Desperdiçam recursos que podiam resultar em benefícios reais à imagem do anunciante através de conteúdo autêntico e verdadeiro. O que se vê, porém, é o contrário disto: lugares comuns, blá blá blá vazios e sem rumo.
Essa gente acha que qualquer besteira escrita ao lado de uma foto e um nome bastam para cumprir o papel de anúncio. E se esquecem do assunto.
Ninguém está nem aí com mais uma banalidade. Em termos de percepção, de novembro em diante, qualquer frase que contenha as palavras “Feliz” e “Próspero”, mal será vista. Todo mundo está viciado em expressar as mesmas ideias. E prosseguem na repetição da besteira.
Suponha que o texto do outdoor fosse: “Feliz é o imbecil que ler esta mensagem e Próspero quem atirar uma pedra nesta placa”. É provável que ninguém protestasse ou cumprisse com o que se solicita, pois, estaria imaginando tratar-se de mais um Feliz Natal e Próspero Ano Novo. Quem não estaria condicionado a esse ponto?
E o pior é que ninguém cria nada novo. Não há propostas decentes que atraiam a atenção real das pessoas para um sentido novo de antigas datas.
Você conhece alguém que expresse votos de fim de ano de modo distinto desta fórmula fútil e prosaica? Ela é 100% previsível e sem efeito!
Cartões, por exemplo. Dos tantos que recebo, arrependo-me até de gastar aqueles segundos em que abro o envelope, dou uma olhadinha básica no impresso, observo a assinatura e lanço-o de pronto no cesto de lixo. Tudo igual. Falam do mesmo modo velhas frases que enjoam qualquer brasileiro. Na televisão, no rádio, em jornais, outdoors, flyers, folders, um copia o outro. É o apogeu do império dos toscos e tolos.
Nem sei de quem é a culpa. Seja lá de quem for, proponho o célebre e já consagrado exercício de olhar para a oportunidade que se abre frente ao usual e repetitivo. Despertar-se para o oceano de possibilidades. Louco é quem que faz sempre a mesma coisa esperando um resultado diferente. Que tal inovar? Olhar para o ordinário e enxergar o extraordinário? Acho que criar é isto!
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473