27 de dez. de 2010

FECHANDO OS PLANOS PARA 2011

Artigo publicado no jornal FOLHA DE LONDRINA, em 27/12/2010, na coluna Profissão Atitude, em Empregos e Concursos

ABRAHAM SHAPIRO

“Caixa de Pandora” – expressão que muitos usam, mas poucos conhecem a origem. Em grego, Pandora significa ‘aquela que tudo dá’, ou ‘a que possui tudo’. Segundo a mitologia grega este foi o nome dado à primeira mulher, criada por Zeus como uma forma de castigo ao homem por este ter roubado o segredo do fogo.

Contam que ela era dotada de graça, beleza, persuasão, inteligência, paciência, meiguice, habilidade na dança e nos trabalhos manuais. Mas, como toda mulher, Pandora era também curiosa. E a lenda, preconceituosamente talvez, acrescenta que as sementes da traição e da mentira foram postas em seu coração.

Dizem que o primeiro homem que viu Pandora tomou-a de imediato como esposa para si. Ele possuía uma caixa mística que continha todos os males, os quais a Terra ainda desconhecia. Mesmo tendo avisado à mulher que não a abrisse, ela acedeu à atração de seus sentidos, e desgraçadamente a abriu. No momento que o fez, um vórtice medonho de males – tais como mentira, doenças, inveja, pragas, vingança, guerra, ódio, morte e muitos outros – saíram de dentro da caixa de modo tão assustador que, acometida por terrível medo, Pandora teve o ímpeto de fechar a tampa antes que o último deles saísse. Qual era este derradeiro mal? Era o poder de destruir a esperança. Dali em diante, os homens foram afligidos por todos os males que se conhecem. Porém, observe você, é dos tempos de Pandora o conhecimento – crença ou intuição – de que “a esperança é a última que morre”.

Não há, absolutamente, poder externo que destrua a esperança do homem. Somente ele mesmo.

Ao findar um novo ciclo, todos estamos frente à oportunidade de reiniciar, ou de recontextualizar, ou de inaugurar tantas áreas e situações da vida. Falar de esperança não é só oportuno, mas imprescindível.

Tenhamos esperança. E junto dela, o desejo ardente de superar o mal.

Nós podemos investir esforços em fazer tudo melhor. Perfeito não dá. Mas é também possível estagnar ou piorar. Nossa escolha pode ser em favor do bem.

A esperança não é só a última que morre, mas a que vive eternamente – pela fé, pelos planos positivos, pelos projetos de reconstrução ou retomada, e principalmente quando pomos tudo isto em prática, com obstinação.

Seja lá porquê você esteja lutando ou o que pretende começar a fazer, tenha esperança em atingir esta meta. Pense em coisas boas. Faça coisas boas. Mantenhamos todos a esperança que é sempre viva.

Feliz Ano Novo!
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473