ABRAHAM SHAPIRO
Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473
“Todo vício é ruim”, diz o dicionário.
“Mudar é bom e necessário”. Isto já é uma pressuposição.
O mundo corporativo é, hoje, um ambiente "viciado" em mudanças. Isto consome recursos volumosos e, não raro, gera alto nível de estresse nas pessoas. O problema é que, antes mesmo da consolidação do programa atualmente em curso, novos programas são trazidos, louvados e implantados.
Uma pergunta insistente: "Estas mudanças conseguem resolver o que se propõem?"
Presidentes das 500 melhores e maiores empresas brasileiras confessaram que em grande parte dos casos não se atinge o resultado esperado.
Por quê?
Inúmeros programas de mudança buscam respostas prontas para questões ou situações superficiais ou mal formuladas - situações que requereriam longo tempo e energia num diagnóstico correto a fim de que se saiba onde pisar.
Inúmeros programas de mudança buscam respostas prontas para questões ou situações superficiais ou mal formuladas - situações que requereriam longo tempo e energia num diagnóstico correto a fim de que se saiba onde pisar.
As empresas querem soluções rápidas para os problemas que elas acham que conhecem. Mas raramente param para refletir sobre a origem deles. Aí chegam muitos consultores ou escolas de negócios que desejam vender suas soluções. Todos embarcam nessa trama e, para completar, os dirigentes veem aí sua chance de "fazer barulho" e ocuparem o status de líderes verdadeiros. Quem pensa na continuidade? Alguém diz algo sobre “plano de longo prazo”, que seja consistente e que mantenha o programa em andamento – caso ele seja adequado? Nada se fala sobre isso.
Outra armadilha é "delegar" a gestão da mudança à área de recursos humanos. Mesmo com toda importância do RH em um contexto desses, ele não pode ser visto – e nem se ver – como "dono" do processo.
Mudança na empresa é algo que depende, em primeira instância, da abertura e da disposição do time diretivo. E mais ainda: as pessoas precisam compreender as razões pelas quais é necessário mudar. Elas precisam querer mudar, adquirir novas competências e operar de modo diferente.
O que não obedecer a estes princípios será apenas um vício... e de acordo com o dicionário: todo vício é defeito ou imperfeição grave.
______________________ Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é simplicidade. É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos", Editora nVersos, 2012. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473