Fernanda Botti Noma
No velho mundo, os gerentes faziam produtos. No novo mundo, os gerentes dão sentido às coisas. (John Seely Brown)
Ao ler esta frase, logo lembrei-me do filme “Tempos Modernos”, de Charles Chaplin, em que o homem é visto como parte da máquina, e o chefe – o gerente do velho mundo – apenas cobrava o resultado da produção sem sequer dar às pessoas algum incentivo para que elas se sentissem parte do processo.
Isto, naquele tempo, era a "administração moderna", ou seja, linhas de produção e pessoas comandadas o tempo todo. Idéias só podiam surgir da alta direção e dos gerentes. Os demais deviam apenas apertar parafusos.
No atual conceito de administração, percebo que isso ficou muito para trás, pois, saber influenciar um grupo de pessoas a trabalhar num mesmo rumo, com o mesmo propósito, pensando e construindo juntos, é o que todo gerente atual deve buscar.
Na Noma do Brasil, www.noma.com.br , produzimos implementos rodoviários com alto nível de qualidade. Sabemos não existir nada tão inovador a ser lançado neste mercado. Além disso, os produtos que ofertamos estão de acordo com a procura do mercado. O mesmo ocorre, senão em todos os segmentos industriais, na grande maioria. Assim, o que toda empresa busca é vender valor. Isto significa, em outras palavras, dar sentido às coisas que já existem e, na medida da necessidade melhorá-las.
Outro dia assisti a uma reportagem que mostrava a fabricação do motor de uma Ferrari. Chamou-me a atenção o orgulho com que um funcionário se apresentava como quem fazia o motor. Analisando superficialmente, construir o motor de uma Ferrari pode ser o mesmo que montar o motor de um carro popular. No entanto, por que o valor de uma Ferrari é vertiginosamente maior que o de um carro comum? A resposta tem muito a ver com o sentimento de orgulho estampado no rosto, na postura e nas palavras daquele mecânico de fábrica. Ambos são carros. Mas na Ferrari a proposta de valor está perfeitamente bem implantada no pensamento de cada colaborador. O cliente compra esta idéia porque o funcionário já a comprou antes e, graças a isto, a qualidade é muito superior, pois, todo o pessoal envolvido na produção se sente parte do processo.
Na música também é assim. Quantas pessoas tocam piano? Poucas, porém, transmitem um profundo sentimento na interpretação. Este sentimento corresponde ao comprometimento daquele mecânico.
Será este o foco da gerência no novo mundo?
Na Noma do Brasil, o gerente que se dedica apenas a produtos está ultrapassado. No nosso dia-a-dia somos cobrados por resultados, sim, mas também por melhorias e evolução. Não só produzir é o que importa, mas “como estamos produzindo” e “como devemos desenvolver melhorias no processo”.
Dependemos muito de pessoas. Cada uma delas precisa entender a razão porque desempenha suas atividades para que, assim, passe a compreender e ver seu trabalho como parte do significado que o cliente dará ao implemento. O desafio é levar cada um, internamente, a dar um significado e uma parcela de valor que se deseja oferecer externamente.
Empreender esta idéia cabe aos gerentes cuja missão, hoje, é dar sentido às coisas. Vale para os líderes, vale para as equipes, vale para toda a cadeia de vendas e, conseqüentemente, também para todo o mercado.
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Fernanda Botti Noma é Administradora de Empresas e gerente de Planejamento e Controle de Produção da Noma do Brasil S/A. E-mail: fernanda@noma.com.br
No velho mundo, os gerentes faziam produtos. No novo mundo, os gerentes dão sentido às coisas. (John Seely Brown)
Ao ler esta frase, logo lembrei-me do filme “Tempos Modernos”, de Charles Chaplin, em que o homem é visto como parte da máquina, e o chefe – o gerente do velho mundo – apenas cobrava o resultado da produção sem sequer dar às pessoas algum incentivo para que elas se sentissem parte do processo.
Isto, naquele tempo, era a "administração moderna", ou seja, linhas de produção e pessoas comandadas o tempo todo. Idéias só podiam surgir da alta direção e dos gerentes. Os demais deviam apenas apertar parafusos.
No atual conceito de administração, percebo que isso ficou muito para trás, pois, saber influenciar um grupo de pessoas a trabalhar num mesmo rumo, com o mesmo propósito, pensando e construindo juntos, é o que todo gerente atual deve buscar.
Na Noma do Brasil, www.noma.com.br , produzimos implementos rodoviários com alto nível de qualidade. Sabemos não existir nada tão inovador a ser lançado neste mercado. Além disso, os produtos que ofertamos estão de acordo com a procura do mercado. O mesmo ocorre, senão em todos os segmentos industriais, na grande maioria. Assim, o que toda empresa busca é vender valor. Isto significa, em outras palavras, dar sentido às coisas que já existem e, na medida da necessidade melhorá-las.
Outro dia assisti a uma reportagem que mostrava a fabricação do motor de uma Ferrari. Chamou-me a atenção o orgulho com que um funcionário se apresentava como quem fazia o motor. Analisando superficialmente, construir o motor de uma Ferrari pode ser o mesmo que montar o motor de um carro popular. No entanto, por que o valor de uma Ferrari é vertiginosamente maior que o de um carro comum? A resposta tem muito a ver com o sentimento de orgulho estampado no rosto, na postura e nas palavras daquele mecânico de fábrica. Ambos são carros. Mas na Ferrari a proposta de valor está perfeitamente bem implantada no pensamento de cada colaborador. O cliente compra esta idéia porque o funcionário já a comprou antes e, graças a isto, a qualidade é muito superior, pois, todo o pessoal envolvido na produção se sente parte do processo.
Na música também é assim. Quantas pessoas tocam piano? Poucas, porém, transmitem um profundo sentimento na interpretação. Este sentimento corresponde ao comprometimento daquele mecânico.
Será este o foco da gerência no novo mundo?
Na Noma do Brasil, o gerente que se dedica apenas a produtos está ultrapassado. No nosso dia-a-dia somos cobrados por resultados, sim, mas também por melhorias e evolução. Não só produzir é o que importa, mas “como estamos produzindo” e “como devemos desenvolver melhorias no processo”.
Dependemos muito de pessoas. Cada uma delas precisa entender a razão porque desempenha suas atividades para que, assim, passe a compreender e ver seu trabalho como parte do significado que o cliente dará ao implemento. O desafio é levar cada um, internamente, a dar um significado e uma parcela de valor que se deseja oferecer externamente.
Empreender esta idéia cabe aos gerentes cuja missão, hoje, é dar sentido às coisas. Vale para os líderes, vale para as equipes, vale para toda a cadeia de vendas e, conseqüentemente, também para todo o mercado.
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Fernanda Botti Noma é Administradora de Empresas e gerente de Planejamento e Controle de Produção da Noma do Brasil S/A. E-mail: fernanda@noma.com.br