25 de fev. de 2009

RIQUEZA - PENSE E CONCLUA

ABRAHAM SHAPIRO

Li no livro “Façamos o Homem”, de autoria do iminente doutor americano Abraham J. Twersky, a história de um homem que foi consultar um psiquiatra:

- “Qual é o seu problema?’ – perguntou o psiquiatra.

- “Eu não tenho nenhum problema” – disse o homem.

- “Então por que veio me procurar?” – indagou o psiquiatra.

- “Porque a minha família insistiu que eu deveria fazê-lo” – respondeu o homem.

- “Bem, então o que sua família acha que há de errado com você?” – perguntou o médico.

- “Eles acham que há algo errado comigo porque eu gosto de panquecas”, disse o homem.

- “Isso é absurdo”, exclamou o psiquiatra, “Não há nada de errado em gostar de panquecas. Eu mesmo gosto de panquecas!”.

Os olhos do homem brilharam com uma alegria evidente.

- “É mesmo?” – disse ele. “Então você precisa me visitar. Tenho caixas cheias de panquecas guardadas no porão de casa”.


Não há nada mais normal do que preparar panquecas para o café da manhã, ou mesmo algumas a mais para congelar. Mas é uma óbvia insanidade alguém colecionar caixas e caixas de panquecas.

Há um princípio por trás dessa história que podemos utilizar de modo prático. Panquecas são um tipo de comida, cuja função é satisfazer a fome e o apetite. São, portanto, um meio para se atingir um fim específico. Quando alguém as coleciona sem levar em conta sua utilização apropriada, trata-se de insanidade. Podemos inferir daí que a insanidade está presente quando algo que é apenas um meio torna-se um fim em si mesmo.

O dinheiro é um meio para se adquirir bens ou serviços que satisfaçam nossas necessidades. Portanto, com base neste princípio, quando continuamos a acumular dinheiro e bens além de nossas necessidades atuais e previsíveis, isto não seria insanidade?
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Tem resultados na interação entre as áreas de vendas e marketing. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473