19 de ago. de 2013

TRÊS FERRAMENTAS PARA A GESTÃO DE EMPRESAS FAMILIARES

Artigo publicado no jornal FOLHA DE LONDRINA, em 19 de Agosto de 2013, na coluna ABRAHAM SHAPIRO, em Empregos e Concursos.


ABRAHAM SHAPIRO


Qualquer empresa familiar precisa evoluir em seus métodos administrativos.  Caso isso não ocorra, ela corre o risco de ficar para trás e perder sua competitividade.
Eu não conheço outro caminho para se manter o respeito aos códigos de conduta do negócio senão o da transparência e das regras claras.
Há três ferramentas que podem ajudar muito o relacionamento familiar e estabelecer mecanismos de administração adequados à modernidade.
A primeira ferramenta é um escritório que funcione como centro de apoio administrativo aos membros da família. Talvez você pense: “Pra quê isso?” Para facilitar as tarefas burocráticas dos familiares com relação a outros investimentos individuais, como: locação, administração e venda de imóveis; carteira de ações e quotas; contabilidade individual ou geral etc.
O escritório da família serve também como base para discussão de assuntos de interesse comum a todos a fim de evitar futuros conflitos de opinião. Ele será o centro, o ponto focal da comunicação da família.
A segunda ferramenta que auxilia demais a gestão da empresa familiar é o estabelecimento de um Conselho de Administração. O que vem a ser? É uma entidade cujos membros não participam da gestão do dia a dia da empresa. Eles se juntam a outros profissionais da comunidade de negócios – convidados ou contratados para isso –  e perseguem objetivos bem definidos.
O Conselho de Administração é o que toma decisões importantes, como: fusões e aquisições, compra e venda de ativos acima de determinados valores ou a contratação de novos executivos da alta administração. Ele é quem determina a política e as diretrizes gerais do negócio.
Na impossibilidade de ter ou manter um Conselho de Administração, entra em cena a terceira ferramenta: o Conselho de Família. Essa entidade tem como tarefa definir políticas de gestão do negócio com relação a salários, bônus e benefícios pagos tanto aos profissionais contratados, quanto aos familiares que atuam na empresa. 
É o Conselho de Família que dita os critérios e formas de transferência de quotas e ou ações, critérios de votação nas decisões, define premiação por desempenho e a participação dos membros da família.
Tenho visto na prática que um Conselho de Família é um meio ótimo para a promoção da harmonia, porque permite a participação de todos, assim como a determinação, por consenso, das políticas mais importantes da empresa.
É isso! A verdade é que uma empresa familiar, hoje em dia, pode e deve se estruturar profissionalmente. É inteligente, sábio e adiciona valor ao negócio.
Aja nesta direção enquanto há tempo. Contrate uma consultoria de negócios e, mais importante, um bom advogado com especialidade societária. Isto fará bem à sua saúde e à dos seus herdeiros.
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Abraham Shapiro é consultor e coach. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é "simplicidade". Autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome - Inspirações para a Vida, o Trabalho e os Relacionamentos". E-mail: shapiro@shapiro.com.br Fone: 43. 8814.1473