ABRAHAM SHAPIRO
Energias Renováveis do Brasil, ERB, é uma companhia que concentra seus 30 funcionários em um escritório no bairro do Itaim, em São Paulo. Apesar de contabilizar faturamento zero, ela oferece - graças ao aporte de R$ 120 milhões que recebeu de dois investidores - remuneração variável de até oito salários a executivos. Além disso, tem um plano que envolve um IPO, sigla em inglês que significa “oferta inicial de ações” à Bolsa de Valores, que transformará os funcionários em sócios da companhia.
Interessou? Então pense duas vezes.
De acordo com especialistas em recursos humanos, um cargo em uma empresa "nascente", também chamada “startup”, não é para todo mundo. Elas exigem sangue frio e paciência do funcionário. Quem procura estabilidade pode se deparar com a ausência de vários confortos da vida corporativa em grandes companhias.
A opção pelo trabalho em um novo negócio exige, de certa forma, espírito de aventura. A pessoa precisa ter autonomia, responsabilidade e autoconfiança. Exige-se que achem respostas rapidamente, com pouca margem para erro, já que um deslize pode ser fatal para a imagem de uma empresa que ainda não tem história no mercado.
Um fator de atração que as empresas nascentes usam é a remuneração variável ligada aos resultados – se bater as metas, o funcionário recebe bônus competitivos em relação às grandes companhias. A pessoa tem que colocar na balança: ou quer a estabilidade de uma grande empresa, ou quer arriscar em uma startup. Além disso, a experiência de dar vida a um negócio do zero é sempre um ponto alto no currículo.
Mas é preciso ter cuidado para não se deixar seduzir por grandes promessas. Há barcos furados por aí. Comece conferindo o lastro financeiro da empresa. Se eles têm problemas para fechar as contas do mês, é melhor esquecer. Tente saber se a companhia tem um plano claro de negócios para o longo prazo. Isto é vital para que a empresa não se perca em uma futura crise.
O que muitas empresas começam a buscar é fugir da noção conservadora de “empresa de dono”. Várias estratégias estão sendo desenhadas como forma de evolução em relação ao modelo tradicional em que um dono manda e depois embolsa os lucros sozinho. Há uma tendência progressiva de cada vez mais envolver funcionários chaves através de participações.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473
Energias Renováveis do Brasil, ERB, é uma companhia que concentra seus 30 funcionários em um escritório no bairro do Itaim, em São Paulo. Apesar de contabilizar faturamento zero, ela oferece - graças ao aporte de R$ 120 milhões que recebeu de dois investidores - remuneração variável de até oito salários a executivos. Além disso, tem um plano que envolve um IPO, sigla em inglês que significa “oferta inicial de ações” à Bolsa de Valores, que transformará os funcionários em sócios da companhia.
Interessou? Então pense duas vezes.
De acordo com especialistas em recursos humanos, um cargo em uma empresa "nascente", também chamada “startup”, não é para todo mundo. Elas exigem sangue frio e paciência do funcionário. Quem procura estabilidade pode se deparar com a ausência de vários confortos da vida corporativa em grandes companhias.
A opção pelo trabalho em um novo negócio exige, de certa forma, espírito de aventura. A pessoa precisa ter autonomia, responsabilidade e autoconfiança. Exige-se que achem respostas rapidamente, com pouca margem para erro, já que um deslize pode ser fatal para a imagem de uma empresa que ainda não tem história no mercado.
Um fator de atração que as empresas nascentes usam é a remuneração variável ligada aos resultados – se bater as metas, o funcionário recebe bônus competitivos em relação às grandes companhias. A pessoa tem que colocar na balança: ou quer a estabilidade de uma grande empresa, ou quer arriscar em uma startup. Além disso, a experiência de dar vida a um negócio do zero é sempre um ponto alto no currículo.
Mas é preciso ter cuidado para não se deixar seduzir por grandes promessas. Há barcos furados por aí. Comece conferindo o lastro financeiro da empresa. Se eles têm problemas para fechar as contas do mês, é melhor esquecer. Tente saber se a companhia tem um plano claro de negócios para o longo prazo. Isto é vital para que a empresa não se perca em uma futura crise.
O que muitas empresas começam a buscar é fugir da noção conservadora de “empresa de dono”. Várias estratégias estão sendo desenhadas como forma de evolução em relação ao modelo tradicional em que um dono manda e depois embolsa os lucros sozinho. Há uma tendência progressiva de cada vez mais envolver funcionários chaves através de participações.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473