14 de mai. de 2010

CLARO, COMO A LUZ DO DIA!

ABRAHAM SHAPIRO

Clareza tem tudo a ver com resultados. Meia vida, ou mais, se perde por falta de entendimento claro sobre as coisas. E bastante dinheiro vai junto.

Observe como isto é certo. Você solicita algo a um de seus funcionários. Em seguida pergunta: “Entendeu?” Como por aqui ninguém admite limitações pessoais, e para piorar mantém um ego maior do que as pirâmides do Egito, as pessoas respondem sempre: “Entendi, sim senhor!” Em seguida, elas saem, fazem as coisas de seu próprio modo, e só ao retornar descobrem que não haviam entendido patavinas do que você lhes pediu.

Falhas de comunicação viram erros e defeitos com grande facilidade e frequência.

Imagine cada funcionário da sua empresa cometendo erros. E eles cometem! Todos os dias. Erros que não são contabilizados. E quem paga? Vá conferir. E de quem é a culpa? Quer saber? É da falta de habilidade na comunicação.

Isto pode mudar, se você quiser. É possível aprender a se comunicar bem. Para começar, olhe para o fato de que você não nasceu sabendo nada do que mais domina hoje. Teve de aprender tudo. Como aprende? Mudando comportamentos. Agora defronta-se com a realidade de que promover novas mudanças será mais barato do que continuar gastando com retrabalhos idiotas.

E há outro agravante. Por estas bandas você não encontra profissional completo ou pronto. Parte da formação desejável no perfil ideal do candidato que  você busca, terá de ser completada dentro empresa, depois de contratado. Sem isso, não há como salvar os seus funcionários do amadorismo.

O sobre a comunicação? O que fazer? Comece questionando mais. Substitua a frase: “Você entendeu?” por um pedido a que o colaborador diga com suas próprias palavras o que pretende praticar após sair de sua sala. Você verá nisso uma atitude que irá produzir acertos abençoados, poupando um rio de prejuízos e dores de cabeça.

Para finalizar, veja o que ocorre nesta cena. O sujeito entra num bar e o garçom chega dizendo:

- Boa noite, o que o senhor toma?

O fulano responde: 

- Eu tomo vitamina C pela manhã, o metrô para ir ao serviço e uma aspirina para dor de cabeça.

O garçom, paciente, retifica:  

- Desculpe, senhor. Acho que não fui claro. Quis saber o que o senhor gostaria?

- Tudo bem! – diz o cliente – Eu gostaria de ter uma Ferrari, uma linda namorada e 1 milhão de dólares na conta.

- Não é nada disso, cavalheiro! - continua o garçom. - Eu só preciso saber o que o senhor deseja beber.

- Agora sim! - diz o sujeito -  Bem... então me diga  o que é que você tem?

E o garçom: 

- Eu? Nada, não! Imagine. Só estou um pouco chateado porque o meu time perdeu para o Corinthians hoje à tarde!

Viu só? Imagine como não deve ser nas empresas por aí!

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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473