A mediação de conflitos é uma área em que temos especial preferência em atuar. Neste artigo, conheça um pouco mais a respeito e de como agimos. Caso necessite de outras informações, contate-nos pelo e-mail: shapiro@shapiro.com.br
ABRAHAM SHAPIRO
Quantas diferenças existem numa empresa! Diferença de gerações, de interesses, de necessidades, de expectativas, diferenças culturais - a lista é longa. Mesmo no relacionamento entre excelentes profissionais as diferenças podem gerar fortes conflitos.
O modo como lidamos com elas, no entanto, é essencial, já que podem tornar-se uma fonte de criatividade, de mudança e até de maior produtividade.
Tenho tido várias oportunidades de resolver conflitos em empresas. Hoje é uma das áreas que mais me atraem. Minha preferência advém do fato de que a maior parte do trabalho resulta em convergência altamente positiva - exceto quando a intransigência é extrema. As situações em geral são de não alinhamento de visões ou direção entre sócios ou executivos. A técnica que uso é chamada "mediação". Trata-se de um processo interessante, com algumas características:
1. Não é judicial, vez que não acaba num tribunal - mesmo que existam advogados envolvidos.
2. É voluntário, pois só acontece quando os envolvidos têm vontade de resolver suas diferenças;
3. Ocorre em clima de cooperação, e não do confronto.
4. Além de tudo, é sigiloso.
Um mediador age para que as pessoas em conflito colaborem para alcançar o acordo que mais satisfaça a ambas, e em conformidade aos seus interesses. Por exemplo. Imagine que por causa de uma simples laranja dois cozinheiros entrem em conflito. Ambos querem a fruta e afirmam precisar dela como ingrediente de uma receita. Como resolver o impasse?
Alguns dirão: “Basta dividir a laranja ao meio”. Boa solução. Mas é apenas uma das possibilidades, e não é ótima, pois não satisfaz a nenhum dos dois, já que dá apenas a metada do que realmente pretendem.
Como o mediador deve atuar, então? Sendo competente, ele fará perguntas antes de emitir qualquer parecer. Neste caso em especial, uma excelente pergunta seria: “Para que vocês precisam da laranja?” A razão da questão? Simples. De repente, um cozinheiro poderia responder: “É que eu preciso do sumo para um molho”; e o outro, talvez dissesse: “Quero a casca para aromatizar um bolo”.
Assim sendo, as respostas acabam de apontar para um ponto focal, e com base nelas, uma só laranja irá satisfazer plenamente os interesses que antes estavam ocultos por trás de uma atitude inflexível dos dois cozinheiros. A partir de agora os dois se utilizarão dos benefícios de uma fruta inteira, exatamente de acordo com suas expectativas.
Isto é a mediação de conflitos.
______________________
Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473
ABRAHAM SHAPIRO
Quantas diferenças existem numa empresa! Diferença de gerações, de interesses, de necessidades, de expectativas, diferenças culturais - a lista é longa. Mesmo no relacionamento entre excelentes profissionais as diferenças podem gerar fortes conflitos.
O modo como lidamos com elas, no entanto, é essencial, já que podem tornar-se uma fonte de criatividade, de mudança e até de maior produtividade.
Tenho tido várias oportunidades de resolver conflitos em empresas. Hoje é uma das áreas que mais me atraem. Minha preferência advém do fato de que a maior parte do trabalho resulta em convergência altamente positiva - exceto quando a intransigência é extrema. As situações em geral são de não alinhamento de visões ou direção entre sócios ou executivos. A técnica que uso é chamada "mediação". Trata-se de um processo interessante, com algumas características:
1. Não é judicial, vez que não acaba num tribunal - mesmo que existam advogados envolvidos.
2. É voluntário, pois só acontece quando os envolvidos têm vontade de resolver suas diferenças;
3. Ocorre em clima de cooperação, e não do confronto.
4. Além de tudo, é sigiloso.
Um mediador age para que as pessoas em conflito colaborem para alcançar o acordo que mais satisfaça a ambas, e em conformidade aos seus interesses. Por exemplo. Imagine que por causa de uma simples laranja dois cozinheiros entrem em conflito. Ambos querem a fruta e afirmam precisar dela como ingrediente de uma receita. Como resolver o impasse?
Alguns dirão: “Basta dividir a laranja ao meio”. Boa solução. Mas é apenas uma das possibilidades, e não é ótima, pois não satisfaz a nenhum dos dois, já que dá apenas a metada do que realmente pretendem.
Como o mediador deve atuar, então? Sendo competente, ele fará perguntas antes de emitir qualquer parecer. Neste caso em especial, uma excelente pergunta seria: “Para que vocês precisam da laranja?” A razão da questão? Simples. De repente, um cozinheiro poderia responder: “É que eu preciso do sumo para um molho”; e o outro, talvez dissesse: “Quero a casca para aromatizar um bolo”.
Assim sendo, as respostas acabam de apontar para um ponto focal, e com base nelas, uma só laranja irá satisfazer plenamente os interesses que antes estavam ocultos por trás de uma atitude inflexível dos dois cozinheiros. A partir de agora os dois se utilizarão dos benefícios de uma fruta inteira, exatamente de acordo com suas expectativas.
Isto é a mediação de conflitos.
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473