8 de jan. de 2015

CONSULTORIA, OUTRAS PROFISSÕES E CONFIDENCIALIDADE

ABRAHAM SHAPIRO

Há poucos dias, uma família empresária decidiu elaborar um planejamento financeiro. Contratou a orientação de um profissional certificado para sua concepção e implementação.  Só que eles tiveram algum temor sobre a prestação de informações a este consultor, especialmente quanto à permanência dos dados na confidencialidade.
Muitas pessoas têm essa dúvida em várias circunstâncias que envolvem consultoria. De fato, a confidencialidade é um tema pouco tratado.
Um relacionamento de confiança só pode ser construído sob o entendimento de que as informações serão empregadas de forma discreta e segura, e não aleatoriamente.
A atitude de um profissional consultor e outros envolvidos nestes serviços deve ser tão relevante quanto a lei que trata de sigilo bancário. Aliás, vale lembrar que confidencialidade é um dos princípios do Código de Ética e Responsabilidade Profissional da maioria das profissões – senão de todas. O profissional que se filia a seu Conselho Federal está aderindo formal e automaticamente a seu respectivo código, comprometendo-se a respeitar o espírito, os princípios e as regras nele contidas.
Um consultor de qualquer área deverá tratar as informações de seu cliente como confidenciais mediante sua guarda e proteção de forma a permitir acesso prudente apenas às pessoas autorizadas. A exceção ocorrerá somente em resposta a processos legais ou para satisfação da legislação e regulamentação oficiais vigentes.
No entanto, é importante pontuar que, com certa frequência, a confidencialidade acaba ferida pelo próprio cliente. Falta de cuidado nas comunicações – em especial através de mídias sociais –, e-mails, telefone e outros meios são alguns exemplos. Por experiência eu mesmo já presenciei a guarda imprudente de documentos, assim como excesso de confiança em conversas informais em locais públicos ou com familiares e amigos que não precisavam estar a par do assunto.
Um consultor com experiência, sucesso na carreira e comprometimento com a boa educação irá corresponder a estes quesitos sem nenhuma reserva, vez que, do contrário, poderá sofrer sanções.
No dia a dia fala-se pouco sobre confidencialidade.  Sua falta incomoda muito. Em caso de dúvida, não custa redigir um contrato que coloque tudo debaixo da mesma perspectiva para ambas as partes.
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Abraham Shapiro é consultor e coach, com especialidade em Sucessão em Empresas Familiares como facilitador da relação entre sucessor e sucedido para que o processo transcorra em paz e com ampla capacitação do sucessor, e Gestão - orienta a empresa para organizar-se de modo a corresponder às necessidades de seu posicionamento no mercado.  É autor do livro "Torta de Chocolate não Mata a Fome". Contatos: shapiro@shapiro.com.br ,  cel: 43. 8814.1473