ABRAHAM SHAPIRO
Cuidado com a paixão.
Ela cria visão de coisas que não existem.
Ela dá valor exagerado ao que não tem valor nenhum.
Ela faz você pagar caro por aquilo que qualquer um teria gratuitamente – sem despender nem cortesia e nem atenção.
Ela ilude fazendo você crer que recebe do objeto da paixão o que ele não tem, jamais teve ou teria. Frutos apenas dos seus devaneios e de dependência que você criou.
Como salvar-se de uma paixão?
Se você ainda não consegue extirpá-la definitivamente, afaste-se por um tempo.
Pense bem sobre a real natureza do ser por quem você sente o que sente. Analise o que ele é, o que faz, como age, suas escolhas mais espontâneas, observe sua origem e raízes, seus familiares, seus hábitos, costumes, tendências... sua fé em D-us.
Com alguma reflexão, você verá que não compensa sofrer um minuto sequer. E com raciocínio mais intenso, é provável até que você se cure e volte a ser inteligente. Só assim você irá possibilitar a aproximação de alguém com valor real e deixará de ser o imbecil em que se tornou até agora.
A diferença entre a paixão e o amor?
O amor resulta da visão das qualidades reais do ser amado. Isso despertará em você o desejo de corresponder e de compartilhar todo o seu bem livremente com ele – sem custos. É uma construção. São passos progressivos, e não um acontecimento pitoresco ou pirotécnico.
A paixão geralmente nasce no coração de um ser emocionalmente carente que, a fim de satisfazê-la, cria características que não existem num indivíduo totalmente desqualificado que, ao perceber esta disposição sentimental, aproveita-se dos benefícios que o apaixonado está disposto a proporcionar.
Nada mais que isso.
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Abraham Shapiro é consultor com especialidade em Sucessão em Empresas Familiares e Gestão. Contatos: shapiro@profissaoatitude.com.br , cel: 43. 98814.1473