16 de jul. de 2009

DO QUE É QUE VOCÊ PRECISA?

ABRAHAM SHAPIRO

Jogo com a probabilidade de você não gostar muito de datas e biografias. Quero pedir que faça uma exceção neste momento. É para o seu bem.

A história – tal como ensinada comumente – pode parecer maçante e de difícil aplicação na vida prática. Os fatos dizem coisas que pouco identificamos com o dia-a-dia. Todavia, advirto: em primeira instância, você pode olhar para o passado como forma de aprender o que evitar no presente. Mais frutífero será olhar para a história como um meio de destilar exemplos verdadeiramente positivos para serem imitados hoje. Afinal, somos a continuação de tudo. Assim, que tal dar prosseguimento ao que houve de melhor e injetar a energia de cada descoberta na maximização de suas potencialidades. Esta é uma forma de subir “em ombros dos gigantes” e enxergar além do que eles puderam.

As roupas podem ter mudado. Também o cenário. Mas a natureza do homem é fascinante, bela e paradoxal em sua essência. Visitar algumas páginas deste diário de bordo da humanidade poderá abrir os olhos para um novo e construtivo conhecimento. Vamos juntos.

Olhe, por exemplo, para o ano de 1492. Neste ano, a viagem de Cristóvão Colombo, que acreditava ser possível atingir “el levante por el poniente”, ou seja, o Oriente navegando no sentido do Ocidente, acontece em um cenário épico no qual o resultado foi nada menos que a descoberta da América.

A odisséia de Colombo foi uma empreitada marcada por um desgastante cotidiano e crescente. Motins da tripulação, toda incerteza que cercava uma expedição daquela época quanto ao rumo e ao prosseguimento da viagem e falta de apoio financeiro foram apenas alguns dos “pequenos problemas” que cercaram a vida deste homem brilhante.

Colombo tinha um perfil futurista e empreendedor. Viveu num mundo cheio de superstições, medo, limitações e desconfianças. Na Europa o analfabetismo era avassalador. O povo jazia nas trevas impostas pela Idade Média.

Com uma nau – a Santa Maria – e duas caravelas – Pinta e Nina – Colombo partiu do porto de Palos, Espanha, em 3 de agosto de 1492. Em 12 de outubro do mesmo ano avistou a ilha de Guanani – atual São Salvador.

Sem duvidar que estava no Oriente, realizou ainda mais quatro viagens, tentando encontrar os mercados indianos.

O espírito vanguardista de Colombo, suas negociações com a coroa espanhola e a tentativa de estabelecer colônias na América retratam aquele que é considerado um dos navegantes mais ousados de sua época.

Os impactos causados por seu projeto e realização nos fazem entender a grandeza de seus feitos.

Resumindo: um sonho, os obstáculos, o esforço e a recompensa - a realização. Como consequência: o mundo inteiro mudou.

Agora reflita. O que Colombo tinha diferente de você? Talvez ousadia. Ou quem sabe coragem! Ele deu valor àquilo em que acreditava. Suplantou limitações e atingiu o seu potencial.

Não será esta a sua necessidade real?
______________________

Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473