7 de fev. de 2012

FAMA & INTERNET

ABRAHAM SHAPIRO


A Internet é democrática. Ela pode impulsionar desde as pessoas que sonham com cinco minutos de fama até políticos, artistas, empresários,  você e a sua empresa, também. Por que não? Caiu na rede, a coisa se espalha. Todo mundo comenta.  Quem não quer isto? Foi o que aconteceu com a tal  “Luiza do Canadá”, Felipe Neto, Rebecca Black e o bebê risonho do comercial de um banco. E o que dizer dos  soldados das Forças de Defesa de Israel dançando a música de um sertanejo brasileiro?
Eles surgiram “do nada”.  Apenas postaram vídeos ou textos na internet, e a coisa pegou como fogo em grama seca.
Existem dicas que podem ajudar os que querem usar a rede em busca da fama. O caminho mais curto é apostar no bizarro, no estranho e no bom humor. Os hits, como o vídeo ‘Evolution of Dance’ partem disso. As pessoas tendem a compartilhar mais aquilo que consideram fora da linha normal de pensamento.
Deve-se apostar na inovação. O problema é que  parece difícil. Há uma tendência de se pensar que tudo já foi feito. Que não é possível criar coisas novas. Isto é mentira!
Tenha coragem. Mas também cuidado. Antes de sair por aí provocando gargalhadas nas pessoas, lembre-se de que seus atuais ou futuros chefes poderão ter acesso a esse mesmo conteúdo.
Cada pessoa é uma marca. Isto significa que é preciso pensar, pleanejar e calcular situações que não comprometam hoje e amanhã o modo  como se deseja ser visto.
Atualmente, todas as empresas que oferecem vagas pesquisam um pouco do candidato nas redes sociais. Por isso, não seja tonto de ir publicando tudo o que faz. 
Além do acesso ao perfil de futuros empregados, as empresas também têm muito a lucrar com a rede, desde que estejam preparadas para essa tarefa. O consumidor já descobriu que o poder está em suas mãos e a propagação de elogios ou críticas é instantâneo.  As marcas têm de ser mais reais, transparentes e próximas do seu público. É melhor, por exemplo, explicar que o produto não foi entregue por um problema com a logística do que passar por ridículo ao dar uma resposta que todos sabem ser falsa.
É importante contratar um consultoria para descobrir em qual das redes está o público que se quer atingir e como ele se comporta. Às vezes, uma rede favorece mais o tipo de indústria A e a outra, a B. O Twitter, por exemplo, é bastante útil para lidar com o humor e divulgar promoções. Já o Facebook, por ser mais completo, pode ser uma ferramenta no lançamento de produtos.
Agora, se a intenção for divulgar seus dons artísticos ou sua banda, esqueça a segmentação e tenha um perfil em todas as redes sociais. Os artistas têm de estar em todos os lugares e com uma atuação muito mais dinâmica. Isso vai ajudá-los a identificar o público.
E não adianta reclamar que não possui recursos. O grande benefício da internet é que ela rompeu as barreiras do custo e oferece de graça – ou quase de graça – tudo o que se imagina: de programas para edição de vídeos e fotos até ferramentas digitais para música que antes chegaram a  custar fortunas. Não há desculpa para trabalhos de baixa qualidade.
O que falta para você e sua empresa entrarem nessa?
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Abraham Shapiro é consultor e coach de líderes. Sua filosofia de trabalho, em uma só palavra, é: simplicidade. Contatos: shapiro@shapiro.com.br ou (43) 8814 1473